Resenhas

Resenha: Caraval – Stephanie Garber

Nome do Livro: Caraval
Nome Original: Caraval
Autor(a):Stephanie Garber
Editora: Novo Conceito
Ano: 2017
Páginas: 400
Nota: 5/5

Scarlett nunca saiu da pequena ilha onde ela e sua irmã, Donatella, vivem com seu cruel e poderoso pai, o Governador Dragna. Desde criança, Scarlett sonha em conhecer o Mestre Lenda do Caraval, e por isso chegou a escrever cartas a ele, mas nunca obtivera resposta. Agora, já crescida e temerosa do pai, ela está de casamento marcado com um misterioso conde, e certamente não terá mais a chance de encontrar Lenda e sua trupe, mas isso não a impede de escrever uma carta de despedida a ele. Dessa vez o convite para participar do Caraval finalmente chega à Scarlett. No entanto, aceitá-los está fora de cogitação, Scarlett não pretende desobedecer ao pai. Sendo assim, Donattela, com a ajuda de um misterioso marinheiro, sequestra e leva Scarlett para o espetáculo. Mas, assim que chegam, Donattela desaparece, e Scarlett precisa encontrá-la o mais rápido possível. O Caraval é um jogo elaborado, que precisa de toda a astúcia dos participantes. Será que Scarlett saberá jogar? Ela tem apenas cinco dias para encontrar sua irmã e vencer esta jornada.

Senhores(as),bem vindo ao Caraval!

Um jogo ou quem sabe mais longe do que isso. Uma história misteriosa que envolve Stephanie Garber, esta nova autora que chega para destruir nossos sentidos. Scarlett , nossa personagem principal, sonha pelo Caraval. Uma espécie de atração que delira as pessoas por anos, enviando cartas para o Mestre Lenda e nunca correspondida por anos. Até que depois de muito tentar, recebe uma carta com três convites, um em seu nome. Convocando-a  como sua convidada principal. Sua irmã a convence de fugir, correndo do controle de seu pai. Na ilha, Scarlett descobre o que realmente é  Caraval, uma espécie de jogo e um grande enigma que ela deverá entrar, salvando a vida de sua irmã.

Caraval é um lugar cheio de mistérios, enigmas, sombrios e além do que muito imaginamos, desenvolvidas pela nossa personagem principal Scarlett. Forçada a assumir uma outra postura, controlada por sonhos que ela esqueceu e vem nos mostrar. Forçada a mudar para salvar sua irmã Donatella do pior, já que seu pai é uma espécie de opressor, sua mãe as abandonou. Agora, confrontada em enfrentar coisas muito além do que a sua própria vontade. A garota começa a vivenciar a magia e suas nuances, esperando um futuro menos sombrio.

Me empolguei tanto com o livro, pelo crescimento de Scarllet, de início uma menina fraca e muito controladora e aos poucos criou uma dimensão enorme com o intuito de um objetivo e ao mesmo tempo uma soma de luta e anseios de vida melhores, acreditar mais em si e em seus desafios. O seu sentimento por cores, é algo misteriosa e ao mesmo tempo chama atenção.

O relacionamento com sua irmã é muito visível e transcorre toda narrativa, Donatella mais rebelde, diferente de Scarlett muito mais centrada assim, as duas entram no perigoso jogo de Caraval. Somente poderá encontrar sua irmã, quando Scarlett aprender a controlar o seu medo. Tella fez muitas burradas, chegando o momento de redenção. Ainda sofreu horrores que não se conseguia se libertar.

Outros personagens também compõem o enigma de Caraval. Falo de Julian, um marinheiro que vai fazer par com Sclarlett no caminho. Quando se perde sua irmã, Scarlett somente possui Julian para te socorrer. Ele é instável e melancólico e ao mesmo tempo capaz de seduzir. Os mistérios envolvendo ele, são bem necessários e entrega um ápice à trama. O romance entre os dois é estável e ao mesmo tempo equilibrado. O pai de Scarlett teve a coragem de negociar seu casamento com um conde, que é capaz de correr terras para tê-la em seu poder. Isso, como o jogo de Caraval. Mesmo assombrada pelo medo, de que seu pai tente descobrir sua aventura.

O livro não apresenta reviravoltas tão grandes, mas elas existem e são destacadas, ao lado de toda magia. Caraval é um jogo de escuridão, medo e perigos. Comandada pelo Mestre da Lenda, uma grande figura, sendo quase a mesma coisa quando se junta ao Caraval. Quando você acredita estar perto de descobrir o fim, eis que tudo se remexe e todo enredo alterna.

Não li a edição impressa, então não posso falar de diagramação por aqui. Posso dizer que a capa mostra cores fortes, que são postas á prova pela nossa personagem central. E o sombrio, que esconde dentro do jogo. A versão digital me instigou muito, e já está em pré-venda, o lançamento oficial é em junho.

A Novo Conceito trás um livro incrível, sombrio que vai mexer com muitos leitores que gostam de um grande enigma e de entrar numa espécie de jogo humano.

 

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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