Resenhas

Resenha: Como eu era antes de Você, por Jojo Moyes

COMO_EU_ERA_ANTES_DE_VOCE_1365538813BNome do livro: Como eu era antes de Você
Nome Original: Me before you
Volume: 1
Autor(a): Jojo Moyes
Tradução: Beatriz Horta
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580573268
Páginas: 320
Ano: 2013
Nota:estrelas 1 - Cópia - Cópia - Cópia - Cópia
Onde comprar:Compare Preços

Aos 26 anos, Louisa Clark não tem muitas ambições. Ela mora com os pais, a irmã mãe solteira, o sobrinho pequeno e um avô que precisa de cuidados constantes desde que sofreu um derrame. Sua vidinha ainda inclui o trabalho como garçonete num café de sua pequena cidade – um emprego que não paga muito, mas ajuda com as despesas – e o namoro com Patrick, um triatleta que não parece muito interessado nela. Não que ela se importe. Quando o café fecha as portas, Lou é obrigada a procurar outro emprego. Sem muitas qualificações, consegue trabalho como cuidadora de um tetraplégico. Will Traynor tem 35 anos, é inteligente, rico e mal-humorado. Preso a uma cadeira de rodas depois de ter sido atropelado por uma moto, o antes ativo e esportivo Will agora desconta toda a sua amargura em quem estiver por perto. Sua vida parece sem sentido e dolorosa demais para ser levada adiante. Obstinado, ele planeja com cuidado uma forma de acabar com esse sofrimento. Só não esperava que Lou aparecesse e se empenhasse tanto para convencê-lo do contrário.Uma comovente história sobre amor e família, Como eu era antes de você mostra, acima de tudo, a coragem e o esforço necessários para retomar a vida quando tudo parece acabado.

Depois de muito ler outros leitores falando desse livro, consegui  dedicar totalmente a leitura para conhecer a escrita de Jojo Moyes. E o interesse veio depois do anúncio da adaptação aos cinemas que chega em junho. O enredo me deixou curioso em descobrir os motivos que levaram o livro às telonas.

Com aproximação do filme, acredito que deva ser o livro mais vendido nos últimos tempos. O livro chamou tanta atenção que amarrei com o segundo volume (vocês vão conferir minha opinião em breve). No enredo bem no início conhecemos os motivos que levaram Will ficar tetraplégico.

Logo em seguida, somos amarrados à vida cotidiana e sem muitos sonhos para seu futuro de Louisa. A jovem é muito atrapalhada pela sua idade e acomodada em sua rotina (ideia que baseia muitos de nós adolescentes). Ela trabalha como garçonete em um café local da cidade, tem um relacionamento com Patrick e mora com seus pais, irmã e seu filho. O que ela não esperava é que uma hora ou outra o dono do café decidiria fechá-lo e sua vida mudaria totalmente. Ela nunca imaginou sair dali, desempregada  irá correr contra o tempo para encontrar um novo emprego, afinal, precisa do mesmo para ajudar pagar as contas da própria família.

A procura não é fácil e por não ter experiências ficam as chances meio zeradas ou quase nulas. Até que sobram suas opções e uma dela é cuidadora de inválidos. Não havendo como negar, ela aceita a tarefa de cuidadora mesmo sem experiência e vai até a casa de Will, um homem que tinha tudo, uma vida que podia fazer tudo que quisesse até ver o tudo desmoronar.  Em cima de uma cadeira de rodas chega ser chato no início por ser fechado, ácido  e sem perspectiva de passar a depender das pessoas. Não nego a sua ideia para quem nunca precisou de ajuda de ninguém. O cara está no auge dos trinta e poucos anos devendo possuir uma mente bem centrada pelo destino que o levou ali.

As mudanças começam acontecer ao lado de Louisa, ambos acabam criando uma amizade frágil, bela que vai tomando proporcionalidades maiores. Lou é muito viva e seu ânimo acaba transformando Will, como se ele esperasse a chegada dela.  E ambos acabam aprendendo muito sobre como a vida leva cada um e abre novas portas que ainda eram fechadas.  A garota fechada, sem visão de seu futuro acaba mudando totalmente pelos ensinamentos dele.

Jojo Moyes não poderia ter escrito algo melhor do que esse livro. Rico, alegre meio portando a tristeza e rodeado de ensinamentos quando não podemos nos entregar em situações que vivemos hoje, não podemos acomodar acreditando estar tudo perfeito porque a vida abre portas e muitas vezes não possuímos uma visão mais centrada para reconhecermos essas chances.

A edição da editora Intrínseca ficou bastante fiel ao que iremos encontrar. A arte da capa  chama muito atenção ao romance. A tradução ficou muito bem feita e não vi erros de português que prejudicassem a coerência dos fatos narrados pelos personagens.

E se vale a pena? Com certeza. Achava que o livro era mais feminino, mas levei um banho de água fria de aprendizado entre os diálogos dos dois personagens.

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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