Lançamentos

Na mira dos lançamentos: Companhia das Letras (abril/2015)

Olá, leitor!

Confira os lançamentos do mês da editora Companhia das Letras:

13745_gA FALTA QUE AMA, de Carlos Drummond de Andrade

Publicado em 1968, A falta que amaaprofunda questões que sempre marcaram a obra poética de Carlos Drummond de Andrade: afetos, memória e observações sobre a realidade brasileira.
“Eternidade:/ os morituros te saúdam.”, escreve o mineiro em “Discurso”, poema que abre o volume. A um só tempo desencantada e sardônica, essa abordagem da finitude perpassa o livro inteiro, da forma mais drummondiana possível, com leveza e profundidade.
Com posfácio de Marlene de Castro Correia, esta edição de A falta que ama conta com caderno de imagens e bibliografia recomendada para aqueles que quiserem mergulhar mais fundo na obra de um de nossos maiores poetas.

 
 
85140_gHAMLET, de William Shakespeare

Um jovem príncipe se reúne com o fantasma de seu pai, que alega que seu próprio irmão, agora casado com sua viúva, o assassinou. O príncipe cria um plano para testar a veracidade de tal acusação, forjando uma brutal loucura para traçar sua vingança. Mas sua aparente insanidade logo começa a causar estragos – para culpados e inocentes.
Esta é a sinopse da tragédia de Shakespeare, agora em nova e fluente tradução de Lawrence Flores Pereira. Mas a trama inventada pelo dramaturgo inglês vai muito além disso: Hamlet é um dos momentos mais altos da criação artística mundial, um retrato – eletrizante e sempre contemporâneo – da vida emocional de um Homo sapiens adulto.

 
 
13707_gALEX ATRAVÉS DO ESPELHO – Como a vida reflete os números e como os números refletem a vida, de Alex Bellos

De triângulos, rotações e números primos a fractais, cones e curvas, Alex Bellos, autor do best-seller Alex no país dos números, nos leva a uma viagem de descoberta matemática. Com ânimo e sagacidade, suas marcas registradas, Bellos atravessa o globo em busca de histórias e pessoas que o ajudem a compreender a belíssima natureza dos números. É a partir desses encontros que o autor irá nos mostrar como a matemática pôde transformar o mundo.
Ao longo das aventuras de Bellos, vemos os conceitos que antes nos pareciam complexos ganharem explicações simples e surpreendentes. Todos os que já temeram algum dia as ciências exatas encontrarão aqui uma brilhante defesa de como os números podem ser divertidos.

 

75004_gAS TRANSIÇÕES E OS CHOQUES – O que aprendemos – e o que ainda temos de aprender – com a crise financeira, de Martin Wolf

Muitos livros foram escritos na tentativa de explicar a crise econômica e financeira de 2007 nos Estados Unidos. As transições e os choques não é apenas mais uma história da crise, mas o relato mais abrangente a respeito dos efeitos da crise sobre a economia moderna.
Houve uma reforma depois que o pior passou? Estamos mais protegidos agora? Wolf diz que não. Ele mostra que novas crises estão por vir e que as atuais mudanças políticas fazem da Europa um ambiente instável.
Escrito com a segurança intelectual que fez de Martin Wolf um dos mais influentes colunistas de economia do mundo, As transições e os choques é um livro que nenhum interessado nos rumos da economia mundial poderá ignorar.

 

 

80242_gTERRA SONÂMBULA – EDIÇÃO DE BOLSO, de Mia Couto

No Moçambique pós-independência, mergulhado na devastadora guerra civil que se estendeu por dez anos, o velho Tuahir e o menino Muidinga empreendem uma viagem recheada de fantasias míticas. Terra sonâmbula – considerado pelo júri especial da Feira do Livro de Zimbabwe um dos doze melhores livros africanos do século XX – é um romance em abismo, escrito numa prosa poética que remete a Guimarães Rosa. Mia Couto se vale também de recursos do realismo mágico e da arte narrativa tradicional africana para compor esta bela fábula, que nos ensina que sonhar, mesmo nas condições mais adversas, é um elemento indispensável para se continuar vivendo.

