Resenha: Noites de Tormenta, por Nicholas Sparks

Nome do livro: Noites de Tormenta
Nome original: Nights in Rodanthe
Tradução: Maria Clara de Biase
Autor(a): Nicholas Sparks
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580414653
Ano: 2015
Páginas: 176
Nota: 5/5
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Há três anos, Adrienne Willis perdeu as esperanças no amor quando o marido a trocou por uma mulher mais jovem. Tendo que cuidar sozinha dos três filhos adolescentes e do pai doente, ela acha que nunca será capaz de recuperar a autoestima e a vontade de viver.Por isso, quando sua amiga Jean precisa fazer uma pequena viagem e lhe pede que tome conta de sua pousada, ela vê uma oportunidade para mudar de rotina. A previsão de tempestade iminente, no entanto, faz com que os próximos dias não pareçam muito promissores. Pelo menos até a chegada de Paul Flanner, o único hóspede com reserva para o fim de semana prolongado.Aos 54 anos, Paul é um cirurgião bem-sucedido que enfrenta fantasmas parecidos com os de Adrienne. Nos últimos seis meses, a esposa pediu o divórcio e ele rompeu relações com o filho. Ao ver sua vida perder o rumo, Paul decidiu vender a clínica e a casa e ir à pequena cidade de Rodanthe para encerrar um doloroso capítulo de seu passado. Logo Paul e Adrienne começam a descobrir suas afinidades e a se aproximar cada vez mais. Ao longo do fim de semana, a tempestade que toma conta de Rodanthe finalmente chega ao fim, mas o que nasce entre eles ressoará pelo resto de suas vidas, entrelaçando passado e futuro e dando um novo significado às palavras amor e perda.

Nicholas Sparks sempre foi um autor que sempre admirei. Sua escrita mesmo sendo retórica (igual), envolvendo situações cotidianas de vida que muitas vezes matam personagens tão próximos, acaba deixando alguns leitores cansados. O que me chama atenção é como ele fala de situações de vida mesmo que no final as emoções tendem falar mais alto do que a razão

Noites de Tormenta é um livro inicialmente publicado pela editora Novo Conceito, adaptado para as telas do cinema em 2008, dirigida por George C. Wolfe e apresentando os atores Richard Gere e Diane Lane nos papeis principais. Em 2015, chegou a nova edição pela editora Arqueiro.

O enredo aborda a história de Adrienne Wills e Paul Flanner. Ela, uma mulher de quarenta e cinco anos abandonada pelo marido após anos de casamento. Sozinha, Wills cuida de seus três filhos adolescentes e de um pai doente. Sem crença no que é o amor de um homem por uma mulher. Muito desiludida da vida. Vivendo vagando em sua casa. Essa vida muda quando Jean, sua amiga, precisa de uma ajuda na pousada. Aceitando o pedido, Adrienne vai ajudar sua amiga e vê tudo em seu lado mudando totalmente. Assim como Adrienne, do outro lado, conhecemos Paul , solitário e pelos seus temores no passado, leva como se sua vida já não fizesse mais sentido. Indo atrás de descanso, ele acaba conhecendo a que seria sua futura mulher. E com isso os erros que cometeu no passado. Quando mais se aproximam, juntos descobrem o quão comum são e como podem superar todos esses erros do passado para vive um novo presente e futuro.

Narrado em terceira pessoa, o autor leva o foco aos dois personagens principais. O enredo me deixou com uma sensação de vontades em meu olhar, isso por não ter vivido ainda uma sensação como essa abordada. Porém, já ter visto o mesmo acontecimento em outros casais. Pode até ser como um “olhar que salva”, ou as partes certas da nossa laranja. As cenas descritas foram muito reais, e se muitos perguntam do filme, ainda não o vi, primeiramente para ter a chance de ler. Ainda terei a oportunidade de acompanhar a adaptação.

Adrienne é uma mulher forte e de muita garra e persuasão. Reflexo de mulheres que sofrem mas não deixam o seu “eu” cair. Podemos associar até os nossos avós que sempre dão tudo para criar os seus filhos ou até mesmo outras situações que acompanhamos vendo e refletindo sempre em nosso dia a dia pelos rumos de uma sociedade que se encontra em constante transformação. Paul por outro lado, foi um homem mais frio, que aos poucos começamos a compreender todas as suas intenções e os motivos de sua mulher ter o abandonado. Cair para a realidade é sempre um desafio para nós mesmos. E se pararmos para pensar, muitas pessoas precisam tomar esse choque para voltar a caminhar. Mesmo sendo difícil acreditar em um amor rápido. É justo e se faz necessário que ele exista e que ao caminhar da narração possamos compreender com tudo.

Nicholas Sparks vai novamente mudar nossos anseios jorrando romance e questionamentos de uma vida dolorosa, uma vida que precisa ser redimida de qualquer jeito. E um final que possa ser levantado como real previsível ou certo. Não neguem que os conflitos não içam associados, como reflexos que escondem em Amanda, filha de Adrienne. Os jovens sempre sofrem com as escolhas digo “erradas” dos pais muitas vezes executadas sem pensamentos e questionamentos aos filhos. Do outro lado Mark, seu lado de encarar a vida e seu pai, me chamou muita atenção que a visão do pai levantava ele dentro da história.

A nova edição publicada pela editora Arqueiro ficou muito bem trabalhada. O casal na capa deixa uma ânsia enorme para procurar o filme. Fiquei muito surpreso na revisão da tradução. Não encontrei erros e surpreendendo a cada livro que chega da outra editora para a recente. Como se esperássemos todos os livros publicados novamente. Acredito que é o que está acontecendo aos poucos. A diagramação segue como a dos outros livros já lançados.

Se você é fã de romances Sparks. Não perca o seu tempo! Mesmo que você tenha lido a edição da Novo Conceito. Leia!