Resenha: Aconteceu Naquele Verão – Doze histórias de amor – Stephanie Perkins
Nome do Livro: Aconteceu Naquele Verão – Doze histórias de amor
Nome Original: Summer Days and Summer Nights: Twelve Love Stories
Autor(a): Leigh Bardugo, Francesa Lia Block, Libba Bray, Cassandra Clare, Brandy Colbert, Tim Federle, Lev Grossman, Nina Lacour, Stephanie Perkins, Veronica Roth, Jon Skovron e Jennifer E. Smith
Tradução: Ana Rodrigues, Flora Pinheiro, Larissa Helena
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788551001158
Ano: 2017
Páginas: 384
Nota: 4/5
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Bem-vindos à estação mais ensolarada e apaixonante de todas! No verão, somos todos iguais, diz um dos personagens do conto “Mil maneiras de tudo isso dar errado”. No Brasil, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar do globo, uma coisa é certa: no verão, nossos corações ficam mais leves, mais corajosos, impetuosos e confiantes — talvez por isso esta seja a estação perfeita para se apaixonar… e Aconteceu naquele verão é o livro ideal para quem adora histórias de amor.Mas essa coletânea tem algo ainda mais especial. Algumas histórias têm uma pitada de estranheza, de mistério, um toque sobrenatural. Em “Cabeça, escamas, língua, calda”, a lagoa de uma cidadezinha é morada de um monstro marinho que só uma menina vê. No intrigante “Inércia”, dois grandes amigos há muito afastados vão se encontrar num quarto de hospital para uma última visita. No belo “O mapa das pequenas coisas perfeitas” é sempre dia 4 de agosto. Presos num loop temporal, dois jovens vão comprovar do que a força do amor é capaz.A lição é simples: o amor não escolhe lugar nem hora para surgir. Coloque seus óculos escuros e abra sua cadeira de praia, porque neste verão você terá doze motivos para suspirar e se apaixonar.
Eu sempre fui muito fã do verão! Quem me conhece sabe que não é muita novidade. Quando a editora Intrínseca apresentou que lançaria uma antologia composta por doze contos, confesso que na anterior lançada pela mesma autora anteriormente eu não botei muita vontade de ler. Contudo, esta me chamou uma grande atenção pelos casos mal resolvidos, não só envolvendo o verão, mas de romances não tão clichês, mas daqueles mal resolvidos, que deixam o coração partido mesmo. Coisas que em muitos livros não exprimem toda a verdade da realidade que passamos muitas vezes. Fora que para o leitor sonhador, os contos é um grande prato cheio.
Aconteceu Naquele Verão repassa muita sutileza e muito amor, leva e conforto para acompanhar suas histórias. Claro que em alguns momentos que iremos ver, alguns autores pecam deixando seus contos bobos e previsíveis, como o de Cassandra Clare. Não assustem, mas sim! Os contos foram escritos pelos autores: Leigh Bardugo, Francesa Lia Block, Libba Bray, Cassandra Clare, Brandy Colbert, Tim Federle, Lev Grossman, Nina Lacour, Stephanie Perkins, Veronica Roth, Jon Skovron e Jennifer E. Smith, diferente alguns da primeira versão de contos em “O presente do meu grande amor.”
A editora Intrínseca foi muito fiel e importante nas orelhas do livro indicar quem são os autores e seus contos. O trabalho gráfico foi digno e muito bem aproveitado, valorizando tudo. Perkins conseguiu muito bem deixar o seu resultado certeiro em mais uma coletânea de contos.
Os contos ainda não vão agradar todos os leitores, alguns vão se apegar com poucos, outros com muitos e outros ainda vão discutir muito se realmente aquele é seu autor preferido. As identificações de leitor e obra pelo que percebi serão e são muito heterogêneas. O que eu gostei diferentemente você gostará. O amor sim supera grandes obstáculos, faz nascer uma bela amizade, formas de como lutar, amadurecer e iluminar nossos caminhos.
Os contos inicia com Cabeças, escamas, língua, cauda, de Leigh Bardugo. Aqui o ponto central é Gracie, uma garota que acredita ter visto um monstro no lago Little Spindle. Até que conhece Eli, um garoto estranho que gosta de investigar casos assim. Ele só aparece algumas vezes e não se relaciona com outras pessoas. Ela mesmo apaixonando pelo garoto, passando outros verões somente não espera do que descobrirá posteriormente sobre a vida do menino. O conto mexeu comigo. A finalização mesmo previsível, mostra que o amor pode superar tudo. Eu gostei muito do conto, porque já passei momentos assim, não tão fictício porque real e não envolvia monstros, mas lembra algo sobrenatural.
