Resenha: A Menina que tinha Dons, por M.R. Carey
Nome do livro: A Menina que tinha Dons
Nome original: The girl with all the gifts
Autor(a): M.R. Carey
Tradução: Ryta Vinagre
ISBN: 9788568432020
Editora: Fábrica231 – selo Rocco
Páginas: 384
Ano: 2014
Nota: 3/5
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Cultuado autor de quadrinhos e roteiros da Marvel e da DC Comics, entre eles algumas das mais elogiadas histórias de X-Men e O Quarteto Fantástico, o britânico M. R. Carey apresenta uma trama original e emocionante em sua estreia como romancista com A menina que tinha dons, lançamento do selo Fábrica231. Aclamado pela crítica, o livro se tornou um bestseller imediato na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos ao contar a história de Melanie, uma menina superdotada que faz parte de um grupo de crianças portadoras de um vírus que se espalhou pela Terra e que são a única esperança de reverter os efeitos dessa terrível praga sobre a humanidade. Uma comovente história sobre amor, perda e companheirismo encenada num futuro distópico.
Esse livro foi um dos quais fiquei encabulado. Primeiro; pelo lado meio que diatópico se não me engano. Segundo; pela falta de aposta na trama e na personagem central. O que foi sanado depois das páginas rodeadas de detalhes que de certa forma prejudicou muito.
O terceiro ponto foi o autor. M.R. Carey é um dos qual escreve para a Marvel e DC.Ainda pela Vertigo, ter escrito momentos dos personagens criados por Neil Gaiman em Sandman e outros projetos. Deixando um final ainda bastante perturbador o meu cenário foi alterado ao longo da leitura. Melaine é uma criança de 10 anos de idade, vivendo em uma espécie de prisão militar. Sua rotina não é nada majestosa, pelo contrário é acordar, passar por procedimentos e ser presa em uma cadeira, tudo atado e transportada por uma sala de aula. Estranho, não? Eu também fiquei imaginando e logo desanimei.
Nenhuma pessoa toca nas crianças, retirando todo o contato físico que poderiam ter. Digo isso pelos guardas e professores. Mesmo o ensino sendo normal como qualquer criança, os mesmos sabem que possuem algo mais valioso fora do que ali repreendem eles.
Nossa protagonista sonha em um dia morar e viver fora daquela prisão, mesmo sabendo dos perigos que pode encontrar fora. Aqui que conhecemos os – Famintos -, seres que caçam e matam. Diferente das aulas de Mitologia Grega, o ritmo das prisões no final de semana são realmente outros. Presos em celas ouvindo músicas aos sábados,não podem conversar entre si. Não podem tocar e a comida cai na boca das crianças, o modo de banho também é muito estranho.
Tudo muda, quando duas das crianças são enviadas ao laboratório e nunca mais retornam. Mesmo Melaine, não querendo mudanças ela é enviada para o laboratório.
M.R. Carey altera com tamanha facilidade sua escrita. Quando a narração é com a garotinha tudo fica mais solto e com tamanho cuidado. Diferente quando sai dela para outros personagens. O livro no início é meio parado até conhecermos o ritmo da história. Os personagens secundários ficaram bem construídos, como a professora Justineau, o sargento Parks entre outros.
A edição da editora Rocco ficou bastante caprichada e bem revisada. Fiquei bastante feliz por isso! A tradução da tão conhecida Ryta, ficou muito coesa e com toda certeza deve ter ficado igual ao que esperava alcançar pela versão americana.
O final é angustiante e você precisa gostar muito de um livro de fantasia. Caso contrário, não indico! Corra para uma livraria mais próxima e dê seu comentário quanto a leitura de A Menina que tinha Dons.