Resenhas

Resenha: Dezesseis Luas, por Margaret Stohl e Kami Garcia

BEAUTIFUL_CREATURES_1291331714PNome do Livro: Dezesseis Luas
Série: Beautiful Creatures #01
Nome Original: Beautiful Creatures
Autor(a): Margaret Stohl e Kami Garcia
ISBN: 9788501086914
Páginas: 485
Editora: Galera
Ano: 201o
Avaliação:2.5/5
Onde comprar:Compare Preços

Ethan é um garoto normal de uma pequena cidade do sul dos Estados Unidos e totalmente atormentado por sonhos, ou melhor, pesadelos com uma garota que ele nunca conheceu. Até que ela aparece… Lena Duchannes é uma adolescente que luta para esconder seus poderes e uma maldição que assombra sua família há gerações. Mais que um romance entre eles, há um segredo decisivo que pode vir à tona. Eleito pelo Amazon um dos melhores livros de ficção de 2009. Direitos de tradução vendidos para 24 países. Um filme da série está sendo produzido. “Pacote completo: um cenário assustador, uma maldição fatal, reencarnação, feitiços, bruxaria, vudu e personagens que simplesmente prenderão o leitor até o fim…”

A premissa inicial de Dezesseis Luas me chamou muita atenção, seja pelo enredo chamativo escrito pelas autoras Margaret Stohl e Kami Garcia ou pela abordagem de narrar pela visão de um garoto, diferente da grande maiorias de YA quando é narrado por uma garota. Fui com muita sede ao bote e me decepcionei muito durante minha leitura, sentindo incomodado pelas enrolações das autoras, descrições em excesso e uma falta de continuidade com os acontecimentos deixaram minha avaliação baixa para esse primeiro volume.

Ethan Wate é um jovem de dezesseis anos  e vive em Gatlin, uma pequena cidade do interior da Carolina do Sul, onde nada muda (não muda mesmo), ainda levada pelos seus costumes e tradições sem muito o que fazer.  Ele participa do time de basquete da escola, possui uma boa aparência e um passado trágico em sua família. Ethan vive ainda  ao lado de sua governanta Amma, por quem o rapaz tem um carinho enorme, seja por ter cuidado de seu crescimento e educação ou pelos conselhos na ausência de sua mãe. Junto, ele convive com seu pai, um escritor, que vive trancado em seu escritório pela perda de sua mulher.

“Mas não quando se tratava dela. Não dava para evitar. Eu sempre pensava nela. Sempre voltava a ter o mesmo sonho, mesmo não conseguindo explicá – lo. Então, era esse o meu segredo, tudo que queria contar. Eu tinha 16 anos, estava me apaixonando por uma garota que não existia, estava ficando louco”

Nosso protagonista convive ultimamente com alguns sonhos ou pesadelos envolta de uma garota. Como a cidade é pequena, a fofoca torna constante, quando somos apresentados sobre Macon Ravenwood, conhecido como um maluco da cidade. Ele nunca saiu de sua casa e muitos moradores dizem que a casa é mal-assombrada. Tudo começa a mudar com a chegada de Lena Duchannes – sobrinha do velho Ravenwood – para Gatlin. No primeiro dia de aula de Lena, os olhos não são bem vistos pelos jovens de sua idade, apenas Ethan que no primeiro olhar sente uma atração forte pela garota, encantado pela sua aparência meio gótica, transformará a vida do rapaz e de toda cidade. Logo no primeiro olhar ele descobre que a garota de seus sonhos era Lena.

“Ela olhou para mim, e o mundo inteiro desapareceu. Como se houvesse nós dois, como se sempre só fosse haver nós dois. E não precisássemos de magia para isso. Era meio que feliz e triste, tudo ao mesmo tempo. Eu não conseguia ficar perto dela sem sentir coisas, sem sentir tudo.”

Após a sua chegada, acontecimentos estranhos em cima da garota começam acontecer. Uma grande maldição em Lena, pelo  passado  de sua família na chegada de seu décimo sexto aniversário transformará a vida de nossos protagonistas, afinal ela é uma conjuradora (uma espécie de bruxa) que na data de seu décimo sexto aniversário pode ser tornar da luz ou das trevas como sua mãe Sarafine e sua prima Ridley. Lena e Ethan ainda se apaixonam e ao mesmo tempo são tentados a se separar pelo passado ainda desconhecido que por irônia poderá envolver as duas famílias ou trazer perigos para Ethan. A maldição da família Duchannes é o palco de todo o mistério junto com a invocação de Lena pela sua escolha.  Daqui para frente, o casal deverá descobrir tudo sobre a maldição e os perigos que ela pode ocasionar.

