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Resenha: Segredos de Walt Disney , por Jim Korkis

SEGREDOS_DE_WALT_DISNEY_1423567905435458SK1423567905BNome do Livro: Segredos de Walt Disney
Nome original: The vault of Walt
Autor(a): Jim Korkis
Editora: Seoman
ISBN: 978-85-98903-97-2
Ano: 2015
Páginas: 288
Nota: 4/5
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Conheça os bastidores não oficiais da história da Disney! Você vai descobrir o que Walt realmente pensava sobre religião, seu desentendimento com o FBI, o incidente do primeiro-ministro soviético Khrushchev envolvendo a Disneylândia, a história por trás do Carrossel Dourado da Cinderela, os planos originais de Walt Disney para filmes como Alice no País das Maravilhas e Aristogatas, os segredos da Fada Sininho e de atrações descontinuadas nos parques. O livro traz ainda histórias inéditas como: o cardápio de Walt Disney, os bastidores do filme proibido Canção do Sul, o homem que enquadrou Walt Disney, e muito mais.

 

Qual a relação que a Disney tem com o pintor Salvador Dalí e com o renomado autor de “Admirável mundo novo” Aldous Huxley? Jim Korkis lhe dirá neste livro!

Você também imaginava Walt Disney como um desenhista e animador debruçado sobre uma mesa de trabalho? Ou como um visionário a frente de um dos mais bem sucedidos parques temáticos do mundo? Cercado de grandiosidade, com o glamour do cinema e dos imensos cenários dos parques de diversões? O primeiro capítulo do livro já destrói esta impressão ao apresentar um dos hobbies favoritos de Walt: as miniaturas. Ele dedicou incontáveis horas reproduzindo cenários e prédios em miniatura. A paixão começou quando ajudou a montar um cenário de ferrovia para o filho de um amigo. A partir de então, ele consumiu considerável tempo e esforço criando peças originais e funcionais – inclusive fornos que podiam fazer pães minúsculos. E este é só o capítulo de abertura desta obra fascinante sobre a vida e obra de Walt Disney.

O livro é dividido basicamente em quatro partes: Histórias do Walt, Histórias dos filmes da Disney, Histórias dos parques da Disney e Outros mundos das histórias da Disney (tudo o que não se encaixava nos anteriores). O que Jim Korkis apresenta ao leitor são fatos apoiados em extensa pesquisa e entrevistas, principalmente com a filha de Walt, Diane (que também assina o prefácio), funcionários da Disney de todos os cargos imagináveis (como diretores, animadores, engenheiros, figurinistas e malabaristas).

Aqui está o que você NÃO encontrará neste livro:

especulações;

provas circunstanciais;

boatos;

invencionices.

Nada de pactos com o diabo, mensagens subliminares e contatos com extraterrestres. Como diriam os amigos do autor, estas são “histórias que só Jim Korkis conhece”. Fascinado pela Disney, ele pesquisou a empresa por 3 décadas e esse livro é só uma fração do conhecimento e curiosidades que acumulou ao longo dos anos. Muito mais está por vir no próximo livro do autor, “Quem tem medo da canção do sul”, que trará, entre outros, informações sobre a estadia do diretor Tim Burton na Disney (lembre-se que O estranho mundo de Jack, clássico contemporâneo da animação slow-motion, é sim um filme da Disney!).

O capítulo mais interessante trata do trabalho que Salvador Dali e Walt desenvolveram a partir de 1946, um curta animado chamado “Destino” que tem a assinatura definitiva de Dali. Diversas telas foram pintadas para a arte conceitual, mas acabaram se perdendo nos depósitos da Disney ou foram roubadas. O projeto ficou engavetado por vários anos e só foi retomado em 2003, sendo impossível ter certeza qual era o objetivo final do curta ou se o andamento era o imaginado por Dali e Walt. A versão final foi indicada ao Oscar, mas não ganhou.

O mais interessante é a diferença da visão que cada um tinha do enredo de “Destino”. Na época Dali declarou: “Trata-se de uma exposição mágica do problema da vida no labirinto do tempo”, enquanto Walt definia o projeto como “Uma história simples sobre uma mocinha em busca de seu amor verdadeiro”. Creio que isso diz muito sobre a forma de pensar de cada um deles.

Assista ao curta:

Agora você me pergunta: o que Huxley fez para a Disney? A resposta está no capítulo “Alice no país das maravilhas que nunca existiu”. Durante a leitura vi que a Disney tem mais projetos engavetados, que nunca passaram de pura inspiração, do que filmes produzidos e lançados para o público.

A tradução do livro ficou excelente, principalmente em momentos críticos, quando era necessário citar nomes de personagens e títulos de filmes que são completamente diferentes no original e no Brasil. Não encontrei erros de digitação ou de revisão, parabéns para a equipe da Seoman. Sou só eu ou a imagem da capa parece um peão de xadrez com orelhas de rato?

Jairo Canova

Jairo Canova é Administrador e gosta de livros mais do que imagina.

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