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Resenha: 3096 Dias

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Nome do Livro: 3096 dias

Nome Original: 3096 Tage

Tradução: Ana Resende

Autor (a): Natascha Kampusch

ISBN: 978.85.7696.107.2

Editora: VERSUS

Páginas: 223

Ano: 2013

Nota: 4/5

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Oi leitores e leitoras…

 

No livro “3096 dias Natascha Kampusch”, Natascha conta a história real do seu sequestro, começando pela sua infância e indo até a sua fuga do cativeiro que ocorreu em 2006.

Natascha foi sequestrada quando estava indo sozinha para a escola pela primeira vez aos 10 anos. Nessa época estavam acontecendo muitos sequestros e assassinatos de crianças na região da Alemanha, mas todas seguiam um único padrão, onde as crianças eram loiras e delicadas, o que a tranquilizava, pois ela era bem diferente, era loira, mas gordinha e baixinha.

Ela sempre teve muitos problemas familiares e no dia do seu sequestro estava muito chateada com sua mãe e saiu de casa sem dar um beijo nela. Isso a atormentou muito durante o inicio do seu sequestro, pois acreditava que tudo não passava de um castigo pela sua desobediência.

 

“Nunca vá embora com raiva. Nunca se sabe se vamos nos ver de novo” p.34

 

Quando estava indo para escola, Natascha foi pega por uma pessoa que só depois de muito tempo, já no cativeiro, veio descobrir que se chamava Wolfgang Priklopil e era um engenheiro de telecomunicações aposentado.

Ela foi colocada dentro de uma van branca e levada para um porão onde viveu presa durante seus próximos 8 anos.

 

O sequestro da Natascha foi considerado um dos mais longos da história que se tem notícia. Ele teve uma repercussão muito grande, principalmente após sua fuga, pois se a policia não tivesse cometido tantos erros durante as investigações, ela poderia ter sido resgatada do cativeiro quando tinha se passado 6 meses do ocorrido.

O livro foi escrito pela própria Natascha com o apoio de duas outras escritoras, pois ela queria passar de uma maneira verdadeira tudo aquilo que sofreu durante o deu cativeiro.

Algumas pessoas consideram o livro uma biografia, mas eu não consegui enxergá-lo nessa categoria. Acredito que isso ocorreu pela maneira que a história foi contada pela própria Natascha.

Toda a história é apresentada de uma maneira bem clara, como se fosse algo contado por uma terceira pessoa.  Se o leitor não souber que o sequestro foi real, ele pode acreditar que é uma ficção. O livro é narrado por períodos, no inicio se passa a infância e depois os vários estágios que foram vividos dentro do cativeiro, sendo que em algumas partes Natascha criou um paralelo entre o que acontecia durante as buscas na sua cidade e dentro do cativeiro.

Como ela foi sequestrada aos 10 anos de idade, são muito fortes as narrativas iniciais dentro do cativeiro, pois nos mostra as maneiras que a Natascha foi criando para sobreviver durantes o período, se mantendo sã e viva.

Os primeiros capítulos, onde é explicado um pouco da infância dela é bem lenta, mas acaba sendo muito importante para a compreensão de alguns pensamentos que apareceram no cativeiro.

Os conflitos psicológicos e as descrições do que o sequestrador fazia com a Natascha, nos faz pensar muito em como ela conseguiu se manter durante os anos, sempre tentando sobreviver dentro do cativeiro.

Com relação ao livro, tudo ficou quase perfeito. A capa consegue ser fiel ao livro, pois a imagem “caiu como uma luva” ao enredo; as páginas amareladas fazem com que a leitura não seja cansativa; o espaçamento foi ideal; mas em algumas partes do livro a letra ficou muito pequena e isso prejudicava um pouco a leitura.

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A história desse livro virou um filme que vai ser lançado em DVD no Brasil agora em Maio e vários documentários. 

Eu assisti ao filme e uma coisa chamou muito minha atenção, mesmo com baixo orçamento o filme foi muito fiel ao livro e a história da Natascha.

Mais informações sobre o filme é só clicar na imagem

 

 

 

 

 

Recomendo a leitura e se estiverem preparados assistam ao filme.

 

Renata Avila

Renata Ávila, formada em direito, é apaixonada por livros de diversos temas, sem nunca esquecer dos romances que são os mais desejados. Adora um bom filme e uma boa musica. Gosta de conversar sobre livros, mas surta se falarem mal de Twilight, por ser sua primeira paixão literária e a série que a transformou em uma leitora voraz.

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