NotíciasResenhas

Semana do Terror – Loney por Andrew Michael Hurley

loney_1463498816584992sk1463498816b

Nome do livro: Loney

Nome original: Loney

Autor (a): Andrew Michael Hurley

Tradução:

Editora: Intrínseca

ISBN: 978.858.057.937-6

Ano: 2016

Páginas: 304

Nota: 3/5

Onde Comprar: Compare Preços

 

Quando os restos mortais de uma criança são descobertos durante uma tempestade de inverno numa extensão da sombria costa da Inglaterra conhecida como Loney, Smith é obrigado a confrontar acontecimentos terríveis e misteriosos ocorridos quarenta anos antes, quando ainda era criança e visitou o lugar.

À época, a mãe de Smith arrastou a família para aquela região numa peregrinação de Páscoa com o padre Bernard, cujo antecessor, Wilfred, morrera pouco tempo antes. Cabia ao jovem sacerdote liderar a comunidade até um antigo santuário, onde a obstinada Sra. Smith crê que irá encontrar a cura para o filho mais velho, um garoto mudo e com problemas de aprendizagem.

O grupo se instala na Moorings, uma casa fria e antiga, repleta de segredos. O clima é hostil, os moradores do lugar, ameaçadores, e uma aura de mistério cercam os desconhecidos ocupantes de Coldbarrow, uma faixa de terra pouco acessível, diariamente alagada na alta da maré. A vida dos irmãos acaba se entrelaçando à dos excêntricos vizinhos com intensidade e complexidade tão imperativas quanto à fé que os levou ao Loney, e o que acontece a partir daí se torna um fardo que Smith carrega pelo resto da vida, a verdade que ele vai sustentar a qualquer preço.

Com personagens ricos e idiossincráticos, um cenário sombrio e a sensação de ameaça constante, Loney é uma leitura perturbadora e impossível de largar, que conquistou crítica e público. Uma história de suspense e horror gótica, ricamente inspirada na criação católica do autor, no folclore e na agressiva paisagem do noroeste inglês.

 

Smith é o irmão mais velho do Hanny, que nasceu com uma doença que compromete sua voz e com isso ele não consegue dizer nenhuma palavra. Ele sempre se sentiu responsável pelo irmão mais novo e fez de tudo para protegê-lo e ajuda-lo a se comunicar. Ester, além de ser uma mãe muito dedicada aos filhos é também muito religiosa e acredita que somente Deus poderá curar seu filho Hanny. E para isso ela deverá leva-lo até o terreno sagrado que fica localizado em Loney, uma cidade misteriosa na Costa da Inglaterra, onde diversas coisas sem explicações estão acontecendo.

Depois da morte do padre Wilfred de maneira misteriosa após uma peregrinação até Loney com a família, o Padre Bernard assume a paróquia local da família de Smith, e como já era de se esperar ele não é muito bem aceito pela comunidade. Ele tenta de todas as maneiras realizarem seu trabalho, mas nesse momento ele começa a descobrir que a história da comunidade do padre Wilfred é mais intensa e dramática do que ele imagina.

“Embora pudesse parecer enfadonho e sem atrativos, o Loney era um lugar perigoso. Uma porção indômita e inútil do litoral inglês. Uma foz de baía morta que enchia e vazava duas vezes por dia e fazia de Coldbarrow, um pequeno pedaço de terra deserto a um quilômetro e meio da costa, uma ilha. As marés podiam subir mais rápido do que o galope de um cavalo e todo ano algumas pessoas morriam afogadas. Pescadores azarados desgarravam-se da rota e acabavam encalhados. Catadores de mexilhões oportunistas, alheios ao perigo com que estavam lidando, dirigiam seus caminhões areia adentro na maré baixa e apareciam na praia semanas depois, com o rosto verde e a pele enrugada”. (p. 13)

Mesmo não sendo meu estilo preferido de leitura, pedi esse livro de presente de aniversário. Como a expectativa está muito grande por causa de alguns detalhes como a capa muito bem trabalhada e a indicação do Stephen King não resisti e passei na frente de todos.

As médias das avaliações no skoob e no Goodreads não animam o leitor nem um pouco a enfrentar a leitura, mas acredito que o maior problema da historia não seja a trama e se o final sem sentido que o autor criou. Fiquei muito confusa e até reli para ver se entendia, mas no fim desisti. O livro tem tudo pra ser um excelente suspense/terror, a narrativa tem todos os requisitos para um bom mistério tanto que o leitor fica em um clima de tensão durante toda a leitura, mas infelizmente o excesso de descrição e o final prejudicaram muito o livro.

O livro é narrado em primeira pessoa pelo Smith, e em alguns momentos eu consegui me ver dentro da história. A história possui muitos mistérios e enigmas que às vezes não fica claro e resta ao leitor decifrar as entrelinhas para entender atrama.

O livro foi publicado pela Intrínseca em 2016, e o trabalho editorial ficou lindo. A capa preta dura passa bem o terror da história e a jacket trás um pouco do suspense do livro. Manter o título original foi ótimo, porque a tradução não ficaria boa. As folhas são amareladas e a letra está em um tamanho perfeito o que ajuda e muito na leitura.

Recomendo para quem gosta de terror e suspense.

Outro post que vocês podem ler sobre Loney aqui no blog, é sobre a construção da atmosfera do livro. Para ler, clique aqui

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.