Resenha: A Festa de Casamento – Patrícia Scanlan
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Nada como um lindo casamento… Para começar a Terceira Guerra Mundial! Pois é isso que acontecerá se Connie Adams, a mãe da noiva, não conseguir apaziguar as coisas entre Debbie e o pai. O ex-marido de Connie insiste em levar sua nova esposa e sua insuportável filha adolescente no grande dia, mas Debbie prefere se casar em um boteco do que tê-los na sua festa. Ainda por cima, a já estressada noiva precisa lidar com seu chefe abusivo e com a suspeita de que talvez seu noivo esteja tendo dúvidas sobre a escolha que fez. Fica a dúvida: poderá esta família viver feliz ou todos se encaminham para um divórcio tenebroso?
O que se espera de um livro com esse título? A história de uma festa de casamento! Essa é realmente a premissa inicial do livro no qual conhecemos Debby Adams, uma jovem que está prestes a se casar com Bryan Kinsella, os dois são muito apaixonados e tem o sonho de construir uma família que seja muito diferente da que Debby teve.
Filha de pais separados Debby viveu com sua mãe Connie, uma enfermeira, agora de meia-idade, que sempre batalhou para que as duas tivessem uma vida digna sem dependente financeiramente de Barry, seu pai que constituiu nova família com Aimeé, uma moça mais jovem do que ele, empresária do ramo de bufê com quem teve uma filha, Melissa que sempre teve tudo o que Debby não teve o carinho e atenção do pai. Ufa! Deu pra entender?
As relações de Barry e Debby são praticamente inexistentes e mesmo com a exigência do pai de bancar parte de sua festa de casamento, Debby não aceita a presença e de sua família na festa nem tão pouco que o pai a acompanhe ao altar. Conni, que não guarda rancor de seu ex-marido tenta convencer a filha de que a presença do pai é importante neste momento da vida de qualquer pessoa, mas a jovem teimosa e ressentida não recua. Tudo o que é trazido pela autora Patrícia Scanlan é relacionado à família da noiva, seus conflitos com seus pais, com seu noivo, com a sua chefa, e muito pouco é dito sobre a festa de casamento e a própria só chega aos capítulos finais do livro. Eu me perguntava que horas eles iam escolher as flores, ou a música. rsrsrs
Toda essa história é narrada em terceira pessoa e assim podemos perceber o ponto de vista de todos os personagens, o que torna a história bem estranha. São muitas divagações e assuntos desnecessários que são contados por cada personagem. Existe uma personagem em especial que a princípio me pareceu um peixe fora d’água, e que com o decorrer do livro trouxe, talvez a história mais interessante contada neste livro.
Judith Baxter, a chefe chata de Debby, é uma mulher na casa dos 40 anos, que nunca casou e que depois da morte do seu pai é praticamente obrigada a cuidar da mãe, pois seus dois irmãos têm suas próprias vidas, carreiras e família para cuidar enquanto ela não. É um personagem muito humano e que com uma história bem próxima da realidade. Porém, a história dela é como se não coubesse nesse livro, completamente fora do contexto e sem sentido de ter tanto espaço, uma vez que não interfere efetivamente em momento algum na história principal do livro, nem direta nem indiretamente pra ser bem sincera.
“- Debbie você não pode fugir das coisas de sua vida o tempo todo. Porque as coisas das quais você foge podem pegá-la mais para frente – Connie aconselhou percebendo que a conversa não levaria lugar nenhum.” p. 84
A narrativa é confusa, os personagens bem humanos, porém são rasos e tudo que eles fazem não passa de uma grande birra. Confesso que esperava muito mais e achei que faltou para a autora, um pouco de auxílio quanto ao encaminhamento da história, isso fica bem claro! Inclusive, nos agradecimentos ela se refere a pessoas que “acertaram o texto da melhor forma possível”, como assim? Encontrei também alguns erros na diagramação, mas nada que comprometa o entendimento. Não é o primeiro livro da Patrícia Scanlan e aqui no Brasil já existe outra publicação dela,como o livro: Casamento Duplo. A festa de Casamento tem continuação e eu, sinceramente, não vou querer saber como isso termina.
A história não ficou acabada, no sentido de que algumas coisas poderiam ter sido ditas e esclarecidas ainda neste livro, sem necessidade de levar para o próximo, talvez essas “revelações”, até por que não é nada que o leitor não já imagine, deixassem o leitor com vontade de ler as cenas dos próximos capítulos. Tudo o que foi concluído, e não foi demais, foi muito previsível, sem grandes surpresas e nada que me fizesse querer continuar a leitura vorazmente a não ser a vontade de terminar logo o livro.
Não posso dizer que foi uma leitura agradável e não posso recomendar uma que vez que eu não gostei da experiência.
Oi Renata!
A única coisa que me atraia neste livro era a capa, li a sinopse uma vez e achei meio superficial, não me atraiu, com a resenha tive certeza da primeira impressão quer tive.
Eita, muito estranho esse “acertaram o texto”. Imagine se não tivesse acertado a situação rs
Beijos
Lis – Batalha Literária
Nem fale nesse comentário, quando terminei de ler o livro que fui ler os agradecimentos entendi tudo! rsrs Beijos Lis!
já me indicaram esse livro, com toda certeza vou procurar ler
Gostei muito do livro, fiquei curiosa para lê-lo