 
 
13689_gA ESTETIZAÇÃO DO MUNDO – Viver na era do capitalismo artista, de Gilles Lipovetsky e Jean Serroy

Destruição das paisagens, esgotamento das matérias-primas e colapso dos trabalhadores – o capitalismo é uma máquina de decadência estética e de “enfeamento” do mundo. Será mesmo?
O estilo, o design e a beleza se impõem a cada dia como imperativos estratégicos das marcas, apelando ao imaginário e à emoção dos consumidores. No design, na moda, no cinema, produtos carregados de sedução são criados em massa.
Arte e mercado nunca antes se misturaram tanto, inflando a experiência contemporânea de valor estético. Gilles Lipovetsky, autor dos incontornáveis O império do efêmero e O luxo eterno, investiga com o crítico de arte Jean Serroy esse oximoro da atualidade: o capitalismo artista.

 

13533_gCOMPATRIOTAS – Como os judeus da Dinamarca fugiram dos nazistas e o surpreendente papel da SS, de Bo Lidegaard

Em 1943, o povo dinamarquês se uniu para salvar seus compatriotas de ascendência ou religião judaica. Contra a ordem dos nazistas, ninguém – monarca, políticos e cidadãos comuns – iria ajudar a prendê-los ou deportá-los.
Durante catorze dias, os membros da comunidade israelita foram protegidos por quem se dispôs a escudá-los. Nada menos que 7742 dos 8200 refugiados foram levados secretamente para a Suécia. Escrito a partir da pesquisa profunda e inédita de um historiador, Compatriotas é um relato de glória, coragem e força moral, que torna mais complexa a história da Segunda Guerra e demonstra como uma pequena democracia conseguiu se levantar contra o Terceiro Reich.

 

13214_gO FILHO ANTIRROMÂNTICO – Uma história de alegria inesperada, de Priscilla Gilman

Quando Benjamin, primeiro filho da professora de literatura Priscilla Gilman, começou a reconhecer todo o alfabeto com apenas catorze meses e, aos dois anos, ler livros inteiros, não houve alarme, pelo contrário: os pais, dois literatos, regozijaram­se com a precocidade do filho. Mas logo os demais sintomas – hipersensibilidade auditiva e dificuldades motoras, sensoriais e sociais – tornaram-se incontornáveis: o garoto sofria de hiperlexia, transtorno de desenvolvimento associado ao autismo.
A autora revolucionou sua vida e a da família para ajudar o filho a superar as muitas dificuldades. Sua dedicada atenção de mãe rendeu este relato que vai comover todos os tipos de leitores.
“Inteligente, verdadeiro e envolvente” – Nick Hornby
“Não pude largar esse livro” – Gretchen Rubin, autora do best-sellerProjeto Felicidade
“Arrebatadoramente belo e muito comovente, profundo e maravilhoso” – Andrew Solomon, autor de Longe da árvore
“Todo pai e toda mãe deveriam ler este livro luminoso para absorver a verdade de que cada filho é uma surpresa – uma revelação – e deve ser visto e compreendido de forma única, além de amado” – Mary Catherine Bateson

13363_gMUNDO ESCRITO E MUNDO NÃO ESCRITO, de Italo Calvino

Ler, escrever, traduzir; a vanguarda e a tradição; a forma do romance – eis os temas de Mundo escrito e mundo não escrito, coletânea de textos em que Italo Calvino, um dos maiores autores do século XX, investiga o significado da experiência literária.
Nos ensaios produzidos ao longo de sua vida, o que se nota é uma atenção constante para a fronteira entre o universo escrito e o não escrito, para o limite entre o real e o que é possível expressar por meio da linguagem.
“Escrevemos para que o mundo não escrito possa exprimir-se por meio de nós”, diz Calvino num dos ensaios do livro. Na história da literatura moderna, poucos autores foram tão bem sucedidos quanto ele nessa inglória empreitada.

 

13811_gDESPERTAR – Um guia para a espirituralidade sem religião, de Sam Harris

Além de filósofo da moral e célebre ateísta, Sam Harris é um praticante entusiasmado de meditação, tendo viajado o mundo para estudar com diversos gurus. Neste livro, ele concilia os dois aspectos de sua vida e comprova como a meditação e a prática contemplativa não têm como pré-requisito qualquer tipo de crença “mística” ou “espiritual”; pelo contrário, para ele a meditação provaria que esses conceitos não existem. Harris se vale de seu próprio envolvimento com a prática e de aspectos da neurociência e da filosofia para provar seu argumento.
Em suma, um olhar detido sobre como funciona a meditação e como ela pode aliviar o stress, aproximar as pessoas e nos ajudar em batalhas cotidianas.
“Uma obra-prima extraordinária e ambiciosa (…) espetacular!” – Maria Popova, do site Brainpickings
“Sam Harris está entre os meus céticos favoritos.” – Daniel Goleman, autor de Inteligência Emocional e Foco

