Resenhas

Resenha: Dexter HQ, por Jeff Lindsay

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Nome do Livro: Dexter HQ
Nome Original: Dexter
Autor(a): Jeff Lindsay
Tradução: Guilherme Kroll Domingues
Editora: Planeta
ISBN: 9788542203356
Páginas: 120
Ano: 2014
Nota: 3/5
Onde Comprar: Saraiva

Dexter, o psicopata dos psicopatas, depois de fazer grande sucesso nos livros e na TV, agora invade as páginas dos quadrinhos. Nessa história completa, o devotado personagem deve lidar com um fantasma de seu passado: Steve Gonzalez, um valentão que perseguiu Dexter na época da escola. Porém, ele hoje é um  lantropo, considerado a Madre Teresa de Miami por causa de sua Fundação Esperança, que reabilita viciados. Após um inocente reencontro em uma festa, Dexter acredita que nunca mais o verá. No entanto, uma série de assassinatos coloca os dois em rota de colisão.

Para um grande fã da série televisiva de Dexter, o psicopata mais querido tanto pelos leitores quanto pelos apaixonados por séries, não poderia deixar de ler da HQ de Dexter. Por mais que ainda não tenha lido a série de livros – o que pretendo muito em breve –, esperava que a HQ fosse mostrar o bom e velho serial killer em ação, mas não foi muito bem o que eu encontrei.

Um homicídio aconteceu e Deborah terá que achar o culpado, juntamente com o Departamento de Polícia de Miami e claro, o analista de sangue mais famoso, também não estaria de fora. Dexter vai descobrir que o assassinato está ligado diretamente com Steve Gonzalez, uma espécie de Madre Teresa de Miami, que utiliza sua instituição para a reabilitação de viciados. Que por coincidência – ou não – é um dos valentões que ele teve que enfrentar durante sua vida estudantil. Se Gonzalez estava escondendo algo, o jeito seria Dexter descobrir o que era. A questão é: ele fará à sua maneira ou deixará que Deborah e o Departamento de Polícia de Miami resolvam?


“Sim, há muito a ser dito sobre a boa e velha escuridão. E quando você abre seus olhos finalmente, para um dia brilhante e ensolarado é engraçado que muitas vezes desejemos permanecer na escuridão.”


Só depois que havia começado a leitura é que soube que a HQ é uma extensão do último livro da série de Dexter. Ainda não li aos livros da série, mas por ter acompanhado a série televisiva, já posso dizer que senti falta de algumas coisas, o que, segundo a minha opinião, é o principal erro: a superficialidade. De alguma maneira, o autor ou até mesmo o ilustrador, quis censurar — não sei se esta seria a palavra certa para usar — as cenas mais violentas e brutais, e definitivamente não tinha nem um terço do sangue envolvendo a história de qualquer serial killer.

Como uma extensão do último livro da série, não consegui reconhecer alguns novos personagens, outros já conhecidos estão com uma personalidade diferente da que eu conhecia e outros nem ao menos ganham destaque durante a história. O foco realmente é a história de Dexter, Gonzalez e Deborah. Achei o novo personagem bastante instigante, Gonzalez irá trazer um pouco de emoção à trama assim como Dexter. Ver Dexter em ação não tem preço, sua maneira disciplinada e limpa de “fazer o serviço” é altamente viciante, mas neste primeiro volume, o autor simplesmente opta por não colocá-lo em ação. Ele termina o livro de uma maneira — no mínimo — injusta, interrompendo no meio de uma cena e deixando o caso em aberto para o próximo volume.


“Foi uma performance magnífica. Eu me senti impelido a aplaudir. É muito difícil fingir todas essas emoções. Pode acreditar, eu sei.”


Neste volume, o leitor será presenteado com uma edição de capa dura, fosca com alguns detalhes em verniz e totalmente condizente com o conteúdo. Por dentro, acabamento colorido, com folhas envernizadas, coloridas e bem revisada – não foram encontrados erros escabrosos. Não sei qual a disponibilidade, mas a Editora Planeta enviou um marcador feito de plástico e por dentro um líquido vermelho, muito parecido com sangue. Claro que eu adorei.

Por mais que inegavelmente eu seja um fã de carteirinha de Dexter Morgan, não posso dizer que graphic novel tenha me surpreendido, pelo contrário, achei que deixou a desejar em diversos pontos e que foi bastante superficial em relação a história desse personagem incrível. Não que não seja uma leitura válida, se você ainda não teve aquele “primeiro contato” com essa série ou até para aqueles que adoraram o seriado de TV ou mesmo a saga de livros, vale a pena mas não é perfeito ou tão bom quanto eu esperava.

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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