Resenhas

Resenha: Austenlândia, por Shannon Hale

AUSTENLANDIA_1388080428PNome do livro: Austenlândia
Nome Original: Austenland
Autor(a): Shannon Hale
Tradução: Regiane Winarski
Editora: Record
Ano: 2014
ISBN:  9788501403889
Páginas: 240
Nota: 3/5
Onde Comprar: Compare Preços

Jane Hayes tem 33 anos e mora na Nova York atual. Bonita, inteligente e com um bom emprego, ela guarda um um segredo constrangedor: é verdadeiramente obcecada pelo Sr. Darcy. Embora sonhe com ele, os homens reais com os quais se depara são muito diferentes dos que habitam sua fantasia. Justamente por isso, ela decide deixar de lado sua vida amorosa e aceitar seu destino: noites solitárias aconchegada no sofá assistindo a Colin Firth em seu DVD. Porém, esses não são os planos que sua rica e velha tia-avó Carolyn, tem para a moça. A única a descobrir o segredo de Jane deixa, em seu testamento, férias pagas para a sobrinha-neta na Austenlândia. A ideia é que Jane tenha uma legítima experiência como uma dama no início do século XX e consiga se livrar de uma vez por todas de sua obsessão. Contudo, para isso, ela terá que abrir mão do celular, da internet e até do uso de sutiãs em troca de tardes de leitura, espartilhos e… a companhia de belos cavalheiros.

Comentando com o marketing da editora Record, confessei que nunca tinha lido nada das tramas que envolvem Austen, tão bem elogiada pelo público feminino. Fiquei encabulado por tantos comentários e minha curiosidade não deu em outra. Tive que abrir as páginas de Austenlândia para compreender todos os comentários nas redes sociais sobre tal de Mr. Darcy. O que ele trás para essas mulheres que eu ainda não desconheço? Você leitor pode estar rindo neste momento lendo, mas acreditem: “ eu me surpreendi com a tamanha criação de Shannon Hale”. Antes que outros perguntem, eu já ouvi falar de Orgulho e Preconceito da Jane Austen.

Pesquisando mais sobre o livro e após lê-lo, percebi que a autora Shannon Hale deu uma nova vestimenta dos livros da Austen e juntou em uma nova roupagem com Mr. Darcy. Para quem ainda é curioso, aqui damos também com a série de tv, Austenland. Porém, pode parecer, mas não é nada do que você possa pensar na interligação dos dois (série e livro).

No enredo Jane Hayes possui exatamente 33 anos e está muito frustrada, ela não sabe escolher ou não têm sorte na escolha de um marido. Todos que ela se relacionou, nunca deram certos. Então vêm à pergunta: Como uma mulher inteligente, bem de vida, bela e carismática, pode nunca ter dado certo com ninguém? Acreditem o que quiser! Esse é o terrível mal da Jane.

Apaixonada pelo Mr. Darcy, interpretada pelo ator Colin Firth, iludida faz seu coração se despedaçar depois de muitas cenas. Ela desacredita mesmo em um relacionamento promissor.  Tudo se altera quando sua tia-avó, que ela nem conhecia deixa como herança uma viagem para Austenlândia , um local que as mulheres ficam meio que presas no século XIX e ali podem conhecer o seu amor (como os personagens criados pela Jane Austen). Entenderam toda ligação? Tcharammmm, daqui para frente será que Jane vai poder encontrar quem ela sempre sonhou?

Tudo pode parecer meio confuso, mas é muito bem amarrado. Os personagens se interagem com os atores, tomam chá e até participam de um baile. Legal, não? Desse ponto que pode não ter me chamado tanta atenção e ter caído à ficha de que todo o enredo é para um público feminino sem sombras de dúvidas. Como argumentei acima, a autora me surpreendeu pela sua capacidade de junção. Já no quesito: desenrolar da trama; senti-me perdido e sem rumos. Não pela escrita mas pelo estilo que o livro foi escrito para um público que almeja alcançar.

É engraçado, divertido toda a narração e passagens em terceira pessoa pela Jane.  A criação dos personagens dentro de Austen ficaram pelo menos para a minha compreensão coerentes. Confesso que me perdi em alguns momentos, eu acredito que seria necessário um entendimento mais detalhado sobre a autora. Porém, aos poucos fui me encontrando.

A capa da editora Record ficou muito chamativa pelo que se espera alcançar dentro da obra. A tradução ficou fiel e coerente. O que me ganhou foi à capacidade da autora em interligar dois lados o feminino e masculino, com os acontecimentos em Austenlândia.

Livro bastante indicado para o público feminino. Se você é curioso como eu, arrisque! Quem sabe você possa se amarrar pela leitura. Não é mesmo???

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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