 

 

13847_gFUNNY GIRL – Romance, de Nick Hornby

Os anos 1960 estão fervilhando e toda a Inglaterra está impressionada com o sucesso improvável de Sophie Straw, a nova estrela das comédias que saiu de Blackpool, uma pequena cidade no norte do país, adora Lucille Ball e sempre teve o sonho de fazer as pessoas darem risada.
Nos bastidores, o elenco e a equipe estão vivendo o melhor momento de suas vidas. Porém, quando o roteiro do programa televisivo Barbara (e Jim), estrelado por Sophie, começa a ficar familiar demais, e a vida começa a imitar a arte, todos terão de fazer escolhas.
Os roteiristas, Tony e Bill, obcecados por comédia, escondem um segredo. O intelectual Dennis, diretor do programa e oriundo das universidades de elite, adora o trabalho na televisão, mas detesta seu casamento. Clive, o ator galã, acha que poderia conseguir coisa melhor. E Sophie Straw, que adotou este novo nome e abandonou sua vida anterior, precisa decidir se continua com eles ou muda de canal.
Com seu ritmo fluente e trama engenhosa, em Funny Girl Nick Hornby fala de cultura popular, juventude e velhice, fama, diferenças de classe e trabalho em equipe. Ele constrói um retrato fascinante da exuberância da juventude e do processo criativo, em uma época especial em que ambos, de repente, puderam florescer. Um livro apaixonante para os fãs de Hornby e para todos os outros leitores.

13844_gCENÁRIO COM RETRATOS – Esboços e perfis, de Antonio Arnoni Prado

Esta reunião de ensaios de Antonio Arnoni Prado procura investigar, por meio da trajetória pessoal e criativa de autores como Lima Barreto, Mário de Andrade, Gilberto Freyre e Erico Verissimo, como são percorridos, num país como o Brasil, os caminhos para a excelência e para a independência intelectual.
A leitura que Arnoni Prado faz dos autores mobilizados para este volume evoca o método de Antonio Candido, para quem as circunstâncias concretas da vida brasileira sempre ressoam nos projetos literários. Com maestria argumentativa e clareza estilística, o autor dá conta de questões como nacionalismo, vida intelectual, originalidade criativa e a saudável contaminação dos gêneros literários.
 
 
 
65089_gA MÃO LIVRE – Humor depois de Charlie Hebdo, de Vários autores

No dia 7 de janeiro de 2015, terroristas invadiram a redação do jornal Charlie Hebdo, em Paris, e assassinaram doze pessoas, entre elas os cartunistas Tignous, Cabu, Honoré, Charb e Wolinski. O massacre foi uma resposta às provocações religiosas publicadas pelo jornal, que fez história com seu humor satírico e corrosivo.
Nos dias seguintes, artistas do mundo inteiro se manifestaram na imprensa e nas redes sociais. Houve homenagens, mas também debates acalorados sobre humor e religião, intolerância e xenofobia.
A mão livre nasceu de uma tentativa de dar conta dessa diversidade de opiniões. Mais do que um tributo ao Charlie, a proposta foi que os autores discutissem os limites da liberdade de expressão, com histórias, charges ou ilustrações, ocupando uma ou duas páginas. O resultado é um panorama rico do quadrinho brasileiro, um caleidoscópio das reflexões provocadas pela chacina.
Autores:
Adão Iturrusgarai, Alexandra Moraes, Allan Sieber, André Dahmer, Angeli, Arnaldo Branco, Bruno Maron, Caco Xavier, chiquina (Fabiane Langona), Cynthia Bonacossa, Daniel Wernëck, Daniel Beyruth, Davi Calil, Diego Gerlach, DW Ribatski, Eduardo Damasceno, Eduardo Medeiros, Eloar Guazzelli, Felipe Nunes, Fernando Gonsales, Fido Nesti, Gabriel Góes, Gustavo Duarte, JAL, Jan Limpens, João Montanaro, Julia Bax, Luís Felipe Garrocho, Luis Fernando Verissimo, Luiz Gê, Luli Penna, Mariana Waechter, Mauricio de Sousa, Odyr, Paulo Caruso, Pedro Franz, Rafael Campos Rocha, Rafael Coutinho, Rafael Sica, Rodrigo Rosa, S. Lobo, Spacca, Tiago Elcerdo e Ziraldo.

