Resenha: Hex Hall, por Rachel Hawkins

Nome do livro: Hex Hall
Nome Original: Hex Hall – vol. 1
Autor(a): Rachel Hawkins
ISBN: 9788501086075
Páginas: 303
Editora: Galera Record
Ano: 2011
Avaliação: 5/5
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Há 3 anos, Sophie descobriu que não é uma menina como as outras. Ela é uma bruxa e, até agora, isso só lhe trouxe alguns… arranhões! Sua mãe fez tudo o que pôde para ajudar: leu o que conseguiu encontrar sobre bruxas, fadas e magia; procurando consultar o pai ausente de Sophie — um poderoso feiticeiro europeu — só quando necessário. Até que a menina atrai atenção além da conta depois de um feitiço de amor poderoso demais… E é seu pai que define a sentença: Sophie deve ir para Hex Hall, um reformatório afastado de tudo e de todos que está sempre de portas abertas para receber qualquer “prodígio” que saia da linha — ou seja, além de bruxas como Sophie, fadas, metamorfos etc. E a tendência de Sophie para encrencas não decepciona. Já no fim do primeiro dia, ela acumula problemas: três poderosas inimigas que mais parecem supermodelos, uma fantasma que cisma em persegui-la, uma paixonite idiota pelo feiticeiro mais charmoso da escola — e ele tem namorada, mas como Sophie poderia saber? Para piorar, sua companheira de quarto é a pessoa mais odiada do campus, e a única vampira entre os alunos… Sim, os sanguessugas não têm boa fama, e uma série de ataques a estudantes acaba fazendo da única amiga de Sophie a suspeita número um na mira do Conselho e da direção da escola. Isso não é tudo, e Sophie precisa se preparar. Uma antiga sociedade secreta determinada a destruir todos os prodígios, inclusive e principalmente ela, parece estar mais próxima do que nunca de Hex Hall. Sophie terá de descobrir, do que sua magia é capaz e, sobretudo, suas origens e quem ela é de verdade.

Ao ler Hex Hall, lembrei muito da série Harry Potter escrita pela autora J.K. Rowling. Uma nova história de bruxaria, misturada com outros seres como: metamorfos, fadas… dentro de um colégio, onde acontece uma série de coisas envolvidas ao passado de nossa protagonista Sophie Mercer. Diferente de Harry Potter, Sophie  tem um pouco mais de Hermione Granger.

Sophie Mercer, é uma garota de dezesseis anos que foi criada pela sua mãe humana. Desde a descoberta de seus poderes, aos doze anos, a garota teve que mudar de cidade e colégio umas dezenove vezes. Pelo seu descuido em revelar seus poderes sem ao menos querer, Mercer, em seu novo colégio acaba provocando uma reviravolta ao usar uma poção do amor no baile de formatura, provocando um acidente que bastou para ser levada para o reformatório Hecate Hall, ou melhor, conhecido como Hex Hall. Um dos grandes mistérios, é que Mercer não conhece a origem e nem quem seja o seu pai, só sabe que ele sempre responde aos telefonemas e e-mails e que ele é um grande mago, que vive em alguma parte da Europa.

Passando por uma vida de segredos, e poucas respostas nas pesquisas de sua mãe, afinal, uma separação difícil é conturbada na criação dos filhos. Diferente para Sophie, que desperta suas qualidades como uma adolescente tirada, inteligente e muito bem humorada. Ao chegar ao seu novo lar, ela começa a descobrir e encarar algumas regras, logo de cara seu primeiro desafio com um metamorfo e sua primeira troca de olhares em um aluno do colégio, Archer Cross. Um cara considerado famoso, bonito, bem visto aos olhos das alunas. Fora isso, Sophie acaba conhecendo Jenna, uma vampira, colega de quarto. Acabam se tornando grandes amigas e sofrendo grandes aventuras juntas.

