Os Fabelmans | Crítica
Por Doug Araújo
A nova produção do premiado diretor Steven Spielberg é uma carta de amor ao cinema com traços biográficos. Primeiramente, Sam Fabelman (Gabriel LaBelle) vai ao cinema acompanhado dos pais Mitzi (Michelle Williams) e Burt Fabelman (Paul Dano) para assistir “O Maior Espetáculo da Terra“, clássico de Cecil B. DeMille, de 1952. Daí em diante a vida do pequeno Sammy muda para sempre, sobretudo porque nasce ali o amor pelo cinema. Assim, o longa tem cerca de três horas de uma declaração de amor à sétima arte.
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Frequentemente a família Fabelman, quevai crescendo com o passar do tempo, realiza diversas mudanças de Nova Jersey, primeiramente para o Arizona e posteriormente a Califórnia, para acompanhar o pai em seu trabalho. Dessa maneira, é constante na vida do jovem Sam e de sua família lidar com o preconceito por sua origem judia. Nesse ínterim, Sam realiza diversos filmes caseiros onde deixa a sua criatividade correr solta, passeando assim por diversos gêneros cinematográficos.
Tudo em “Os Fabelmans” foi criado criado para trazer emoções fáceis como um bom filme de coming-of-age deve ser.
Mário Vergara
Come of age pode significar “atingir um nível avançado de desenvolvimento e passar a ser aceito por muitas pessoas” — tratando-se de uma ideia, prática ou instituição. Geralmente dizemos “atingir a maturidade”, “estabelecer-se” ou simplesmente “passar a ser mais aceito(a)”, nesse sentido.
Ao contrário de “Licorice Pizza” (2021), de Paul Thomas Anderson, “Os Fabelmans” não tem medo algum de ser assumidamente piegas e extremamente sentimental tratando dramas familiares de forma melodramática. Destaco só para exemplificar a atuação de Michelle Williams, pois por se tratar da visão do jovem Sam – que cerca a ideia de como é a mãe de fantasia – a transformando em diversos momentos ou em uma matrona ou em uma mocinha de um drama melodramático.
Ficha Técnica
Os Fabelmans (The Fabelmans)
Direção e roteiro: Steven Spielberg
Cinematografia: Janusz Kaminski
Elenco: Paul Dano, Michelle Williams, David Lynch, Gabriel Labelle, Seth Rogen. Roteiro: Steven Spielberg e Tony Kushiner
