Resenhas

Resenha: A Playlist de Hayden, por Michelle Falkoff

A_PLAYLIST_DE_HAYDEN_1425473034438962SK1425473034BNome do livro: A Playlist de Hayden
Nome Original: Playlist of The Death
Autor(a): Michelle Falkoff
Tradução: Amanda Orlando
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581637044
Página:  288
Ano: 2015
Onde Comprar: Compare Preços

Depois da morte de seu amigo, Sam parece um fantasma vagando pelos corredores da escola, o que não é muito diferente de antes. Ele sabe que tem que aceitar o que Hayden fez, mas se culpa pelo que aconteceu e não consegue mudar o que sente. Enquanto ouve música por música da lista deixada por Hayden, Sam tenta descobrir o que exatamente aconteceu naquela noite. E, quanto mais ele ouve e reflete sobre o passado, mais segredos descobre sobre seu amigo e sobre a vida que ele levava. A PLAYLIST DE HAYDEN é uma história inquietante sobre perda, raiva, superação e bullying. Acima de tudo, sobre encontrar esperança quando essa parte parece ser a mais difícil.

Se você curte um drama real e uma mistura gostosa de música, você está no livro correto. E quando ele começa de uma forma meio que trágica? Assusta, não? Em “A playlist de Hayden” o enredo gira em torno do suicídio de Hayden e como Sam, seu melhor amigo portou depois de encontrá-lo morto. Os motivos que levaram o garoto tomar a decisão e os conflitos que a mesma decisão mudou Sam. Foi um sentimento de culpa enorme o seu melhor amigo ter cometido suicídio. Quando dois amigos compartilham de tudo, preocupam um com o outro, quando não via erros nessa amizade ou pensamentos estranhos vindo do amigo para cometer tal ato, deixa Sam com uma culpa enorme por não ter impedido a morte.

Sam, agora sozinho sem seu melhor amigo, acaba tentado culpar todos que fizeram mal a Hayden de uma forma. As pessoas: pai, o irmão mais velho, o próprio Sam que brigou com ele no dia do suicídio, brigando por uma festa que saiu do controle. Tudo isso teve uma forte influência na decisão do garoto e Sam possui toda certeza em seus pensamentos. A grande missão é descobrir o que realmente aconteceu naquela festa. Fora a falta de toleração do bullying. Acusando os valentões pelos erros, acaba nutrindo que não foram eles os tais responsáveis e vai para o segundo mistério, descobre os responsáveis dos ataques.

Pelo problema, Sam não possuía outros amigos, ficando perdido sem rumo e sem ou quem poder desabafar. Agora mesmo tentando entender tudo, ele acaba ainda desvendando a playlist deixada pelo amigo, descobrindo coisa além do que achava conhecer antes dele morrer. Tudo isso é o pontapé de toda trama que Sam fica com todo o encargo em descobrir desvendando os mistérios e entender a morte.

A história de Hayden não é muito diferente do que muitos jovens adolescentes vêm vivendo atualmente. Durante a leitura ficava comparando com o nosso mundo atual e buscando entender. É muitos jovens entrando em depressão, drogas, e outros problemas que muitas vezes começam na própria família, para ser exato, em casa. E por incrível que parece é uma dor terrível por dentro que tentamos camuflar achando que tudo solucionará. Com Hayden foi diferente e ele não aguentou! Sam ficou sem chão, sem rumo. Nisso eu penso numa verdadeira amizade, que mesmo após a morte alcança novos rumos.

A narrativa é tentadora e ao mesmo tempo vaga. O leitor pode não compreender até onde a dor foi aprofundada e alcançada. Antes da evolução é como se ele sofresse, falasse mas baixo onde foge da compreensão. Foi o que eu senti com sua narrativa e meio que encabulado por não ver a clareza profunda escrita pela autora.

Aos poucos vamos entendendo os motivos, essa amizade e nutri um pouco de decepção pela falta de convencimento em diversos momentos que deveriam ter algo a mais.

A editora Novo Conceito trabalhou muito bem na capa e no marketing do livro logo quando ele foi lançado. A diagramação ficou centrada e de muito fácil entendimento. A tradução também ficou muito bem amarrada e sem erros visíveis.

A leitura compensa muito ser feita pela mensagem que acaba passando e que de certa forma muitos jovens caem por desistirem facilmente do que é viver. O mundo reserva tudo fácil, mas não faz o seu acolhimento como uma pessoa amiga faz. É muito difícil encontrar um amigo que supera tudo hoje em dia. Leiam!

 

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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