Resenhas

Resenha: O Príncipe das Sombras, por Sylvain Reynard

PRINCIPE_DAS_SOMBRAS_1418307846413969SK1418307846BNome do Livro:  O Príncipe das Sombras
Nome original: The Prince
Nome do autor(a): Sylvain Reynard
Tradução: Fernanda Abreu
Série: Noites em Florença #0.5
Editora: Arqueiro
ISBN:  9788580413649
Ano: 2015
Páginas: 128
Nota: 3/5
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Um conjunto muito valioso de ilustrações de Botticelli sobre A divina comédia, de Dante Alighieri, é exposto na Galleria degli Uffizi, em Florença. O dono das peças é o famoso professor de literatura Gabriel Emerson. Quando se deixou persuadir por sua amada esposa, Julianne, concordando em dividir com o mundo a beleza daquelas obras de arte, Gabriel jamais poderia imaginar que estaria atraindo para si um poderoso inimigo.Mais de um século antes, aquelas mesmas ilustrações foram roubadas de seu verdadeiro dono, o Príncipe de Florença, uma criatura sobrenatural e misteriosa que governa o submundo da cidade e há muito não sabe o que é o amor. Agora um dos seres mais perigosos da Itália está disposto a recuperar o que lhe pertence e se vingar de Gabriel e Julianne. Mas logo seus planos são frustrados. Um atentado o obriga a deixar os Emersons de lado, afinal ele precisa resolver assuntos muito mais importantes. Tanto seu principado quanto sua própria vida parecem estar em risco. Passado na cidade mais artística da Itália, O príncipe das sombras é uma incrível introdução à nova série de Sylvain Reynard, Noites em Florença, e vai deixar os leitores com gostinho de quero mais.

Quando foi anunciado pela editora Arqueiro a compra dos direitos de publicação da nova série do autor(a) Sylvain Reynard (autor de O Inferno de Gabriel) não imaginava que “O Príncipe das Sombras”, introdução da série “Noites em Florença” faria referência a personagens da primeira série anterior. Sim! Vocês presenciarão o personagem Gabriel Emerson e sua esposa junto com a Galleria degli Uffizi em Florença. Legal, não? Após o roubo em 1870 das ilustrações de Botticelli feitas para a Divina Comédia de Dante, você leitor vai entender os motivos do aparecimento das mesmas com a família Emerson por aqui.

No decorrer, o Príncipe e suas aparições ficarão ao cargo de tentar persuadir os dois Emerson para pagar pelo erro (roubo) que cometeram. Até que um atentado de quase morte contra ele por alguém misterioso faz com que convoque todo o Consilium, ao lado de Aoibhe, Gregor (assistente pessoal do Príncipe), Ibarra, Maximilian ao lado de Niccoló, chefe de inteligência do Principado de Florença para tentar descobrir quem realmente tentou acabar com o Príncipe.

“O professor e sua esposa podiam esperar. O Príncipe agora estava concentrado em uma vingança bem mais política.” (p.40)

Para quem ainda não entendeu, o Príncipe comanda os seres sobrenaturais de todo submundo em Florença, como se existissem o mesmo em diversos outros reinos. Como seu objetivo inicial era reaver as gravuras roubadas até então entendidas por Gabriel, até a mudança logo após o atentado. Tudo é bem armado e construído como se nada em Florença aos seus olhos ficasse de fora.

Sylvain Reynard criou uma introdução necessária e bem rápida em poucas folhas para diminuir a quantidade de informação que pretende transmitir nos volumes que compõem a série. Tudo narrado em terceira pessoa levando mais entendimento ao seu leitor. A diferença e que de certa forma não considerei positiva foi não saber nada ainda profundo do Príncipe, mesmo que em pequenas partes é jogado dicas de quem realmente ele é agora. Seu ódio e vingança deixa qualquer pessoa ávida que ele não possui misericórdia por ninguém. Mesmo Gabriel e sua esposa indo embora, o Príncipe deixa claro que o acerto de contas ainda não acabou.

Outro ponto que merece detalhes, foi a relação e filtragem com os humanos que a série possui. Tudo é bem intercalado e a chegada de uma garota no final do livro, abre o que iremos encontrar para a sua nova série. Todo o livro como na série de “O Inferno de Gabriel” transmite relações com as obras da Divina Comédia e sua ambientação com Florença. Achei bem válido em explorar mais o local e tentar jorrar novas explicações.

O trabalho da editora Arqueiro seguiu a premissa de seus livros publicados e conhecidos. Nada muito impactante. Sempre gostei da textura do papel, que passa a sensação de ter avançado diversas partes. A tradução de Fernanda Abreu se torna fiel na escrita do autor(a) que já conhecemos e acostumamos.

Leitura bastante indicada e necessária para você entrar de cara na nova série. Lembrando que não é necessária ter lido a série anterior, sabendo que não é uma espécie de continuação. Leia!!

 

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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