Resenha: A Coroa Escarlate, de Cinda Williams Chima

Título: A Coroa Escarlate
Título Original: The Crimson Crown
Série: Os Sete Reinos – Livro 4
Tradutoras: Regiane Winarski 
Autora: Cinda Williams Chima
Páginas: 456
Ano: 2016
Editora: Suma de Letras
Avaliação: 
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Há mil anos, dois jovens amantes foram traídos – Alger Waterlow foi condenado à morte e Hanalea, rainha de Fells, a uma vida sem amor.
Agora, mais uma vez, o reino de Fells está à beira de se desintegrar. Para a jovem rainha Raisa ana’Marianna, manter a paz é quase impossível. A tensão entre os magos e os clãs atingiu o limite. Os reinos vizinhos veem Fells como uma presa fácil, e a maior esperança de Raisa é unir seu povo contra um inimigo em comum – mas esse inimigo talvez seja o homem por quem está apaixonada.
Emaranhado em uma complexa rede de mentiras e tênues alianças, o antigo dono de rua Han Alister agora é parte do Conselho dos Magos. Navegar pela mortal política dos sangues azuis nunca foi tão perigoso – e Han parece fazer inimigos por todos os lados. Sua única aliada é a rainha, e, apesar dos riscos, é impossível ignorar o que sente por ela.
Então Han descobre um segredo guardado há séculos, algo poderoso o bastante para unir o povo de Fells. Mas será que ele sobreviverá por tempo suficiente para salvar o reino?
Uma verdade mascarada há mil anos por uma terrível mentira vem à tona nesta emocionante conclusão da épica série de fantasia Os Sete Reinos.

 

Este livro encerra a série Os Sete Reinos, confira as outras resenhas: O Rei Demônio, A Rainha Exilada e O Trono Lobo Gris.

Hoje fazem exatamente dois anos que publiquei a resenha de O Rei Demônio (podem conferir pelo link, ela foi publicada em 03/08/2014), terminei de ler o livro ontem a noite e só ao buscar os links para colocar no post que percebi a coincidência. Em retrospectiva a série é bastante surpreendente, segue por caminhos tortuosos e o final não é necessariamente uma surpresa, mas tantas reviravoltas para chegar lá conseguem despistar o leitor.

Han entra para o Conselho de magos representando Raissa e tem que conciliar os objetivos dos diversos grupos que o apoiam com suas ambições pessoais e com as maquinações dos outros membros do Conselho.

Para Raissa a situação é ainda mais difícil. Seu reino está mais dividido do que nunca, as tensões entre os clãs e os magos escalam para a violência e mortes, o exército continua contaminado com mercenários estrangeiros e os ardeninos se aproximam das fronteiras. Se não conseguir unir o povo para a guerra Raissa poderá ser a última rainha de Fells.

O mais interessante deste volume são as revelações do que causou a Cisão mil anos atrás, o evento cataclísmico que deu origem à Naéming para proteger o reino, limitando o poder de magos e os separando ainda mais dos clãs, mas que também é a origem de muitos problemas que simplesmente não tem solução. Até então era conhecido que a Cisão havia ocorrido quando O Rei Demônio (Alger Waterlow) sequestrou a Rainha Hanalea e a manteve cativa. A magia liberada durante a guerra para libertá-la matou milhares de pessoas. Canções são cantadas sobre isso, é a história como todo o reino a conhece, mas Han encontrará uma chave essencial para descobrir o que realmente ocorreu e quando descobri vi que estava fora de todas as minhas previsões.

A edição da Suma de Letras é semelhante aos outros volumes da série, os quatro livros lado a lado tem a mesma formatação e este volume também não tem erros de revisão, toda a equipe está de parabéns pela conclusão de mais uma série.

Por algum tempo fiquei me perguntando porque o livro que se chama O Trono de Lobo Gris tem uma coroa na capa, enquanto que A Coroa Escarlate tem um medalhão. Ainda não sei, talvez não seja relevante. A Suma utilizou as imagens da edição americana, suponho que a capa tenha sido decidida antes da autora ter concluído a série.

Recomendo a série para quem quer uma versão mais jovem e romântica de livros de fantasia, o texto é bem mais leve do que outros livros do gênero e o final é muito satisfatório. Relendo minhas teorias sobre o final da série quando escrevi a resenha para “O Trono de Lobo Gris” vejo que acertei mais ou menos metade das minhas previsões, então o livro está longe de ser completamente previsível.