Um bando de rinocerontes.

Um bando de rinocerontes, cara feia e de vexame pra equipe de transição.

E não é que Sérgio Cabral (PMDB) demonstrou que política deveria mesmo ser a arte de comer quietinho? Ao expor o nome de Sérgio Cortez, seu Secretário de Saúde, como certo na composição ministerial de Dilma Rousseff, o governador do Rio deu com a língua nos dentes.

Apesar da importância de seu aliado, a presidente eleita viu-se obrigada a desautorizá-lo publicamente perante o país inteiro. Mesmo os votos fluminenses no pleito presidencial e a popularidade que já chega com a vassourada na bandidagem do Alemão não foram suficientes para evitar esse vexame. O motivo: o rinoceronte que o PT tenta inutilmente manter na coleira.
Rinoceronte? Pois é! Pensem naquele bicho brabo, chifrudo e perigoso. Apesar de forte e grande, é desengonçado. Não costuma dar muito certo na loja de cristais que é o cenário político nacional. E o rinoceronte na coleira do PT chama-se PMDB. O maior partido do Brasil é reconhecidamente o menos “controlável”… o menos coeso… na verdade, está mais para um amontoado de caciques sem muito direcionamento político além do próprio interesse de ornamentar com os ouros dos cargos públicos o vistoso chifre no meio do rosto. Por essas e outras, vende consecutivamente sua bancada aos ocupantes do Planalto há uns bons mandatos. Políticos de opiniões diversas, posicionamentos diversos. Certa vez, em uma palestra da grande jornalista Lúcia Hipólito, ouvi que ninguém podia dizer politicamente que tinha o PMDB! De fato, é quase como querer pegar e apertar um punhado de farinha sem deixar nada vazar!

por @philipsouza