Resenhas

Resenha: O Tesouro da Encantadora, por Caroline Carlson

capaNome do livro: O Tesouro da Encantadora
Nome Original: The Very Nearly Honorable League of Pirates: Magic Marks the Spot
Série: A Quase Honrosa Liga de Piratas #01
Autora: Caroline Carlson
Tradução: Ricardo Gouveia
Editora: Seguinte
Ano: 2014
ISBN: 9788565765312
Páginas: 400
Avaliação: 5/5
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Quando Hilary decidiu que queria ser pirata, nem imaginava que estava prestes a participar da caça ao maior tesouro de todos os tempos. Afinal, tudo o que a preocupava era fugir da Escola da Senhorita Pimm para Damas Delicadas. Hilary não via utilidade nenhuma nas lições da srta. Pimm e queria se juntar à Quase Honrosa Liga de Piratas. Qualificações não lhe faltavam, mas a Liga não admitia garotas em sua equipe de algozes e pilantras. Decidida a partir para alto-mar a qualquer custo, Hilary logo se vê no meio de uma aventura marítima em busca do tesouro mais valioso do reino: o tesouro da Encantadora. Para encontrá-lo, ela contará com um mapa sem X e precisará enfrentar o mais traiçoeiro – e surpreendente – vilão de todos os mares.

Fantástico!!

O Tesouro da Encantadora, primeiro volume da série A Quase Honrosa Liga de Piratas é um livro delicioso de se ler. Conta as aventuras de Hilary, uma garota da alta sociedade de Augusta. Porém ela nunca foi delicada e primorosa como se esperaria de uma jovem dama como ela. Pelo contrário, seu sonho era ser pirata. Sua aventura começa quando ela decide ir em busca do sonho, ainda que a Quase Honrosa Liga de Piratas tenha informado categoricamente que não aceita mulheres, muito menos garotinhas.

Caroline Carlson junta magia, pirataria e alta sociedade de uma forma primorosa. Histórias de piratas são até comuns, mas em O Tesouro da Encantadora elas me ganharam. Me jogaram de cabeça no mundo da pirataria e me apaixonei por eles de uma forma mágica e fascinante. Se no final de “Harry Potter e a Pedra Filosofal” eu fiquei desejando que uma coruja aparecesse em minha janela com uma carta no bico, agora meu desejo é viver no litoral só para me sentar na areia e esperar um navio vindo ao longe com uma bandeira esvoaçante, ilustrando a figura de uma caveira e dois ossos cruzados.

Os personagens são todos muito bem formados e suas características são marcantes. Nenhum passou desapercebido pela trama. Os piratas em nada se parecem com os maldosos de Peter Pan, lembram mais os excêntricos de Piratas do Caribe. Inclusive Jasper Fletcher, “O Terror das Terras do Sul”, lembra muito Jack Sparrow: Bravo, um tanto quanto atrapalhado, excêntrico, engraçado e apaixonante. Até mesmo a mãe de Hilary, que vive dentro do guarda-roupas tem seu momento de glória em uma certa situação, já lá pelo final de tudo.

Durante toda a trama sempre somos brindados com cartas, formulários diversos, informativos periódicos das terras de Augusta e manuais. Algumas dicas dos manuais e discussões por via das cartas me causaram boas risadas. O livro todo é assim, difícil passar algumas páginas sem que você tenha um sorriso ou risada roubados. Preciso até informar que nunca mais vou olhar uma beterraba com os mesmos olhos depois de ler O Tesouro da Encantadora.

– Ah – Charlie disse. – O covil dos Pilantras?
– Exatamente.
– Espere um pouco – Hilary disse. – O que é o Covil dos Pilantras?
Jasper olhou para Hilary como se tivesse nascido uma segunda cabeça nela.
– É um covil. De pilantras.

Apesar de ser uma série e algumas amarras terem sido deixadas para a sequencia – tem até uma edição de “A Mexericada de Augusta” contando as últimas novidades no final do livro, que nos dá uma breve noção do que nos aguarda adiante – o livro não fica sem terminar, a aventura é resolvida, as coisas se ajeitam e fica tudo bem. Bom ler livros assim, que nos deixa doidos pela continuação, mas que não nos obriga a ficar passando mal por terminar sem fim. Se esta proposta acontece por ser um livro feito para o público infantojuvenil, posso dizer que aprovo e o nomeio, por minha própria conta e risco, como um livro para toda e qualquer idade. Absolutamente sem distinção.

A tradução de Ricardo Gouveia foi feita com muito cuidado. Como existem passagens engraçadas ao longo de todo o livro, era preciso adaptar certas frases e jargões para serem condizentes à nossa realidade. Não há uma só frase que pareça sem sentido e nem uma só expressão que não seja claramente entendida por qualquer nascido e criado nas Terras Tupiniquins.

A edição promete. Levando em conta que o exemplar que estou em mãos é somente a prova para divulgação, posso dizer que a edição oficial vai ser incrível!

Se você ficou maluco para ler O Tesouro da Encantadora, sugiro que se organize e já reserve seu volume. A obra será lançada no final deste mês, no dia 31, e posso dizer que muito em breve sua edição será procurada com o mesmo afinco que os piratas em busca do prêmio debaixo do X no Mapa do Tesouro! Portanto, eu, se fosse você, não deixaria para a última hora.

Arr! É tudo de bom.

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