Na Mira dos Lançamentos: Editora Objetiva (Junho/2015)
Confira os lançamentos da Editora Objetiva para o mês de Junho
Mortais — Nós, a medicina e o que realmente importa no final por Atul Gawande
A corajosa narrativa de um médico que reconhece os limites da ciência e sabe de que modo ela pode nos proporcionar não apenas uma boa vida, mas também um bom fim.
A medicina triunfou, transformou os perigos do parto, dos ferimentos e das doenças, antes atormentadores, em algo controlável. No entanto, no que diz respeito às inescapáveis realidades do envelhecimento e da morte, o que ela faz muitas vezes se contrapõe ao que deveria fazer.
Quando falam sobre a perspectiva da morte, médicos recorrem a falsas esperanças e a tratamentos que encurtam a vida em vez de trazer conforto. Por meio de uma pesquisa reveladora e de histórias comoventes tanto de pacientes quanto da própria família, Gawande revela suas limitações. De maneira provocadora e honesta, Mortaisreflete sobre o caminho que devemos percorrer para lidar sabiamente com a nossa própria finitude.
Sócrates por Tom Cardoso
Ídolo do Corinthians, capitão da mítica Seleção da Copa de 82, Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira deixou sua marca também fora dos gramados.
O futebol era pequeno demais para a grandeza de suas ideias, e ele se engajou intensamente na vida pública do país. Idealista e rebelde, o meio-campista genial que desafiava as autoridades e incomodava os cartolas carregava no nome a paixão pelo Brasil, que se viu refletida na participação ativa na campanha das Diretas Já. Formado em Medicina, foi, ao lado de nomes como Wladimir e Casagrande, um dos líderes da Democracia Corintiana, movimento com repercussões políticas, esportivas, sociais e culturais.
O mais velho dos seis filhos de seu Raimundo, um vendedor de rapadura apaixonado por filosofia grega, Sócrates queria mexer com as estruturas do país. Em campo, o ritmo de jogo cadenciado, a calma, a elegância e o temperamento frio atraíam admiradores e críticos. Fora dos gramados, a coerência, a postura contestadora, a transparência e as posições firmes igualmente conquistavam entusiastas e desafetos.
Revelado no Botafogo de Ribeirão Preto, consagrou-se no Corinthians, por onde foi bicampeão paulista em 1982 e 1983. Formou com Palhinha, primeiro, e Casagrande, mais tarde, parcerias inesquecíveis. Avesso às convenções, viveu uma vida de excessos, coerente com a maneira como gostaria de ser lembrado: “Se tivesse me dedicado mais, não seria uma pessoa tão completa como sou agora.”
Pelas trilhas de Compostela por Jean-Christophe Rufin
“Quando parti para Santiago, não buscava nada, e o encontrei.” — Jean-Christophe Rufin
Santiago de Compostela é sem dúvida um dos destinos de peregrinação mais populares dos nossos tempos, com cerca de 200 mil visitantes por ano. Jean-Christophe Rufin, renomado escritor, acadêmico e diplomata, relata sua jornada de 800 quilômetros pelo Caminho do Norte, muito menos movimentado do que a usual rota dos peregrinos, até Santiago de Compostela.
Ao longo do caminho, a experiência física torna-se uma reflexão em busca de si mesmo. O autor, um peregrino incomum, se torna um observador lúcido que descreve com um senso de humor único sua jornada pelas costas do País Basco e da Cantábria e através das montanhas das Astúrias e da Galícia.
Pelas trilhas de Compostela apresenta histórias engraçadas, personagens inusitados e um delicioso exercício de autocrítica para aqueles que partem sem um objetivo específico, mas que acabam encontrando uma inesperada motivação para continuar a jornada. Um dos grandes relatos de viagem dos nossos tempos.
Como lidar com a adversidade — Coleção The School of Life por Christopher Hamilton
“Estes novos livros da série The School of Life abordam algumas das maiores preocupações de nossas vidas de uma maneira genuinamente informativa e acolhedora. Eles provam que a ideia de ‘autoajuda’ não precisa ser superficial ou ingênua.” Alain de Botton
O que podemos encontrar de positivo na adversidade?
