Resenhas

Resenha: O Filho de Netuno, por Rick Riordan

O_FILHO_DE_NETUNO_1334077137PNome do Livro: O Filho de Netuno
Nome Original: The Son of Neptune
Autor(a): Rick Riordan
Série: Os Heróis do Olimpo #02
Tradução: Raquel Zampil
ISBN: 9788580571806
Páginas: 432
Editora: Intrínseca
Ano: 2012
Avaliação: 5/5
Onde comprar: Compare Preços

A vida de Percy Jackson é assim mesmo: uma grande bagunça de deuses e monstros que, na maioria das vezes, acaba em problemas. Filho de Poseidon, o deus do mar, um belo dia ele acorda de um longo sono e não sabe muito mais do que o seu próprio nome. Mesmo quando a loba Lupa lhe conta que ele é um semideus e o treina para lutar usando a caneta/espada que carrega no bolso, sua mente continua nebulosa. De alguma forma, Percy consegue chegar a um acampamento de semideuses, mas o lugar não o ajuda a recobrar qualquer lembrança. A única coisa que consegue recordar é outro nome: Annabeth. Com seus novos amigos, Hazel e Frank, Percy descobre que o deus da morte, Tânatos, está aprisionado e que Gaia pretende reunir um exército de gigantes para dominar o mundo e reescrever as regras da vida e da morte. Juntos, os três embarcam em uma missão aparentemente impossível rumo ao Alasca, uma terra além do controle dos deuses, para cumprir seus papéis na misteriosa Profecia dos Sete. Se falharem, as consequências, é claro, serão desastrosas.

Ainda fico tentando buscar justificativas da minha demora na leitura de O Filho de Netuno. Impossível não devorar um livro de Rick Riordan em tão pouco tempo, ainda mais envolvendo mitologia grega e romana na segunda fase da trama de Percy Jackson. Sim! Posso classificar como uma segunda fase para aqueles que acompanharam toda a série Olimpianos. O livro é a sequência de O Herói Perdido, se você ainda não leu o primeiro livro ou nossa resenha, indico que não leia esta resenha para evitar spoilers.

A vida de nosso herói Percy Jackson não é fácil, principalmente agora que ele ficou totalmente sem memória. Depois dos últimos acontecimentos pelo sumiço de nosso herói. Annabeth, Piper, Leo e o misterioso Jason, ter chegado ao Acampamento Meio-Sangue também sem memória.  As descobertas foram tamanhas e o envolvimento de Hera em retirar a memória de Jason e Percy e a loba Lupa em correr contra o tempo pelo início da profecia dos sete que busca proibir o ressurgimento de Gaia, – a deusa da terra.  Os nossos semideuses estão em tamanha corrida, até descobrir o verdadeiro paradeiro de Percy Jackson.

“- A vida só é preciosa porque termina, garoto. Acredite no que um Deus diz. Vocês mortais não sabem a sorte que têm.”

Ele acaba se refúgiando no Acampamento Júpiter, onde seguem os ritos de Roma, diferente dos gregos, os novos campistas podem ter uma vida calma e longa. Nosso herói sabe que não pertence ao acampamento onde veio parar, salvo por dois novos personagens: Frank e Hazel, ambos que escondem um grande segredo sobre suas vidas, os mesmos estão ligados aos acontecimentos atuais. O novo e grande problema, depois da aparição de Ares, ou melhor, Marte, na mitologia romana, revela que o deus da Morte foi preso, e os monstros estão sendo libertados por Gaia. Sem o deus da Morte, nada segura àqueles que foram mortos no Mundo Inferior. O grande problema, é que os gigantes prenderam o deus da morte no Alasca, e o filho de Poseidon, ou melhor, Filho de Netuno, que seja- Percy Jackson, Hazel e Frank, deverão partir em três dias e soltar o deus, antes que seja tarde.

A premissa é a mesma dos outros livros do autor, continuando os acontecimentos narrados em O Herói Perdido. Rick Riordan, apresenta toda aventura em terceira pessoa, nas perspectivas de cada personagens, alternando em cada capítulo. É fascinante como o autor foge dos clichês, mesmo muitos aspectos terem sidos abordados no livro anterior. Ele consegue transformar aquele momento sem graça em algo interessante e importante para acompanhar a sequência, o passado e as consequências de nossos heróis. As amarras também são perfeitas, e com tanta perfeição me fez questionar onde entraria as falhas. A mitologia grega amarrada com a romana como algo importante para a trama, mesmo correndo o risco de deixar o leitor perdido nas mudanças dos nomes dos deuses, o autor joga irônias dos próprios personagens para cortar essa falha.