13693_gO CINEMA NO SÉCULO, de Paulo Emílio Sales Gomes

A exemplo do que ocorreu com as obras de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Erico Verissimo, Carlos Drummond de Andrade, Otto Lara Resende e Lygia Fagundes Telles, todos reeditados pela Companhia das Letras, a coleção Paulo Emílio traz programação visual atraente e moderna e prefácios e posfácios de autoria de críticos consagrados, além de outros aparatos editoriais que atualiza para o leitor de hoje, a força e a pertinência do autor.
A curadoria da coleção Paulo Emílio Sales Gomes está a cargo de Carlos Augusto Calil, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, ex-aluno de Paulo Emílio e autor de diversos textos sobre o mestre. Deve-se a ele a organização dos volumes, a seleção dos textos críticos e a opção por dividi-los a partir de critérios temáticos. “O recorte temático garante legibilidade aos livros, aproxima o autor do público não familiarizado com sua obra”, afirma Calil.
Muitos dos textos reunidos neste volume tiveram origem numa possível programação da incipiente Cinemateca Brasileira, entidade que Paulo Emílio tentou implantar durante vinte anos e que até hoje o tem como patrono. O capítulo final reúne reflexões gerais sobre o fascínio exercido pelo cinema no século XX e sua inevitável – mas libertadora – decadência.
Sergei Eisenstein, Charles Chaplin, D. W. Griffith, Orson Welles, Federico Fellini e Jean Renoir são alguns dos nomes que formam o panteão do crítico e que servem de objeto de análise a ele neste volume de textos iluminados e esclarecedores.
Se hoje são nomes entronizados na estante de qualquer cinéfilo, na época em que Paulo Emílio escrevia suas obras eles estavam em pleno processo de consagração – e esses ensaios contribuíram de modo decisivo para esse processo no Brasil.
São trabalhos que atestam o empenho militante de Paulo Emílio pelo cinema no país.
Como lembra o crítico Sergio Augusto no texto de orelha deste volume, Paulo Emílio permaneceu fiel a seus ídolos até o fim da vida. “Sobre todos eles escreveu páginas magníficas, até hoje insuperáveis em língua portuguesa.”

13692_gTRÊS MULHERES DE TRÊS PPPÊS, de Paulo Emílio Sales Gomes

A exemplo do que ocorreu com as obras de Vinicius de Moraes, Paulo Mendes Campos, Erico Verissimo, Carlos Drummond de Andrade, Otto Lara Resende e Lygia Fagundes Telles, todos reeditados pela Companhia das Letras, a coleção Paulo Emílio traz programação visual atraente e moderna e prefácios e posfácios de autoria de críticos consagrados, além de outros aparatos editoriais que atualiza para o leitor de hoje, a força e a pertinência do autor.
A curadoria da coleção Paulo Emílio Sales Gomes está a cargo de Carlos Augusto Calil, professor da Escola de Comunicações e Artes da USP, ex-aluno de Paulo Emílio e autor de diversos textos sobre o mestre. Deve-se a ele a organização dos volumes, a seleção dos textos críticos e a opção por dividi-los a partir de critérios temáticos. “O recorte temático garante legibilidade aos livros, aproxima o autor do público não familiarizado com sua obra”, afirma Calil.
Três mulheres de três PPPês é composto de três novelas – “Duas vezes com Helena”, “Ermengarda com H” e “Duas vezes Ela” – que têm em comum o narrador Polydoro, uma figura abastada da elite paulistana.
Em “Duas vezes com Helena”, Polydoro, ainda jovem, é seduzido pela mulher de seu querido professor. Trinta anos mais tarde, o menino já maduro fica sabendo que Helena o seduzira a pedido do próprio marido.
Em “Ermengarda com H”, Polydoro, passados os quarenta anos, está envolvido numa guerra conjugal e faz o que pode para tornar insuportável a vida de sua mulher, na esperança de conseguir o divórcio.
Em “Duas vezes Ela”, já setentão, Polydoro registra num diário sua satisfação conjugal. Contra a vontade de parentes e sócios, ele casara com uma secretária chamada Ela, com idade para ser sua neta. Anos depois, começa a redação de um segundo diário, para entender as mudanças da mesma Ela, que agora quer o desquite.
A sátira à classe alta paulistana, a prosa inventiva e bem-humorada, os delírios e as obsessões amalucadas se juntam neste clássico da literatura brasileira, herdeiro da mesma tradição de Graciliano Ramos, Oswald de Andrade e Machado de Assis.

 

 

Franciely

É estudante de Letras por falta de melhor opção (já que não se pode ser somente estudante de literatura), leitora por prazer, amiga dos animais, viciada em internet e resenhista porque gosta de experimentar coisas novas.

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