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Super Mario Bros: O Filme | Crítica

Esqueça aquela piadinha sacana sobre o efeito de cogumelos. Em “Super Mario Bros: O filme“, não temos uma produção ácida que fará esse tipo de aceno ao público adulto, mirando muito mais um novo e jovem público. Mas se prepare, pois o ritmo do filme, este sim, é absolutamente lisérgico.

Muito se discute sobre a adaptação de games ao cinema. Em especial depois dos acertos de “Arcane” da Netflix e “The Last of Us” da HBO. Parece que finalmente estamos dando um passo mais do que necessário para que novas produções apareçam e mostrei caminhos.

Como pioneira no mundo dos jogos digitais, é ótimo perceber que a Nintendo fará parte dessa história, com um excelente primeiro passo.

Uma estrutura gamificada

O roteiro do filme, que pode causar estranhamento aos mais puristas, não segue as estruturas clássicas de roteiro. Há ali o básico, a construção de um conflito e um desenvolvimento de personagens que permeia o filme. Mas a forma como a progressão se dá parece muito mais um sistema de fases de videogame do que uma narrativa clássica.

E embora isso possa gerar estranhamento em algumas críticas, ainda soa como uma lufada de originalidade em um universo de blockbusters tão engessados e repetitivos. A progressão não se dá com os desafios do mundo real, mas com uma estrutura própria dos games. Se o Mário chega em um mundo novo, logo há bem a sua frente um personagem que o orienta de cara.

Se está diante de um desafio intransponível, haverão ao seu lado as clássicas caixinhas de potencializadores que tantas vezes facilitaram a jogatina de jovens jogadores. Para um fã de longa data, um deleite.

Super Mario Bros O Filme

Um temporal de referências

Dessa forma, “Super Mario Bros: O filme” caminha entre dois mundos com muita tranquilidade. Se por um lado constrói uma narrativa ágil e simples, completamente aditivada pela experiência da Illumination com “Minions“, por outro oferece doces aos mais velhos.

Não a todos os mais velhos, é preciso dizer, mas aqueles que vão rir de uma piada com um velho cartucho ou com as referências a jogos antigos e novos. Muitas vezes, o filme simplesmente faz uma pausa para fazer uma piada com um elemento em especial.

Nem tudo são flores, pois no meio de tantas referências felizes, uma ou duas vezes entra um segmento ilustrado por músicas pop mal escolhidas. Prejudica, mas não nos retira da experiência. E isso mostra a força que os personagens em si possuem em nos manter ligados.

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Claro que a isso se deve também o time de vozes, competente e bem escolhidos na versão original e muito bem escalados também na versão nacional. Destaque absoluto para Raphael Rossato que faz a melhor versão possível do encanador bigodudo.

Enfim, um excelente começo que agradará aos fãs e que possui potencial para criar um novo público no que parece ser mais um caminho de uma trilha que pode trazer grandes personagens para as telas do cinema.

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