Resenha: A Rainha Exilada, de Cinda Williams Chima

Título: A Rainha Exilada
Título Original: The Exiled Queen
Série: Os Sete Reinos – Livro 2
Tradutoras: Ana Resende e Regiane Winarski 
Autora: Cinda Williams Chima
Páginas: 456
Ano: 2014
Editora: Suma de Letras
Avaliação: 
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Assombrado pela perda de sua mãe e irmã, a jornada de Han Alister rumo ao sul começa com seus estudos na Academia Mystwerk em Vau de Oden. Mas partir de Fells não significa que o perigo ficou para trás. Han é caçado a cada passo do caminho pelos Bayar, uma poderosa família de magos decidida a reaver o amuleto que Han roubou deles. E a Academia Mystwerk apresenta seus próprios perigos. Lá, Han conhece Corvo, um mago misterioso que concorda em ser seu tutor nas artes negras da feitiçaria – mas a barganha que eles fazem pode levar Han a se arrepender. Ao mesmo tempo, a princesa Raisa ana’Marianna foge de um casamento forçado em Fells, acompanhada de seu amigo Amon e seus cadetes. Agora o lugar mais seguro para Raisa é a Academia Wein, a academia militar de Vau de Oden.

 

Leia também a resenha do primeiro volume da série, O Rei Demônio.

Quando terminei de ler O Rei Demônio e Han Alister se dirigia para a escola de magia Mystwerk pensei: É agora que eles vão pra Hogwarts! Me enganei um pouco quanto a isso, começando pelo tortuoso caminho para chegar à cidade de Vau de Oden enfrentado tanto por Han quanto por Raissa. O país de Alden está em guerra civil na luta pelo trono, portanto é um caminho perigoso aos estudantes que atravessam suas terras.

Tanto Han quanto Raissa ainda são procurados pelos Bayar, Han por ter roubado o amuleto do Rei Demônio, e Raissa por ter recusado o casamento proibido entre a linhagem real Lobo Gris e um mago, o que tem evitado desde a Cisão que o poder que existe nas terras do norte saia de controle a ameace a estabilidade dos Sete Reinos. Mas com tantas guerras e facções rivais se enfrentando constantemente essas tradições, que por tanto tempo tem mantido uma paz frágil, estão para ser rompidas pela ambição do Grão Mago.

Raissa fugiu de Fellsmarch junto com Amon e um pequeno contingente de cadetes para ir estudar secretamente na academia militar em Vau de Oden, onde ela também descobrirá mais sobre os laços mágicos que ligam sua família à de Amon. Raissa aos poucos sairá do papel de adolescente rebelde para se tornar aos poucos a mulher forte que já vislumbramos no primeiro volume da série, agora mais experiente pela difícil situação que está enfrentando.

Cat Tyburn, uma ex-amante de Han em Fellsmarch e uma das poucas sobreviventes do extermínio dos meninos de rua também encontra Han durante sua viagem para Vau de Oden e aparentemente terá papel decisivo nos próximos volumes.

Muitos detalhes sobre o sistema de magia e sobre os costumes dos Sete Reinos são desmistificados nesse volume, o que certamente dará o embasamento que o leitor precisará para acompanhar o tenso jogo político e militar que irá se desenvolver nos próximos volumes.

Principalmente pela visão pragmática de Han Alister (e sua inigualável experiência como bandido) vamos tateando pelas intenções e sugestões dos diversos personagens que querem manipular o futuro dos Sete Reinos para benefício próprio, usando as pessoas como meras ferramentas. Han certamente terá um papel decisivo nos inevitáveis confrontos que virão, e ainda terá que aprender a ter vantagem para não ser forçado a agir por uma facção ou outra.

A edição da Suma de Letras está excelente, como no primeiro volume. De tamanho confortável, com poucos erros de digitação, capa muito atraente (e adequada), cada volume é bem denso em eventos e dá muita vontade de ler o próximo.

Aos poucos a série Os Sete Reinos se distancia de Harry Potter, apesar de ainda ter semelhanças inevitáveis, espero que os próximos volumes sejam tão bons quanto este!