Resenha/ Sorteio: EntreMundos, por Neil Gaiman e Michael Reaves

Nome do livro: EntreMundos
Nome Original: Interworld
Autor(a): Neil Gaiman e Michael Reaves
Tradução: Viviane Diniz
Editora: Rocco
ISBN: 9788579801730
Ano: 2014
Páginas: 248
Nota: 3/5
Onde Comprar: Compare Preços

Primeiro de uma trilogia de sucesso assinada a quatro mãos por Neil Gaiman e Michael Reaves, roteirista de TV premiado, Entremundos leva o leitor a viajar por várias dimensões na companhia de Joey Harker, um garoto comum que, durante um inusitado teste de localização proposto pelo professor de Estudos Sociais, descobre ser um Andador, alguém capaz de deslocar-se de uma dimensão para outra. Enquanto tenta entender onde está e o que significa sua nova condição, Joey percebe que aquele é o começo de uma nova vida e de uma grande aventura em que magia e ciência se unem para garantir a paz em vários mundos.

Escrever sobre um livro que ao mesmo tempo você odiou e nos 45 minutos do segundo tempo você aprovou não é uma tarefa nada fácil. Um mundo rodeado de fantasias tentou por horas ter me retirado dos trilhos por não estar muito acostumado, mas aos poucos consegui me situar.

EntreMundos é o primeiro volume de uma trilogia, e o que mais chamou atenção foi que o livro iria virar série televisiva, escrita em 1995. Somente no ano de 2007,por incrível que pareça, os autores Neil Gaiman e Michael Reaves lançaram a história em livro. Repito, não sou muito fã de ficção-científica e para quem gosta é um prato cheio. Quis mais ler o livro por conta de Gaiman e confesso que o final me surpreendeu.

No enredo, Joey Harker é um garoto que se acostumou em se perder. Isso mesmo! Ele pode ser deixado em um determinado local, mas não espere que ele consiga voltar. Até mesmo em sua casa. E é nesse ponto que começa todo o enredo dentro de um teste pelo seu professor de estudos sociais. Os alunos espalhados pela cidade em grupo de três,  teriam de achar o caminho de volta. O grande problema é que Joey meio que perdido ao passar por uma neblina acabam sendo alterados no seu campo de visão. Em casa, sua mãe não é mais a sua mãe, tudo ficou confuso e mudado. Para tentar achar uma explicação, o garoto foge para a rua, até ser perseguido por umas naves prateadas e ser socorrido por um estranho de máscara.  Confuso, ele tenta procurar o professor Sr. Dimas, o que logo acaba revelando para o nosso herói que ele era para estar morto por um acidente em uma cachoeira.

Assustado, ele descobre que está em uma outra dimensão e é conhecido como um Andarilho, alguém que possui capacidade em andar entre dimensões. Em seu primeiro desafio, ele acaba sendo pego por um exercito inimigo. As coisas acabam piorando e Joey precisa fazer escolhas entre lutar na guerra que está envolvida as dimensões ou então voltar para sua família. Aos poucos, Jay, outro personagem importante vai revelando para Joey a Interzona, e suas capacidades dentro das dimensões como o “buraco de minhoca” e “hiperespaço”, dobras entre os planos com a realidade.  É nessa premissa que vamos guiando dentro do enredo, o que de início pode parecer confuso, aos poucos vamos situando e a escrita dos autores começam a fluir.

Gaiman e Reaves fizeram uma grande parceria. Os locais como a ambientação são críveis em nossas mentes. Como qualquer livro do Gaiman, o enredo inicial é sempre confuso e aos poucos acabam se tornando  amarrados com a trama. Ainda estou encabulado como um roteiro para um filme em 1995,iria dar tão certo ambientado em livros. E olhem que estou falando somente do primeiro livro. Imaginando os outros dois.  As construções dos personagens ficaram perfeitas, não imaginava que todos os elementos poderiam ser amarrados aos poucos e o cansativo no início acaba se tornando essencial na a metade do livro em diante.

A editora Rocco acertou em cheio em trazer a obra para o Brasil. Não dei muito quando iniciei a minha leitura, até mesmo fiquei preocupado como iria abordar em uma resenha, mas acredito que tenha passado um pouco da essência desse livro. Não notei erros de português ou falta de coerência e concordância, e olhem que a junção não é nada fácil como abordada acima.