Transmetropolitan – De Volta às Ruas | Resenha
Feio, sujo e malvado…
… talvez seja a melhor maneira de descrever o subversivo Spider Jerusalém. Reencontrar “Transmetropolitan – De Volta às Ruas” foi uma das melhores coisas que poderia me acontecer em meio a pandemia de coronavírus.
Em uma distopia, um futuro não tão distante, após cinco anos isolado em uma cabana na floresta o jornalista Spider Jerusalém precisa retornar a cidade para ganhar dinheiro. Nem no futuro os boletos aprenderam a se pagar sozinhos, uma pena.
Seu retorno é marcado pelo seu sucesso, pois este jornalista cobre o massacre de transhumanos (denominados transitórios) em Angels 8, denunciando a ação violenta da polícia contra pessoas iludidas pela afirmação de que terem seu corpo convertido em um corpo alienígena será melhor.
Ao longo do quadrinho, em meio a uma aura niilista de que a humanidade não tem salvação, o autor – Warren Ellis – destila críticas ao consumismo e a futilidade. A ilustração, de Darick Robertson, é cheia de excessos como o ambiente deve ser. Uma marca do estilo dos anos 1990 junto da necessidade de por em cena o desconforto de ter todos seus sentido dominados por algo maior que você.
Essa edição – que contém do volume 1 ao volume 6 – é finalizada com Jerusalém, em uma feira de novas religiões, mais uma vez perdendo a paciência (algo que creio que ele não tenha) e “caindo no braço” com uma multidão de falsos profetas e seus seguidores.
O que vemos aqui, em relação aos comportamentos, por mais que esteja distorcido, não difere do que podemos observar atualmente da relação das pessoas com o consumo. Uma busca desenfreada por algo que sequer sabemos o que é. Felicidade, dinheiro, fé, esperança? Não importa, tudo será suprimido por pílulas, acessórios, falsa espiritualidade e 15 minutos de fama.
A primeira edição compilada de “Transmetropolitan – De Volta às Ruas”, lançada pela Panini, é a reintrodução de um homem sem esperança em uma sociedade falida.
Transmetropolitan – De Volta às Ruas
Autor: Warren Ellis
Ilustrações: Darick Robertson
Páginas: 144
Capa dura, encadernação quadrada
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Achei interessante a história da HQ , porém os traços pesados e marcados estilo anos 90 não me agradam, eu acho um pouco feio sabe? Muito sobrecarregado e me da até um pouco de medo, mas parece ser interessante a história em si!!
Uau, deve ser uma leitura super foda. Adoro obras, em especial quadrinhos, que tragam esse tipo de reflexão em suas tramas. Essa ideia de crítica ao consumismo me fez lembrar de Clube da Luta.
Küss
Sim sim, há um que de Clube da Luta nas ideias críticas acerca do comunismo. Leia, vc vai gostar.
Está aí uma bela leitura, que pode até traduzir algumas coisas do que podemos ser em alguns anos… Eu amo distopias, principalmente por serem futuros plausíveis e são várias as possibilidades. Eu confesso que estou afastadas dos quadrinhos, acabei ficando só no mundo dos livros mesmo, mas esse serie um belo título para me aventurar novamente no gênero. =)
Bjks!
Mundinho da Hanna
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Oie! A minha experiência com quadrinhos é zero, fora os gibis da Turma da Mônica, mas eu gosto bastante das ilustrações e gostaria de arriscar uma leitura. Anotei a dica!
Beijo
https://www.capitulotreze.com.br/
Arrisque sim. Se essa não for seu estilo, busque outras que tenham uma história completa para iniciar. Beijos.
Oi.
Eu nunca tinha ouvido falar desse quadrinho. Sou bem desligado quando se trata disso, um ou outro acabado lendo. Porém, eu achei a temática dessa bem interessante, gosto de ficção científica, e apesar da pegada futurista, os temas abordados tem muita ligação com a nossa atual conjuntura. Me interessei!
Abraço
https://www.blodecaranasletras.blogspot.com
Eu adoro ler distopias! E gostei muito de conferir a resenha dessa obra impactante. Essa edição está um arraso. Gosto muito quando a obra contém alguma crítica social que nos faz refletir sobre muitos comportamentos em sociedade. Acho que é muito interessante.
É verdade, a distopia de Transmetropolitan nós leva a várias reflexões.
Que interessante! Já chamou minha atenção. Não conhecia essa obra. E eu sou chegada tanto no tema, como em HQs e Graphic Novels.
Acho que vou dar uma pesquisada para ver as possibilidades nessa época onde qualquer trocado é dinheiro bem-vindo
Adorei a resenha…
Procure mais sobre a série que vc vai gostar. Reformando tbm outras obras do criador, como Planetarium.
Não conhecia essa obra mas já fiquei super interessado no enredo e na história na íntegra. Obrigando pela dica 🙂
que hq diferente,tem um traço bem antigo que eu adoro, me dá sensação de nostalgia e você ainda jogando a isca do sujo e suberviso me deixa bem curiosa, me lembrou vagamente o livro numa fria.
Oi, Letícia. O traço é bem característico os anos 1990. Que bom que ativou sua curiosidade.
Oie, tudo bem? Que edição mais diferente. Engraçado que olhando rápido nunca iríamos imaginar se tratar de uma história assim. Conheci a Panini no ano passado e achei o trabalho deles incrível. Algumas edições nunca tinha visto antes (como essa por exemplo). Fiquei curiosa para saber mais sobre a história. Um abraço, Érika =^.^=
Erika, a Panini super faz parte da minha vida há um tempo e fico bem feliz de saber que vc a descobriu. Ainda mais por saber que hoje a editora conta com um vasto catálogo. Espero que vc possa se deliciar com muitas publicações dela. Abraços
Adorei! A sua resenha está ótima, e vc juntou elementos sensacionais nessa indicação: Distopia e HQ. Se juntasse com boletos pagos seria perfeição! Hahahaha
Já quero me aventurar!
Sonho de vida, Karina: boletos pagos, hQ e saude mental em dia, hahahha