Resenha: O Canto das Sereias, por Val McDermid

Nome do livro: O Canto das Sereias
Nome Original: The mermaids singing
Série: Tony Hill & Carol Jordan – Livro 01
Autor(a): Val McDermid
Tradução: Michel Marques
ISBN: 9788528619010
Editora: Bertrand Brasil
Ano: 2014
Páginas: 490
Nota: 5/5
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Inspirado pelo acervo de um museu dedicado a aparelhos de tortura, o Assassino de Bonecas – como é conhecido por abandonar suas “obras de arte” em locais de público gay – parece ter descoberto a grande vocação de sua vida. E suas mortes são planejadas com tamanha frieza e impiedade que não deixam nenhum rastro para trás. Por causa da ausência de pistas, o psicólogo Tony Hill é convocado para ajudar na investigação. Com a ajuda da detetive Carol Jordan, sua missão é entrar na mente do criminoso e estabelecer um perfil que possibilite desvendar sua identidade. No entanto, mesmo para um profissional experiente como ele, a série de mutilações sexuais seguidas de assassinato é diferente de tudo que já viu antes. Um suspense psicológico tenso e muito bem escrito, O canto das sereias explora a mente atormentada de um assassino em série diferente de qualquer outro que o mundo da ficção já tenha visto. Os métodos de tortura utilizados, assim como o modo de abordagem das vítimas – narrados pelo criminoso em seus relatos sombrios – chocarão os leitores. O sucesso do livro foi arrebatador, sendo adaptado para televisão. A produção conta, no elenco, com Robson Green (Dr. Hill) e Hermione Norris (detetive Jordan).

Uau! É assim que inicio a minha resenha de “O Canto das Sereias”. Faz um tempinho que tinha lido esse livro e ainda não conseguia digerir tudo. Gostaria de trazer para você leitor uma avaliação concreta da escrita de Val McDermid. Para quem não conhece, o livro foi mesmo publicado em 1995 e somente agora temos a chance de lê-lo pela Bertrand Brasil. Um thriller psicológico policial eletrizante, quesitos essenciais que você vai encontrar por aqui.

Para iniciar nossa avaliação são necessários alguns dados importantes; esse é o primeiro livro de uma série policial abordando os personagens Carol Jordan e Tony Hill; recebeu várias críticas e foi aclamado por premiações por criar um assassino psicológico cheio de reviravoltas durante o enredo. No primeiro volume, iremos acompanhar muita crueldade criada por um serial killer chamado como: “Assassino de Bonecas”. O nome para quem não conhecia nasceu de um museu de tortura na Idade Média por acabar com suas vítimas de forma fria, matando homens em um bairro gay em Bradsfield, para piorar a policia está tentando aceitar a ligação de todas as mortes.

Até que chamam o psicólogo Tony Hill para traçar o perfil do assassino. É quando conhecemos Carol Jordan, inspetora, vive sozinha com seu irmão nerd por computadores, ao lado de Tony Hill devem traçar a memória do assassino antes que mais pessoas inocentes morram. Ela não mede esforços, afinal, quer mostrar a força de seu lado feminino em encontrar e cumprir com sua tarefa. O enredo vai ficando mais cruel ao longo dos capítulos, o leitor sente o susto dos personagens da forma que o assassino deixa suas vítimas.

Ao longo dos capítulos Val McDermid vai alternando a visão dos personagens, inclusive do assassino e vemos como ele se inspirou na Idade Média para agir com suas vítimas de uma forma cruel e sanguinária. Me incomodou demais a forma fria e calculista, fazendo refletir que pode haver uma pessoa dessas ao nosso redor. Contextualizei com toda a tecnologia que temos em mãos e a facilidade até de se aperfeiçoar como ocorre com o personagem frio criado por Val. Tony Hill cresce ao longo da obra, ele precisa entrar na mente do assassino, mas não pode se levar por ela. Ele ainda precisa de algo para ajudar toda investigação e seus detalhes impressionam e instigam o leitor para caminhar até o final da leitura. Fora que são traçados todos os problemas desses personagens principais e ambos devem agir pelo lado profissional, tentando não chocá-los dentro do trabalho.

Do outro lado temos Carol, uma personagem feminina que luta pelo seu destaque como inspetora. É visível os detalhes em seus diálogos de como ela como mulher não é bem vista pela capacidade que ela possa a vir ter. Aos poucos ela vai mostrando sua capacidade ao lado de Tony e deixando qualquer um arrepiado. A autora vai absorver ao máximo do leitor, buscando mesmo o que ele pensa, onde quer chegar dessa corrida contra o tempo e ainda deixando participar das investigações.

Não conhecia a série de TV, Rastros da Maldade. Agora depois de ler, fiquei instigado querendo ver como que na telinha tudo é levado e ver a atuação dos atores Hermione Norris e Robson Green, respectivamente como Carol e Tony Hill e muitos falam que compensa cada minuto uma atenção. Fora que esse livro é o primeiro de uma série, o segundo volume The Wire in the Blood deve ser logo lançado.

A edição da editora Bertrand Brasil ficou muito bem feita. A capa é fria e certeira relacionando com o enredo, a diagramação ficou do jeitinho Grupo Record de ser. A tradução foi de Michel Marques, deixando a leitura real, fria como a escrita da autora. A concordância é visível o que aumenta a capacidade do tradutor.

Se você leitor já leu algum livro policial. Cuidado! O Canto das Sereias é muito mais forte e intenso, você precisará ter estomago para caminhar até o final. Nunca tinha lido uma obra tão intensa como essa. O que me fez virar um grande fã desse estilo de livro. Quero muito o segundo volume. Leiam!!!