Resenha: Will & Will: Um Nome, Um Destino, por John Green e David Levithan
Nome do Livro: Will & Will: Um Nome, Um Destino
Nome Original: Will Grayson, Will Grayson
Autor(a): John Green e David Levithan
Tradução: Raquel Zampil
ISBN: 9788501093882
Páginas: 352
Editora: Galera
Ano: 2013
Avaliação: 4/5
Onde comprar: Saraiva
Em uma noite fria, numa improvável esquina de Chicago, Will Grayson encontra… Will Grayson. Os dois adolescentes dividem o mesmo nome. E, aparentemente, apenas isso os une. Mas mesmo circulando em ambientes completamente diferentes, os dois estão prestes a embarcar em um aventura de épicas proporções. O mais fabuloso musical a jamais ser apresentado nos palcos politicamente corretos do ensino médio.
Fui surpreendido novamente pela editora Galera Record. Em um sábado qualquer, quando recebi dos correios um envelope da editora. Logo pensei: “O que poderia ser?”. E veio uma grande novidade, um dos mais aguardados lançamentos para o semestre e muito diferente ao ver o nome de Green estampado na capa. Não é nada parecido com ” A Culpa é das Estrelas” e muito menos com “O Teorema Katherine”, ambos já resenhado por aqui. A capa veio branca e sem cor, o grande desfecho veio nas páginas seguintes que apresento para você leitor.
Will & Will retrata a vida de dois adolescentes, que não se conhecem, vivem na mesma cidade e entre outros fatores acabam possuindo o mesmo nome: Will Grayson. Como anunciado pela mídia, não pode ser configurado como um romance gay, para amenizar, vamos dizer um romance homossexual, ok? Um dos Will, por ser morador de Chicago, acaba esbarrando com o outro em uma noite nada programada. E o pior: ” O local não era frequentado por nenhum deles”.
Os capítulos são narrados diferentemente por cada Will. Fiquei muito curioso para decifrar quando era a escrita de Green e/ou quando era de Levithan. Só posso dizer que a de Green ficou bastante conhecida em focar uma temática detalhista que por mais normal que seja, ainda sofre retaliações no meio social. Confesso que foi uma grande surpresa ler esse livro. O livro é um jovem- adulto gay na realidade, mas, vai além do nome codificado que lemos nas divulgações. Os aprendizados e as batalhas vividas pelos adolescentes estão presentes em todo o enredo. Brigas, confrontos, depressão, erros, acertos, o crescimento em si passa por grandes barreiras para futuras conquistas, quem sabe, uma vitória.
Quanto aos personagens, um é gay, em um sex shop na plena cidade de Chicago, aguardando o encontro com Isaac, seu namorado virtual. O outro é hétero, junto com seu amigo estão em um show para maiores de 21 anos. Tudo muda quando os dois colidem, em diante nada será o mesmo. O lado cômico e sarcástico dos autores podem ser levado muito em consideração, muitas vezes achei que cada um pegou um Will para escrever o seu devido capítulo. O estilo de letra de um com o outro também o faz e ajuda em descobrir qual autor está narrando o momento.
Suas nuances tornam algo chamativo, que o leitor pode entender o ponto de cada personagem. Seus problemas, despertam o interesse em tentar crescer junto com cada um. O primeiro Will, o que abre o enredo, é meio tímido, tentando se esconder das pessoas enquanto se encontra no colegial. Os pais são médicos e nunca estão disponíveis para lhe dar atenção. E pela ausência, houve a contribuição da arrogância que logo é entendida durante a leitura. Logo, pude querer ditar o futuro de cada personagem pela leveza que os autores proporcionam ao leitor. Se você procura algo tão sério. Esqueça! Green e Levithan vai deixar você pensando muito, rindo muito, dialogando muito com cada um dos personagens e torcendo, quem sabe, para um final feliz.
O único problema que posso destacar é a infelicidade de que nem todos irão retirar algo que os autores realmente queriam passar. O livro como mencionei, possui uma temática gay, porém, vai muito longe, ele tenta realmente trazer para o seu leitor uma reflexão das atitudes que temos com o próximo. Pode até ser comparado como um livro, talvez de alto ajuda, o que eu classificaria longe disso. Will & Will não possui méritos de transformar a vida de ninguém, pelo contrário, proporciona um momento calmo e de muita descontração.
O nome do livro na realidade saiu de David Levithan, sua temática e formas de demonstrar toda dificuldade de um menino admitir a homossexualidade para sua família. Os momentos de depressão e muita coragem são quesitos máximos nas diferenças entre os dois autores. Os personagens secundários, quando Will apresenta Tiny Cooper ao outro (vocês podem imaginar o que tende a acontecer?), foram encaixados em dose certa pelos autores.
“Tiny Cooper não é a pessoa mais gay do mundo, tampouco é a maior pessoa do mundo, mas acredito que ele possa ser a maior pessoa do mundo que é muito, muito gay, e também a pessoa mais gay do mundo que é muito, muito grande.”
Fica muito difícil resenhar um livro que tende a ser analisado com muito cuidado. A escrita de John Green é algo que sempre deixa uma interrogação ao chegar na página final. Confesso que não conhecia a escrita de David Levithan e fui bastante surpreendido. Não vi o acabamento final da capa, por fotos, parece que a editora Galera Record fez um grande trabalho e em suas redes sociais apostou muito quanto ao lançamento. A tradução foi algo singelo nas mãos da conhecida Raquel Zampil. O que novamente fez crescer a minha credibilidade pela tradutora.
O final é algo que veio para emocionar o leitor. Pode soar forçado em um determinado momento. Porém, isso caberá a você leitor a tarefa de decidir. Pelas dificuldades, dúvidas enfrentados por um adolescente, Will & Will deve ser lido com muita calma e absorvido individualmente.
achei uma resenha bem convidativa, parece ser um livro gostoso de ler e envolvente, ansiosa em ler
Quero muito ler esse livro por ter o nome do John estampada ai 🙂 espero q eu goste do livro o tanto q vc gostou.
Estou lendo Paper Towns agr!
Philip,
Estou doida para ler esse livro, mas antes quero ler os outros livros do John Green.
Pena que não recebi um exemplar desse livro! hehehe
Beijos
Camis
vou receber o meu daqui uns dias
Apesar de não achar o autor tudo aquilo..John G ja li alguns de seus livros e não entendo porque todos o adoram..mesmo assim pretendo ler o livro, acho diferente um livro jovem que trata deste assunto,
beijos.