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Resenha| O Homem de Giz – C.J. Tudor

“Nenhum de nós chegou a um acordo sobre quando de fato tudo começou. Foi quando começamos a desenhar figuras de Giz ou quando elas apareceram do nada?”

No primeiro livro publicado pela C.J.Tudor, acompanhamos Eddie Eddie e seus amigos, Nicky, Mickey, Gav e Hoppo, em várias aventuras que as crianças nos anos 80 viveram, como andar de bike pela cidade, se encontrar no fliperama, serem perseguidos pelos valentões da escola e muito mais. Para facilitar a comunicação deles sem outros saberem, eles desenhavam com giz na rua homenzinhos rabiscados no asfalto. Mas um desenho misterioso leva os cinco amigos até um corpo todo desmembrado e espalhado no bosque. Depois disso, nada foi igual como antes. A policia foi chamada para investigar, mas nunca solucionaram o caso e nunca encontraram a cabeça da vítima. Eis o mistério!

No presente, 2006, todos já adultos, tentam seguir a vida normal, diferente Eddie, que não superou tudo que passou na infância e para piorar, ele e seus amigos recebem um desenho de um homem de giz enforcado! Até que um de seus amigos aparece morto e Eddie é convidado novamente a abrir o passado e desvendar de uma vez por todas o que aconteceu naquele assassinato na sua infância, antes que seja tarde.

O Homem de Giz alterna entre o presente e passado, somos norteados a um trhriller que prometera algo grandioso, em certas partes podemos ver uma forte ideia da série Stranger Things, outros podem comparar o livro com “O Cemitério” do King, mas que no fim percebi uma pequena enrolação em alguns detalhes. A construção é bem feita, a inserção do passado e presente deixa aquele ar de mistério e repassa ao leitor um certo desejo de descobrir o que realmente aconteceu.

A história repassa um ar de nostalgia, o que eu gosto em si, mas não me convenceu. Acredito pela aparência do final, com o segundo livro lançado pela mesma autora “O que Aconteceu com Annie”. Por fim, a autora trouxe um suspense, dessas obras consagradas, até mesmo na época que foi escrito, a série e o livro estavam em alta, que tenta fazer uma pequena cópia. Não percebi grandes reviravoltas, as peças vão fechando aos poucos. Personagens inseridos no mistério vão aparecendo, deixando o leitor com mais dúvidas, o que foi um ponto positivo. O final foi positivo, mas como dito, próximo ao outro livro!

A edição da Intrínseca é maravilhosa, em capa dura, corte preto e a lombada diferenciada, cheia de homens de giz desenhados. A tradução ficou muito bem preparada e não percebi erros. Uma leitura muito indicada, mesmo com algumas ressalvas, pode ser lida para uma faixa etária acima dos seus 14 anos, por conter cenas de morte e brigas.

O Homem de Giz
Autor(a): C.J. Tudor
Editora: Intrínseca
ISBN:  9788551002933
Ano: 2018
Páginas: 272
Nota: 3,8

Tradutor: Alexandre Raposo

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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