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Resenha: Quem poderia ser a uma hora dessas?, por Lemony Snicket

QUEM_PODERIA_SER_A_UMA_HORA_DESSAS_1349289821PNome do livro: Quem poderia ser a uma hora dessas?
Nome Original: Who Could that beat this hour?
Série: Só perguntas erradas #01
Tradução: André Czarnobai
Autor(a): Lemony Snicket
ISBN: 9788565765046
Páginas: 240
Editora: Seguinte
Ano: 2012
Avaliação: 4/5
Onde Comprar: Compare Preços

Em uma cidade decadente, onde se criam polvos para a produção de tinta, onde há uma floresta de algas marinhas e onde um dia funcionou uma redação de jornal em um farol, um jovem Lemony Snicket começa o seu aprendizado em uma organização misteriosa. Ele vai atender seu primeiro cliente e tentar solucionar o seu primeiro crime, aos comandos de uma tutora que chama carro de “esportivo” e assina bilhetes secretos. Lá, ele vai cair na árvore errada, vai entrar no portão errado, destruir a biblioteca errada, e encontrar as respostas erradas para as perguntas erradas – que nunca deveriam ter passado pela cabeça dele. Ele escreveu um relato sobre tudo o que se passou, que não deveria ser publicado, em quatro volumes que não deveriam ser lidos. Este é o primeiro deles.

Mais uma vez sou vítima das artimanhas de Lemony Snicket que dessa vez usa o seu próprio nome em uma grande e inusitada série. Seu humor, cenários diferentes do que somos acostumados são quesitos para narrar parte de sua infância em uma misteriosa organização em seus treze anos.

Ao lado de sua mais nova e inusitada tutora, Theodora Markson, partem para a cidade de Manchado-Pelo-Mar, passando por estradas de pedras e uma diferente floresta de algas. O único problema é que ele não sabe nada do que fazer e quem é mesmo essa mulher, só tem a nítida impressão que errou muito em estar do lado dela. A cidade é conhecida por sua produção de tinta, ou extração, ou ops…. acho que foi uma resposta errada. Ele não consegue ficar calado e novamente retorna com suas perguntas erradas. Na mansão da Sra. Sally, eles devem procurar a estatueta da Fera Ressonante, no qual a mulher culpa os Mallahans por estar ao lado da família por gerações.

O único problema é que  crime é cheio de perguntas erradas como: Onde foi parar o ladrão? Que local estranho é esse? Como devolver o que foi roubado ao seu dono? Dentre outras questões que Snicket precisará ter um grande jogo de cintura. Ao fugir da polícia o nosso herói acaba esbarrando com Ellington Feint, que acredita saber muito mais do roubo do que imagina. Ao lado de grandes perguntas erradas, outras começam a surgir deixando o leitor mais eufórico e algumas vezes perdidos.

Ufa! São muitas perguntas para muito poucas respostas que acabamos ficando no muro e até mesmo duvidando de outros personagens que achávamos não ter nada haver. Ou será que estão mentindo?? (ops…mais uma pergunta errada). O pior ou menor, olha eu entrando novamente em contradição, é que o livro é mais ou menos assim, o obvio se torna difícil e muito conflituoso. E quando ele acredita ter encontrado as pistas necessárias surge um novo personagem que possui todos os quesitos para continuar com a história.

Lemony Snicket está muito longe em deixar tudo muito fácil para o leitor, a confusão na narrativa faz o leitor ao mesmo tempo avançar e ao mesmo tempo retroceder questionando até que ponto o leitor é esperto para chegar ao fim da narrativa. O ponto que me ganha em suas obras é o fato dele não delimitar idade, ao mesmo tempo que ele ensina o menor, briga com o maior mostrando a importância de todos seguirem em frente e na busca do saber mais. A importância dos livros também é evidenciada em sua obra, pelo menos nesse primeiro volume tive uma sensação de querer mais.

O lado do personagem meio bobo, lhe torna incrível ao desenrolar quando ele ainda deixa Theodora muito com raiva e consegue solucionar todo o mistério. Os personagens secundários foram essenciais para o resultado esperado o que me deixou doido para acompanhar a sua sequência.

A editora Seguinte acertou em trazer a obra para o Brasil, fiquei muito…muito curioso na divulgação e não consigo encontrar respostas pela demora na leitura que tive. A tradução, diagramação, capa em softouch e imagens foram essenciais para a compreensão e o que o autor pretendia transmitir ao público leitor.

Acredito que os segredos ainda estão longe de terminar, muitas confusões, enigmas, roubos deverão ser solucionados e não quero fazer uma outra pergunta errada, pelo contrário, irei trazer resenha em breve do segundo volume.
Leiam!!!Leiam!!!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

Um comentário sobre “Resenha: Quem poderia ser a uma hora dessas?, por Lemony Snicket

  • Eu, como fã de desventuras em série não pude deixar de ler este livro e me diverti bastante hehehehe

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