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Resenha: O Segredo do meu marido, por Liane Moriarty

O_SEGREDO_DO_MEU_MARIDO_1391364762PNome do Livro: O Segredo do meu marido
Nome Original: The Husband’s Secret
Autor(a): Liane Moriarty
Tradução: Rachel Agavino
ISBN: 9788580574791
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Ano: 2014
Nota: 4/5
Onde Comprar: Compare Preços

Ela virou o envelope. Estava lacrado com um pedaço de fita adesiva amarelada. Quando a carta tinha sido escrita? Parecia velha, como se tivesse sido anos antes, mas não havia como saber ao certo. Imagine que seu marido tenha lhe escrito uma carta que deve ser aberta apenas quando ele morrer. Imagine também que essa carta revela seu pior e mais profundo segredo – algo com o potencial de destruir não apenas a vida que vocês construíram juntos, mas também a de outras pessoas. Imagine, então, que você encontra essa carta enquanto seu marido ainda está bem vivo… Cecilia Fitzpatrick tem tudo. É bem-sucedida no trabalho, um pilar da pequena comunidade em que vive, uma esposa e mãe dedicada. Sua vida é tão organizada e imaculada quanto sua casa. Mas uma carta vai mudar tudo, e não apenas para ela: Rachel e Tess mal conhecem Cecilia – ou uma à outra -, mas também estão prestes a sentir as repercussões do segredo do marido dela. Um romance emocionante, O Segredo do Meu Marido é um livro que nos convida a refletir até onde conhecemos nossos companheiros – e, em última instância, a nós mesmos. – Quinto livro de Liane Moriarty, O Segredo do Meu Marido alcançou o primeiro lugar na lista de mais vendidos do The New York Times apenas duas semanas após seu lançamento. – Considerado pelas revistas People e Entertainment Weekly um dos 10 melhores livros de 2013, foi eleito também o melhor livro do mês de agosto pela Amazon. – O Segredo do Meu Marido já teve os direitos de publicação vendidos para mais de 20 países e os direitos cinematográficos adquiridos pela CBS.

Fiquei curioso para ler esse livro quando foi apresentado na 3º turnê Intrínseca em maio deste ano. A editora falou tão bem da desenvoltura dos personagens, das amarras e das ligações das três mulheres que participam do enredo interligando à misteriosa carta que não deu outra. Leitura na certa! O que me incomodou foi à capa ser levada mais para o estilo feminino.

Cecília Fitzpatrick vive um grande sonho, ela é casada com John-Paul, eles possuem três filhas e apresentam uma vida financeira muito boa. A agenda social é uma loucura, sua vida é ótima, lotada de atividades que coordena e ainda nutri algum tempo para aumentar índices de venda de Tupperware. Certo dia, a mulher encontra no sótão uma carta de seu marido dizendo para ela só ler na ocasião de sua morte.

Resistindo a tentação de lê-la, Cecília decide respeitar o desejo de seu marido. Porém, as coisas saem do jeito normal, quando ela começa a suspeitar de seu marido, quando ele começa agir de forma estranha, deixando sua cabeça a loucura. Ao lado do segredo que pode desmoronar a vida ou mudá-la o casal ao lado de suas filhas começam a viver ao limite suas vidas, pelo menos para não acabar com o casamento. Enquanto isso nada da carta ser aberta.

Enquanto isso, conhecemos Tess, casada com Will, mãe de Liam. Ao lado de seu marido como sócia e da prima e sua melhor amiga, Felicity (filha da irmã gêmea da mãe de Tess). Até que em um dia na empresa quando ela imaginou ser uma espécie de reunião, ela recebe uma notícia bombástica. E bota bomba nisso! Retornando para a sua cidade natal, ela acaba reencontrando pessoas que ela nunca imaginaria rever. E a carta, Philip? Ainda nada.

Rachel é uma viúva, senhora, trabalha em um colégio de sua vizinhança e tem um filho casado quase mudando para Nova York. Ela nunca se recuperou do assassinato de sua filha, Jaine, na infância. E agora vai perder seu filho e seu neto Jacob. Então imaginem? Até que encontra indícios levados ao assassinato de sua filha. Será que foi alguém próximo a ela? Uma dica: evidências dizem que sim.

Liane Moriarty apresenta o livro narrado em terceira pessoa revezado pelos pontos de vistas das três mulheres. Muitos ainda perguntam: Qual a ligação? Calma. A autora somente revela o que estamos procurando mais para frente. O que fiquei encabulado foi a forma que a autora puxa o leitor. A carta? Isso demora um pouco acontecer, mas quando acontece. Uau! E foi essa carta que me vez querer ler o livro, porque o marketing da editora não revelou. Mas nada muda, até mesmo porque com várias amarras como: os assassinatos, as intrigas, não deixam você leitor se corroer somente pela carta. Fiquei surpreso com o final e mesmo sendo em partes previsível, a autora conduz muito bem.

As escolhas das três mulheres de certa forma deixa uma lição de vida, o passado reflete sim em nosso futuro. Se fizermos algo errado no passado, não tem como retornarmos para consertá-lo.

A edição da editora Intrínseca ficou muito chamativa. A capa mesmo não sendo atrativa para muitas classes como nós homens. Merece um crédito pela curiosidade do enredo como eu fiquei. A diagramação segue o mesmo padrão da editora. A tradução ficou muito bem coesa e inteligente. Confesso que fiquei surpreso na narrativa dos flashbacks.

Leitura agradável, personagens realistas para ser devorado em um único final de semana. Recomendo!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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