O fim do amor, de Nina Lacour, a personagem é Flora. Por aqui a autora vai mexer com o homossexualismo feminino. Ela começa se conhecer lésbica e apaixonada por uma amiga do ensino médio. Seus pais divorciando, ela ver ruir tudo em sua frente e aprender a se aceitar. Até que pinta uma vontade de tatuar o braço com o mesmo nome do conto, contudo seus amigos vão mostrar que existe para tudo um novo inicio. Não gostei muito do conto e tive algumas dificuldades de se apegar aos personagens, a leitura não fluía.
O último suspiro do Cinemorte, de Libba Bray foi um dos contos que mais achei criativo e muito engraçado. Passando dentro de um cinema, que mostra filmes de terror e quase está prestes a fechar suas portas. Até que uma produção põe em risco os espectadores e todos começam a temer. E sem perder, o amor chega aos personagens, Kevin se declarando para Dani. Eitaaaa!!! Que conto que faz querer reler pelo jeito descontraído da autora.
Prazer doentio, de Francesca Lia Block não me conquistou! Não existe aqui personagens. Sim! Ops… Até existe, mas ela não coloca nomes, não os nomeia. A confusão aparece por chama-los pela inicial de seus nomes. Achei muito confuso e pouco sem nexo. O resumo deste conto é um grupo de amigos que ficam numa boate dançando, uma das personagens é interessada em um cara, acabando perdendo a virgindade com outro cara. Muito clichê e conhecido, não?
Em noventa minutos, temos Marigold, uma jovem que abandonou tudo e foi correr para seu sonho. Deixando seu namorado para trás. Até que Marigold decide seguir North, tentando salvá-lo da vida ruim que leva. Será ele o responsável por mudar ela? Não posso contar e sim deixar você leitor ler.
Lembranças, de Tim Federle, sua leitura irônica, chamou atenção pela história de Matt. Pensou quando ele e Kieth descobrem que o romance tem prazo de validade? É mais ou menos isso que o enredo vai nos mostrar. Porém, o que vale é o que o relacionamento pode deixar de bom para ambos.
Inércia, de Veronica Roth, trabalha aqui com a morte. Matt, sofreu um acidente de trânsito e precisa passar por uma cirurgia, o problema é que os médicos acreditam que ele não vai sobreviver. Assim, Claire ganha o direito de falar com ele. Isso porque eles já não trocavam mais nenhuma palavra e estavam longe um do outro. Somente no encontro o afastamento será resolvido e logo eles vão resolver tudo. Você leitor não vai se arrepender!
Amor é o último recurso, de Jon Skovron, me lembrou um romance de época, melhor uma peça. Os personagens aqui são Lena e Arlo, funcionários de um resort que de forma alguma acreditam no amor. Podem isso? Até que armam um plano para juntar alguns hóspedes do local. Porque sabem que um deles nunca tiveram coragem de se declarar.
Boa sorte e adeus, de Brandy Colbert, é de uma menina Rashida que perdeu a mãe e encontrou a prima como melhor amiga. Até que Audrey se muda da cidade com a namorada, Gillian e a menina não consegue seguir com tudo isso. Dai o conto vai abrindo o foco e outros personagens vão aparecendo.
Em Nova atração, de Cassandra Clare, foi um dos contos ruins. Pela autora eu não imaginei que ela conseguiria ambientar um parque de diversões com personagens, Lulu dentro do maior parque chamado: Parque de Terror, rodeado de magias, mistérios e alimentando outros seres que não gosto nem de comentar. Somente lendo vão entender porque nem vou passar detalhes.
Mil maneiras de tudo isso dar errado, de Jennifer E. Smith, mais um pequeno conto que gostei e pela autora me chamou atenção destaca o autismo. É compreensível a preocupação e cuidado da personagem Annie pelo bem estar de Noah . Uma história que chamou atenção!
O mapa das pequenas coisas perfeitas, de Lev Grossman, que vai abordar uma viagem temporal e o personagem aqui é Mark, preso em um loop do dia 4 de agosto. O garoto sempre acorda e faz tudo no mesmo dia. Até que um dia encontra Margaret na piscina. O pior, ele não sabe como encerrar a dobra temporal e como resolver o problema e juntos os amigos começam a registrar situações perfeitas para presenciar e registrar momentos que nós não damos em nossas vidas. O questionamento de lembrar-se do que acontece no redor do mundo, enquanto vivemos nossa vida isolada e acreditamos não nos atingir e nos pega muito. Devemos ser pontos de debate em nossas vidas e se toda ação não há uma reação, isso sim poderá gerar consequências.
Enfim, os contos vão conquistar uma camada grande de leitores, mas nunca vão se deparar com os mesmos que eu gostei. Cada pessoa irá expressar um “gostar” diferente. Dê uma oportunidade e leia toda coletânea!