Ainda fico perguntando como o autor mergulha ferramentas atuais em sua narrativa de um possível passado.  Fiquei impressionado em diversas partes como a deusa do arco-íris fica em dúvida em o que adotar no budismo ou o taoismo  enquanto cria seus cupcakes, e a Morte pode usar um tablet para descobrir se você é um condenado ou não do Mundo Inferior que fugiu da penitência condenada.  E outras gírias, momentos prazerosos, que fará você leitor odiar ou amar cada personagem. Os deuses malignos, são partes também apresentadas pelo autor. E outros personagens que participaram da série anterior, retomam todo o brilhantismo nessa sequência.

“Ele tirou um iPad preto do nada. O deus da morte bateu na tela algumas vezes, e tudo que Frank conseguia pensar era: por favor, que não haja um aplicativo para ceifar almas.”

Quanto aos novos amigos que se uniram ao Percy, tudo faz notar que fechamos os sete semideuses que irão para a grande batalha. Sem contar que o final é para deixar qualquer um doido pela sua continuação em A Marca de Atena, terceiro livro da série. Afirmo que o autor tende a revelar muitos mistérios interligados entre as duas mitologias, e como gregos e romanos nunca se misturam. Quero provar do gostinho de como o autor vai guiar o embate entre os personagens, este necessário para cumprir a grande profecia e possívelmente trazer novamente a paz.

” Marte puxou um rolo de pergaminho do cinto.
– Alguém aí tem uma caneta?
Os legionários ficaram olhando para ele.
Marte suspirou.
– Duzentos romanos e ninguém tem uma caneta? Deixem pra lá. “

A editora Intrínseca segue o mesmo padrão do livro anterior. Sua diagramação em folhas amarelas no formato polén. A tradução de Raquel Zampil, retoma a fidelidade do texto original de Riordan. Sem dúvidas, o livro ficou páreo a páreo com seu antecessor, e sem soltar spoilers, tende a melhorar na junção de todos os personagens para que sigam com o grande próposito; proibir que Gaia renasça.

Não percam mais o seu tempo! Se você ainda não leu, corra para uma livraria mais próxima e adquira a sequência e tome cuidado, antes que seja tarde demais. Ajude os outros semideus, para evitar a destruição.

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

6 comentários sobre “Resenha: O Filho de Netuno, por Rick Riordan

  • É dificil para mim comentar neste livro pois não sou fã de leituras que tenham/ou tratem de mitologia, não gosto muito.
    Mas até tenho o livro em casa mas quem leu foi meu filho.
    O fato da editora usar paginas amarelas é um ponto positivo mesmo, gosto quando é assim.
    Nem o filme de Percy eu assisti rs, mas fiquei sabendo do proximo filme que vai sair e meu filho esta empolgado para assistir, mas gosto é gosto, de mitologia infelizmente não é comigo, beijos.

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  • Oi, Philip.
    Eu estou em dia com essa série e estou ansiosa pelo próximo livro.
    Adoro os livros do Rick Riordan e essa “nova fase” é tão boa quanto a primeira.
    beijos
    Camis

    Resposta
  • Adoro os livros do Riordan, são bons para passar o tempo, pois tem uma leitura fácil e bastante humor 🙂 e sou muito fã de mitologia.

    Gabriel – umpapoentrepaginas.blogspot.com.br

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  • Ainda não li os livros do Percy, mas acho que são incríveis, porque só tenho ótimas recomendações da série, e essa também parece ser ótima, pra quem é fã então, o Rick trouxe outra trama cheia de surpresas e acontecimentos incríveis, quero muito ler as séries, tenho que comprar urgente!

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  • Já li! É bom!
    Resenha ótima por sinal, parabéns Phillip!

    ;p

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  • nossa fiquei encantada com esa capa, me parece ser mais incrivel do que os anteriores.. adorei a resenha muito boa!

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