Crítica “Oito Mulheres e um Segredo”
Oito Mulheres e Um Segredo (Ocean’s 8, 2018)
Diretor: Gary Ross
Roteiro: Gary Ross e Olivia Milch
Elenco: Sandra Bullock, Cate Blanchett, Anne Hathaway, Kaling Mindy, Sarah Paulson, Awkwafina, Richard Armitage, James Corden, Rihanna, Helena Bonham Carter, Elliott Gould, Richard Armitage
Diretor de Fotografia: Eigil Bryld
Montagem: Juliette Welfling
Oito Mulheres e um Segredo, spin-off da trilogia Onze Homens e Um Segredo é um filme suficientemente divertido que se sustenta no desenrolar do roubo inédito no prestigiado Met Gala. Talvez a falta de flashbacks e um vilão formidável possam atrapalhar o desempenho dessa comedia com o expectador.
Debbie Ocean (Sandra Bullock) tem planejado o assalto ao Met Gala por cinco anos. O alvo é o Toussaint, colar de diamantes avaliados em 150 milhões de dólares que será usado no pescoço da atriz Daphne Kluger (Anne Hathaway). Ocean sabe que a tarefa não será fácil e pela sua matemática serão necessárias sete mulheres para a realização do roubo. Contando com a ajuda de sua parceira Lou Miller (Cate Blanchett) Debbie monta uma equipe composta por Amita (Mindy Kaling), Constance (Awkwafina), Tammy (Sarah Paulson), Nine Ball (Rihanna) e Rose Weil (Helena Bonham Carter). A oitava integrante se juntará ao grupo de uma forma inesperada.
Debbie Ocean é irmã de Danny Ocean (George Clooney), e no filme o único elo entre os dois é Reuben Tishkoff, interpretado pelo ator Elliott Gould, que reprisa seu papel da trilogia Onze Homens. A participação de Danny no spin-off é pequena se limitando ao seu relógio ou sua cripta. Sim, sua cripta, mas se eles está lá ou não é outra questão. Danny pode ter ido embora, mas ele certamente não é esquecido pela parte feminina da série. A relação de Debbie e Danny é pouco explorada. Não que isso prejudique a trama, mas um flashback sobre os dois poderia tornara a narrativa mais interessante.
Já o passado das amigas e comparsas Debbie e Lou nos é apresentado rápido demais, tornando o elo entre elas superficial e mal explorado. Outro ponto negativo do filme é ausência de um vilão formidável como Terry Benedict
(Andy Garcia) na trilogia original. Um possível vilão para trama, seria o ex-namorado de Debbie interpretado por Richard Armitage. Ele é um almofadinha vaidoso que foi facilmente descartado no desenvovimento do filme e nunca se tornou uma ameaça real.
O diretor de “Oito Mulheres e um Segredo” é o talentoso veterano Gary Ross (Quero ser Grande, Os Jogos Vorazes, Seabiscuit), que co-escreveu o roteiro com Olivia Milch. Aqui, apresentaram um trabalho solido competente e de muito entretenimento. O destaque da obra vai todo para o elenco, espetacularmente talentoso e amável. Suas personagens são complexas, talvez até mais do que os rapazes da trilogia anterior. O poder de fogo e carisma delas são inegáveis bem com a identificação do público e a torcida para que seu crime perfeito seja bem executado.
O filme Oito Mulheres e um Segredo oferece entretenimento suficiente para manter os espectadores intrigados e desejosos por uma continuação.
Nota 4,5/5