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Resenha: A Irmandade Perdida, por Anne Fortier

A_IRMANDADE_PERDIDA__1440616151523637SK1440616151BNome do Livro: A Irmandade Perdida
Nome Original: Lost sisterhood
Autor(a): Anne Fortier
Tradução: Fernanda Abreu
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580414523
Ano: 2015
Páginas: 528
Classificação: class
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Diana Morgan é professora da renomada Universidade de Oxford. Especialista em mitologia grega, tem verdadeira obsessão pelo assunto desde a infância, quando sua excêntrica avó alegou ser uma amazona – e desapareceu sem deixar vestígios.No mundo acadêmico, a fixação de Diana pelas amazonas é motivo de piada, porém ela acaba recebendo uma oferta irrecusável de uma misteriosa instituição. Financiada pela Fundação Skolsky, a pesquisadora viaja para o norte da África, onde conhece Nick Barrán, um homem enigmático que a guia até um templo recém-encontrado, encoberto há 3 mil anos pela areia do deserto.Com a ajuda de um caderno deixado pela avó, Diana começa a decifrar as estranhas inscrições registradas no templo e logo encontra o nome de Mirina, a primeira rainha amazona. Na Idade do Bronze, ela atravessou o Mediterrâneo em uma tentativa heroica de libertar suas irmãs, sequestradas por piratas gregos.Seguindo os rastros dessas guerreiras, Diana e Nick se lançam em uma jornada em busca da verdade por trás do mito – algo capaz de mudar suas vidas, mas também de despertar a ganância de colecionadores de arte dispostos a tudo para pôr as mãos no lendário Tesouro das Amazonas. Entrelaçando passado e presente e percorrendo Inglaterra, Argélia, Grécia e as ruínas de Troia, A irmandade perdida é uma aventura apaixonante sobre duas mulheres separadas por milênios, mas com uma luta em comum: manter vivas as amazonas e preservar seu legado para a humanidade.

Tomei interesse desse livro, pela sinopse que me chamou atenção. Não imaginava até onde chegaria e confesso que me surpreendi com a construção dos personagens.

Diana Morgan é professora de uma renomada Universidade, precisamente em Oxford. A personagem possui uma ligação profunda com amazonas, uma vez que trabalha como especialista em mitologia grega. Atacada sempre pelos estudos sobre a sociedade amazona e sua cultura que fica sempre presa em estudos, continua pesquisando os motivos do desaparecimento de sua avó , após assumir ser membro de uma comunidade matriarcal no norte da África. Interessante, não? A adrenalina não para por aqui!

Andando em rotina pela Universidade, Diana é abordada por um representante da Fundação Skolsky, que solicita sua presença em um estudo sobre amazonas no continente africano, que pode comprovar as suas teses de longos estudos. Pelo impulso dos resultados acaba não ouvindo seu paquera James Moselane, e segue rumo ao local desconhecido, munida de um caderno herdado de sua avó, que é nada mais do que um legítimo dicionário de linguagem universal e idioma antigo das guerreiras.

A vivência de Diana em Oxford não é lá grandes coisas, por conviver com excesso de pessoas invejosas que estão querendo a todo custo roubar suas ideias acabando ser de longe o que ela sonhava para si mesma. E uau! As descrições são tão perfeitas que não parei de perder a vontade em continuar acompanhando esse mistério e a ânsia em descobrir onde tudo iria alcançar. Senti-me tão livre lendo, parecendo que estivesse ao lado da autora. Livros assim que nos motivam a não desistir.

Já na África somos apresentados para novos personagens, como: Nick Bárran,um sujeito misterioso que esconde segredos se é uma espécie de vilão ou aquele mocinho. Ele esconde uma carta na manga sendo um grande enigma para a personagem e até nós que nutrimos ânsia de onde o personagem pode chegar.

Rebecca é uma personagem meio nerd, fofa apoiando ideias de sua amiga, ajudando desvendar mistérios entre as amazonas. Ao lado da boa forma existem aqueles vilões que os pesquisadores terão de desviar de emboscadas que não é revelado. Aparecendo mais um grande mistério. A infância de Diana foi sempre do lado da avó e o passado dessa sociedade de amazonas. Não se deixe levar pela capa meio feminista, o resultado é surpreendente.

Em contrapartida temos a sociedade do Bronze, mostrando a vida no deserto, povoados e seus costumes. Aqui, por um imprevisto ocorrido conhecemos Lilli e Mirina, quando Lilli fica cega, ela deve socorrer à Deusa da Lua. Quando chega ao local, acabam conhecendo outra sociedade matriarcal bem no deserto. Até que um navio pirata saqueia o forte de suas irmãs levando pertences. Mirina busca acaba sendo levada por diversos lugares, como Páris, que é o príncipe de Troia. E a sua busca pela epopeica, deixando claro e verossímil um poder feminino.

Anne Fortier oferece uma narrativa bem adulta, rica e uma alternância envolvendo uma mitologia com base a ficção. Capítulos em primeira pessoa deixando seus finais sempre intrigantes, ao lado de sua ambientação que deixa qualquer um sem fôlego. Fora ainda que a autora divide entre a sua infância e o passado, criação da sociedade amazona. Deixando tudo bem explicadinho e encaixado.

A edição da editora Arqueiro ficou muito bem construída e chamativa. Meu interesse maior foi em saber mais sobre as amazonas. A escrita ao meu ver ficou muito bem construída e adulta deixando o leitor com olhos aguçados com sua ambientação. A tradução também ficou perfeita, não observei erros que impossibilitem a compreensão.

Leitura bastante indicada para ambos os sexos, feminino e masculino.

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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