Resenha: A Rainha de Tearling – Erika Johansen
Nome do livro: A Rainha de Tearling
Nome Original: The Queen of the Tearling
Série: A Rainha de Tearling #1
Autor(a): Erika Johansen
Editora: Suma de Letras
ISBN: 9788556510280
Ano: 2017
Nota: 4/5
Quando a rainha Elyssa morre, a princesa Kelsea é levada para um esconderijo, onde é criada em uma cabana isolada, longe das confusões políticas e da história infeliz de Tearling, o reino que está destinada a governar. Dezenove anos depois, os membros remanescentes da Guarda da Rainha aparecem para levar a princesa de volta ao trono – mas o que Kelsea descobre ao chegar é que a fortaleza real está cercada de inimigos e nobres corruptos que adorariam vê-la morta. Mesmo sendo a rainha de direito e estando de posse da safira Tear – uma joia de imenso poder –, Kelsea nunca se sentiu mais insegura e despreparada para governar. Em seu desespero para conseguir justiça para um povo oprimido há décadas, ela desperta a fúria da Rainha Vermelha, uma poderosa feiticeira que comanda o reino vizinho, Mortmesne. Mas Kelsea é determinada e se torna cada dia mais experiente em navegar as políticas perigosas da corte. Sua jornada para salvar o reino e se tornar a rainha que deseja ser está apenas começando. Muitos mistérios, intrigas e batalhas virão antes que seu governo se torne uma lenda… ou uma tragédia.
Kelsea Glynn é orfã e foi criada afastada do reino devastado e miserável de Tearing. Reino ao qual nasceu para governar, mas ela só fica sabendo desse dever ao completar 19 anos quando é levada para o seu novo lar e logo percebe que não será muito fácil assumir o que é seu de direito, uma vez que o reino vive sob a ameaça da perigosa e mortal Rainha Vermelha, do reino vizinho de Mortmesne.
Após a morte de seus pais, seu tio Thomas se tornou regente, afinal Kelsea ainda era muito nova, mas devido ao comodismo e à ganancia, Thomas permitiu que Tearling ficasse à mercê de Mortmesne. Para ele o retorno de sua sobrinha ao reino estraga todo o conforto e luxo que já tinha se acostumado, enquanto o povo passa fome e sofre diariamente. Kelsea terá um longo caminho a percorrer para se ajustar a sua nova realidade e principalmente combater seus inimigos mortais.
Uma história repleta de traições, jogos políticos e vários desmembramentos políticos, econômicos e sociais que me fizeram entrar em um mundo novo, com elementos medievais e arcaicos, mas que me deixaram inúmeras sensações ao avançar na leitura.
Ainda não conhecia o trabalho da autora Erika Johansen e me surpreendi com a qualidade, logo nos primeiros capítulos percebemos que ela fez um grande planejamento territorial e geográfico, chegando a descrever os solos de cada região e fluxo dos rios. No primeiro momento isso pode parecer cansativo para algumas pessoas, mas entendi que a autora queria passar a ideia de estar dentro da história, conhecendo cada parte do reino e suas particularidade.
A história de Kelsea é o foco, narrada em terceira pessoa temos uma visão geral do que está acontecendo e a autora chama a atenção para os personagens principais. Sempre gosto de acompanhar o amadurecimento dos protagonistas e Kelsea se mostrou uma jovem forte e que vai fazer as coisas acontecerem, custe o que custar. O que achei mais interessante é que ela não é aquela personagem típica de livros de fantasias, pelo contrário, ela é caracterizada como uma pessoa de rosto comum, sem nada de atrativo além dos intensos olhos verdes. Creio que a autora quis dar ênfase ao poder feminino em outros campos, e não apenas ressaltar as qualidades em relação a beleza.
A obra é uma distopia jovem adulto que se passa em um futuro distante, apesar dos elementos medievais. A Rainha Tearling é um ótimo começo para quem curte uma fantasia com um fundo de intrigas politicas e protagonistas fortes e determinados.