Como em qualquer livro, existe os personagens do contra, como Elodie, a malvada da história, uma espécie de bruxa patricinha, junta de Anna e Chaston, acabam querendo convocar Sophie para sua tríade de bruxas ou chamado como coven. Juntas são fortes  em canalizar seus poderes, por ambas serem da espécie de bruxas negras. Logo de cara, nossa protagonista rejeita o convite, deixando as três furiosas. Daqui para frente, os acontecimentos começam a repercutir na vida de Mercer, sem conhecer todos os fatos importantes de seu passado, sofrer rejeição até descobrir que seu pai é presidente do conselho e, que existe grupos que almejam acabar com a raça de “Prodígios”, seres tipo sobrenaturais. Como o L´Occhio di Dio (O Olho de Deus) e as Brannicks, grupos responsáveis em acabar com essas raças de seres mágicos.

“- O L´Occhio di Dio é a maior ameaça ao Prodígio. São um grupo de Roma e seu objetivo é acabar com cada um de nós. Eles acham que são cavaleiros sagrados, enquanto nós somos o mal que deve ser expurgado. No passado, só esse grupo foi responsável pela morte de mais de mil Prodígios. ” (p. 81)

“- E, é claro, as Brannicks, uma família ancestral da Irlanda que vem lutando contra “monstros”, que é como eles nos chamam, desde os tempos de São Patrício. Essas são as atuais guardiãs da chama, Aislinn Brannick e suas duas filhas, Finley e Isolde. Elas tendem a ser um pouco mais perigosas, uma vez que são descendentes de Maeve Brannick, uma bruxa branca incrívelmente poderosa que renunciou sua raça para juntar-se à Igreja. Elas têm, portanto, mais poder do que um humano comum.” (p. 80)

Como mencionado, diferente de Harry Potter, Hawkins criou um mundo parecido, apresentando seu lado obscuro diferente em alguns pontos. Como na saga de nosso bruxinho o mal era um bruxo das trevas, em Hex Hall, são vários grupos que detém o poder de acabar com os “Pródigios”. Outro ponto que merece ser destacado, foi da autora ter apresentado uma diretora mulher ao enredo, Sra. Casnoff,  ao narrar sobre toda a história dentro do enredo. Sophie não possui conhecimento de nada sobre o seu passado, tudo começa a ser revelado como tudo aconteceu e suas perguntas serem sanadas na revelação do passado de sua bisavó e avó, Alice e Lucy. Em cada capítulo, fui levado por descobertas que detinham dos acontecimentos. Em Hex Hall, a mágia é certa, podemos perceber que em cada revelação, Mercer começa e ficar mais forte, deixando de ser meio “bobinha”, passando a encarar seu destino até o final dramático do enredo.

Traições, revelações, feitiços, reviravoltas são tudo o que você leitor vai presenciar dentro da leitura. O passado, a morte de Holly, demônios, objetos mágicos, são outros fatores importantes em Hex Hall. E quando achamos que tudo está prestes a terminar, a autora finaliza no momento crucial que desejamos chegar. Prontos para acompanhar sua sequência em, Hex Hall 2: A Maldição, pela editora Galera Record. A diagramação e textura continuam do jeito fantástico desenhado pela editora.

O que chamou atenção foi a capa desenhada por Carolina Vaz, que difere com a capa original americana. Sem contar que na quarta capa, encontramos relatos de blogueiros conhecidos em nosso meio. Destaques importantes que mostram a importância do blogueiro literário nas avaliações dos livros. A tradução ficou por conta de Camila Mello, mesmo sem conhecê-la, percebi que todos os cuidados com as palavras foram levadas, até mesmo pela leitura ser mais jovem.

Por fim, a narrativa é toda em primeira pessoa, narrada pela Sophie. Fator que deixou a leitura mais engraçada pelo seu lado sarcástico. Se você procura uma leitura rápida, para ser lida em um final de semana, não perca mais o seu tempo. Corra para uma livraria mais próxima e adquira seu exemplar de Hex Hall. Confesso que a leitura não é só para meninas como achei até ler, é para um público leitor jovem que curte uma boa aventura.