Depois de muitos meses em ver meu livro parado na estante, resolvi dar oportunidade na leitura. Confesso que pode ser pela estréia do filme e pela magia que meu interesse foi despertado nas últimas férias de janeiro (2013). Durante minha leitura senti em diversos momentos vontade de abandonar o livro, a escrita das autoras (ainda preciso entender a necessidade de duas autoras escrever um livro como esse) não surpreendeu. Em diversas páginas fiquei procurando respostas para as colocações dos personagens, amarras importantes que fazem diferença em se tratando de um livro que não apresentará um final. O cansaço deixou vagar em diversos momentos pelo excesso  de apresentar um lugar, um personagem sem colocar ação dentro do enredo. O romance de Lena e Ethan começa de uma hora para outra, sem uma explicação contundente, depois as autoras enrolam diversas páginas, apresentando momentos lentos e outra hora corridos.  Foram quase 300 páginas que perdi o meu tempo lendo, por não acontecer nada do que o leitor procura pela temática que a sinopse apresenta.

Demorei mais de duas semanas para finalizar o primeiro livro. Fato que nunca aconteceu em minhas leituras durante esses últimos anos e não gosto de abandonar livros. A minha edição foi a original, lançada em 2010 como a do topo da resenha. Assustei em deparar com erros de pontuação, finalização, acentuação, confundindo o leitor no que era narração dos personagens ou narração do próprio Ethan. A editora Galera nunca errou nesse quesito e acredito muito que nas outras edições será levado todas as críticas positivas que de certo modo, repercutem com a compreensão para sua sequência.

O livro começa a evoluir somente no final, chegando na página 400 em diante. Uma grande reviravolta e o começo das buscas de respostas. Isso foi o que eu achei e decepcionei! Quando ficamos tentando buscar respostas, o livro melhora muito e no final volta ao ponto inicial (vocês vão descobrir lendo) forçando o leitor correr para o segundo volume em Dezessete Luas, para pelo menos tentar descobrir o que o primeiro volume abriu sobre os personagens.  Minha nota de avaliação foi posta pelo quesito evolução que acredito que o livro chegará daqui para frente e pela capa meio metalizada da editora Galera.

Os personagens secundários como o amigo de Ethan – Link, como Marian e a Sra. Lincoln são responsáveis pelas amarras dentro do enredo  e pontos decisivos para não deixar o livro sem sentido e jogar aquela vontade em finalizar. Mesmo decepcionado e ainda achando que o segundo deixará mais enrolações, até porque Lena mudará completamente, darei ainda uma chance. Pela curiosidade das suposições que Margaret Stohl e Kami Garcia comentam em suas redes sociais, a série vai evoluir.

Indico a leitura do livro, até mesmo para você leitor debater comigo e quem sabe tentar me mostrar a evolução nos próximos livros. Só passo um conselho: não leia com muita sede e como o filme no momento que entrar com a resenha à adaptação já se encontrará nos cinemas, peço que tenham cuidado para evitar decepção em comparar um com o outro.

Dezesseis Luas tinha tudo para ser um grande livro, se não houvesse tanta enrolação e as passagens fossem narradas ao ponto sem tanta descrição.

Dezesseis Luas, dezesseis anos
Dezesseis dos seus mais profundos medos
Dezesseis vezes você sonhou com minhas lágrimas
Caindo, caindo ao longo dos anos…

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

4 comentários sobre “Resenha: Dezesseis Luas, por Margaret Stohl e Kami Garcia

  • Eu curti o livro, mas concordo que ele tem um ritmo bem lento =/
    Acho q o q deixou td mundo meio assim é q o livro é narrado por um cara, mas ele não age como um…rs

    Resposta
  • Olá Philip!
    Estou querendo muito ler Dezesseis Luas. Pretendia ler antes do filme ser lançado, mas não foi possível. O filme não me agradou muito, mas o livro com certeza deve me agradar. Já vi muitos comentários bons do livro, mas também vi alguns negativos para o filme. Espero gostar bastante do livro. Gostei da resenha!
    Abraços!
    leiturascomosnsd.blogspot.com.br

    Resposta
  • estou querendo ler o livro demais, ai depois quero ve o filme

    Resposta
  • Comprei Dezesseis luas na bienal, paguei 10 reais e nem acreditei. Adorei o livro, mas com certeza o segundo é melhor ainda!
    Tive oportunidade de assistir ao filme, achei o filme um pouco diferente do livro. Mas creio que o filme não perdeu a essência do livro.

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.