Todos nós enfrentamos algum tipo de perda, decepção ou fracasso, mesmo que estejamos sempre cercados por riqueza e amigos. A reação mais comum a essas situações é segurar as pontas da melhor forma possível — alguns melhor do que outros — e seguir em frente.
Christopher Hamilton sugere uma abordagem diferente. Com foco na família, no amor, na doença e na morte, ele explora maneiras construtivas de encarar a adversidade; uma forma de aprender com a dificuldade do momento.
Através de exemplos da História, da literatura e da ciência, Hamilton nos mostra maneiras de reconhecer a adversidade como uma preciosa fonte de aprendizado que vai definindo nossa existência.
Como ficar sozinho — Coleção The School of Life por Sara Maitland
“Estes novos livros da série The School of Life abordam algumas das maiores preocupações de nossas vidas de uma maneira genuinamente informativa e acolhedora. Eles provam que a ideia de ‘autoajuda’ não precisa ser superficial ou ingênua.” Alain de Botton
Você quer ficar sozinho?
Nossa sociedade de ritmo acelerado não aprova a solidão. Estar sozinho é muitas vezes, algo incompreendido. Por que isso acontece em um momento em que autonomia, liberdade pessoal e individualismo são mais valorizados do que nunca?
Sara Maitland responde a essa pergunta explorando algumas mudanças de atitude ao longo da história. Apresentando experiências e estratégias para dissipar o medo da solidão, ela nos ajuda a praticá-la sem ansiedade e nos encoraja a enxergar os benefícios de passarmos algum tempo apenas com nós mesmos.
Ao nos permitirmos a experiência de estar sozinho, conseguimos ter inspiração para encontrar nossas próprias recompensas e finalmente levar uma vida mais enriquecedora e gratificante.
A inovação destruidora — Ensaio sobre a lógica das sociedades modernas por Luc Ferry
Um livro polêmico sobre o poder da inovação escrito por um dos principais nomes do humanismo secular
Ao inventar a prensa móvel, Gutenberg provocou a criação de milhares de empregos ligados a essa tecnologia. No entanto, acabou destruindo a atividade dos copistas. Assim é a inovação: motor do crescimento, transforma o antigo em obsoleto — ou em peça de museu. Para Luc Ferry, no entanto, essa lógica é um paradoxo. Formidável e destruidora, vital e angustiante, ela ao mesmo tempo estimula e paralisa.
Com seu estilo polêmico, o autor disserta sobre o conceito de “destruição criadora” — que ele prefere chamar de “inovação destruidora” — nos âmbitos da política, da economia e das artes.
O homem que não conseguia parar — TOC e a história real de uma vida perdida em pensamentos por Dr. David Adam
Um olhar íntimo sobre a força dos pensamentos invasivos e sobre como nosso cérebro pode se voltar contra nós
David Adam foi vítima do transtorno obsessivo-compulsivo durante vinte anos e, como a maioria das pessoas que sofrem desse mal, levou muito tempo para assumir que precisava de tratamento. Com base em pesquisas e relatos surpreendentes, o autor questiona ideias preconcebidas sobre normalidade e doença mental para tentar compreender o TOC e suas manifestações.
O que leva uma jovem etíope a comer a parede da própria casa? Ou dois irmãos a morrerem soterrados por objetos e lixo acumulados por anos? Em que momento uma ideia inofensiva se transforma numa torrente de pensamentos indesejados?
Escrito com clareza, humor e lirismo, este livro é a história de um pesadelo pessoal e uma incursão pelos recantos mais obscuros da mente.
O que leva uma jovem etíope a comer a parede da própria casa? Ou dois irmãos a morrerem soterrados por objetos e lixo acumulados por anos? Em que momento uma ideia inofensiva se transforma numa torrente de pensamentos indesejados?
Escrito com clareza, humor e lirismo, O homem que não conseguia parar é a história de um pesadelo pessoal e uma incursão pelos recantos mais obscuros da mente.