Resenha: Manuscritos do Mar Morto, por Adam Blake
NOME DO LIVRO: Manuscrito do Mar Morto
NOME DO ORIGINAL: The dead sea deception
AUTOR: Adam Blake
TRADUTOR: Camila Fernandes
EDITORA: Novo Conceito
ISBN: 9788581632742
PAGINAS: 480
ANO DA PUBLICAÇÃO: 2013
NOTA: 3
ONDE COMPROU: www.submarino.com.br
Manuscritos do Mar Morto – A ambiciosa policial Heather Kennedy está em seu trabalho mais difícil: seus métodos de investigação são criticados e ela está sendo assediada por colegas rancorosos porque não lhes dá atenção.
Até que lhe é atribuída o que parece ser uma investigação de rotina, sobre a morte acidental de um professor da Faculdade Prince Regent, mas a autópsia deste caso volta com algumas descobertas incomuns: o inquérito vincula a morte deste professor às de outros historiadores que trabalharam juntos em um obscuro projeto sobre um manuscrito do início da Era Cristã.
Em seu escritório, Kennedy segue com sua investigação e logo se preocupa com o rumo para onde está sendo levada. Mas ela não está sozinha em sua apreensão. O ex-mercenário Leo Tillman — seu futuro parceiro — também tem angustiantes informações sobre estes crimes. E sobre a misteriosa organização mundial a que os crimes se relacionam… Escondido entre os pergaminhos do Mar Morto, um códice mortal pretende desvendar os segredos que envolvem a morte de Jesus Cristo.
Entre um terrível acidente de avião no deserto americano, um brutal assassinato na Universidade de Londres e uma cidade-fantasma no México, Manuscritos do Mar Morto é o mais emocionante thriller desde O código Da Vinci.
A primeira vez que vi a capa e a sinopse do livro, logo pensei: “Lá mais um livro no estilo Dan Brown!”. Sim, é exatamente o que havia pensado. Adam Blake bebeu da fonte do Dan Brown e escreveu um trilher de suspense recheado de informações históricas envolvendo uma sociedade secreta (no caso, uma seita) que cultua Judas Iscariotes.
Heather Kennedy e Leo Tillman são os protagonistas desta história. Kennedy, uma detetive inglesa que é perseguida pelos seus companheiros por não ter sido corrupta em um caso, enquanto Tillman esta atrás do responsável pelo desaparecimento de sua esposa e dos três filhos há treze anos. Os dois não são os símbolos de heróis que vemos nas histórias, eles tem personalidade forte e um objetivo, que vão atrás a qualquer custo.
O livro de início fica confuso, com várias pontas soltas na trama. A narrativa em terceira pessoa vai mostrando o ponto de vista de vários personagens aleatoriamente. Ele só começa a fazer algum sentido quando essas pontas se juntam como se fosse uma trança de cabelo, principalmente quando há o encontro de Kennedy e Tillman.
Como um bom livro de mistério, há muitas informações soltas, Adam narra com muitos detalhes. Percebi que ele fez uma grande pesquisa para escrever o livro, desde o manuscrito, que foi encontrando no Mar Morto, até o tipo de armas que cada personagem usa para atacar e defender. Por ter essa gama de informações detalhadas, muitas vezes eu tinha que parar a leitura para poder respirar e “digerir” as ideias.
Por ter muitas informações e ainda letras pequenas, o que ocasiona um texto maior por página, a leitura até certo ponto fica cansativa. Demorei muito para terminar de lê-lo. Eu perderia o interesse pelo livro facilmente, porém Adam vai revelando os segredos da trama aos poucos, o que fez eu ter vontade de saber mais do que acontecia.
O engraçado é que nenhum detalhe da trama passa despercebido, tudo tem um propósito no final. Teve um detalhe que aconteceu no início e que eu não dei importância, mas quando chegou ao final percebi a importância e falei comigo mesmo: “Ah, é pra isso que servia!”
Mas a grande questão é: Valeu a pena ter lido esse livro, mesmo que tenha demorado todo esse tempo?
Sim, valeu a pena, pois todos os segredos revelados não eram nada do que eu deduzia e compensou o tempo gasto por ter lido. Aprendi muita coisa sobre: armas, fatos históricos envolvendo a bíblia e um pouco de noção farmacêutica.
“Manuscritos do Mar Morto”, não é um livro fácil de ler, mas compensa todo o tempo gasto por ele.