Resenhas

Resenha: Delírio, por Lauren Oliver

DELIRIO_1329770651PNome do Livro: Delírio
Nome Original: Delirium
Trilogia: Delírio #01
Autor(a): Lauren Oliver
Tradução: Rita Sussekind
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580571646
Páginas: 352
Ano: 2012
Nota: 3/5
Onde Comprar: Compare Preços

Muito tempo atrás, não se sabia que o amor é a pior de todas as doenças. Uma vez instalado na corrente sanguínea, não há como contê-lo. Agora a realidade é outra. A ciência já é capaz de erradicá-lo, e o governo obriga que todos os cidadãos sejam curados ao completar dezoito anos. Lena Haloway está entre os jovens que esperam ansiosamente esse dia. Viver sem a doença é viver sem dor: sem arrebatamento, sem euforia, com tranquilidade e segurança. Depois de curada, ela será encaminhada pelo governo para uma faculdade e um marido lhe será designado. Ela nunca mais precisará se preocupar com o passado que assombra sua família. Lena tem plena confiança de que as imposições das autoridades, como a intervenção cirúrgica, o toque de recolher e as patrulhas-surpresa pela cidade, existem para proteger as pessoas. Faltando apenas algumas semanas para o tratamento, porém, o impensado acontece: Lena se apaixona. Os sintomas são bastante conhecidos, não há como se enganar — mas, depois de experimentá-los, ela ainda escolheria a cura?.

Sempre tive vontade de ler esta trilogia por muitos comentários que ela repercutiu entre os leitores na época de seu lançamento. Uma espécie de distopia que falava sobre o “amor” poderia dar uma boa história. E não foi diferente! Delírio é o primeiro volume de uma trilogia escrita pela autora Lauren Oliver. No mundo criado, as pessoas pensavam que o amor poderia ser uma coisa boa, não entendiam que uma vez florescido dentro do sangue das pessoas, já não tinham como escapar. Considerado como delírio, um grande mau para toda população, os cientistas conseguem erradicar todo o amor e o governo exige da população que todos recebam uma cura ao completar seus dezoito anos. É neste mundo que iremos conhecer os personagens e todo problema envolta deste sentimento que consideramos “lindo”.

Identificado como uma espécie de doença, o amor ficou conhecido como “amor deliria nervosa” e seus sintomas: altos piques de euforia, falta de concentração, pensamentos e ações obsessivas, dificuldades em respirar dentro outros. Após os médicos e cientistas dos EUA terem descoberto a cura, tentam erradicar todo o tipo da doença. É nesse mundo que conhecemos a personagem Lena Haloway, uma garota de quase dezoito anos, sofre com o governo,recordando de sua mãe ter sido uma vítima da cura sendo que na quarta tentativa de três falhas de aplicar o soro ela foge e se lança ao precipício.

Como em outras distopias os habitantes passam por uma triagem e logo precisam saber suas chances na vida como: empregos, casamento e afins. Isso tudo é escolhido pelo Estado, nada da pessoa subornar a ordem. No dia da intervenção de nossa personagem, ela acaba olhando para um rapaz desconhecido e por algum motivo algo acontece. O rapaz se chama Alex e aos poucos ele vai entrando no enredo, a garota sempre levou a risca todas as regras, só que agora ela começa a questioná-las se realmente é o correto. Diferente de sua amiga Hana, que segue tudo a risca, enlouquecendo muitas vezes Lena.

O que mais me encabulou na narrativa é ver como os personagens e o estado é guiado por um livro, como se fosse considerado uma Bíblia. O lado opressor é muito mais cruel no julgamento do amor, as consequências são ainda piores. A narrativa de Lauren Oliver é meio que devagar, os jogos de metáforas são constantes e você leitor precisa muito se preparar mentalmente. Fora que a autora apresenta os Inválidos, estes que não são situados dentro do regime, como os sem-facção em Divergente. Eles vivem na Selva outro lado da cerca que protege o país.

Os personagens iniciais foram muito bem inseridos na trama, Hana; centralizadora, mas muito divertida, Alex; considerado um dos caras de maio destaque entre muitas leitoras, não reclama e esconde grandes segredos que acredito serem revelados.

A edição da editora Intrínseca ficou muito bonita, a capa parece ser meio laminada deixando um contraste espelhado. A diagramação ficou do jeitinho da editora com suas folhas amarelas e letras de fácil compreensão. A tradução não deixou a desejar, fiquei muito empolgado na medida em que o enredo foi avançando.

Acredito que o livro pode ter me chamado atenção pelos questionamentos da autora. Não existem possibilidades de vivermos em um mundo sem “amor”! Fiquei muito constrangido e tentando achar explicações. As pessoas vivem de sonhos e se apegam em tudo que realizam e com ele o amor sentimental tanto o material estão presentes. Como retirar tudo? Mesmo pecando na falta de explicações maiores sobre o tal governo. O final é de deixar qualquer leitor doido pela sua sequência em Pandemônio, que resenharemos logo.

 

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

3 comentários sobre “Resenha: Delírio, por Lauren Oliver

  • Oi, Philip.
    Eu li essa série conforme os livros foram sendo lançados e infelizmente não me empolguei tanto assim. Adorei a premissa, mas a história em si não me ganhou muito não. Vou dar uma olhada na sua resenha do segundo livro e ver se você continua animado! hehhehe
    beijos
    Camis

    Resposta
  • Quando os livros foram lançados, não fiquei empolgada para lê-los, apesar de todos os blogs estarem recomendando-o e exaltando-o. Anos depois, resolvi pegá-lo para ler, porque soube que seria lançada uma série baseada nele. Não me arrependo de ter lido. O começo foi confuso e chatinho, mas, do meio para o final, não consegui largar o livro. Fiquei apreensiva, ansiosa, melancólica como a Lena, por causa da maravilhosa narração da escritora.

    Resposta

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