Lançamentos

Na Mira dos Lançamentos: Companha das Letras, Seguinte e Paralela (Junho/2014)

Olá leitores!!!

Vamos conhecer o que estes incríveis selos trazem para nós neste mês de Junho?

Sinopse – Fique Onde Está e Então Corra – John Boyne – Seguinte
Em meio às tragédias da Primeira Guerra Mundial, o amor é a única arma de um garoto para curar seu pai. Alfie Summerfield nunca se esqueceu de seu aniversário de cinco anos. Quase nenhum amigo dele pôde ir à festa, e os adultos pareciam preocupados — enquanto alguns tentavam se convencer de que tudo estaria resolvido antes do Natal, sua avó não parava de repetir que eles estavam todos perdidos. Alfie ainda não entendia direito o que estava acontecendo, mas a Primeira Guerra Mundial tinha acabado de começar. Seu pai logo se alistou para o combate, e depois de quatro longos anos Alfie já não recebia mais notícias de seu paradeiro. Até que um dia o garoto descobre uma pista indicando que talvez o pai estivesse mais perto do que ele imaginava. Determinado, Alfie mobilizará todas suas forças para trazê-lo de volta para casa. “Assim como em O menino do pijama listrado, Boyne conduz os leitores pelas agonias da guerra através do olhar de uma criança.” School Library Journal “Uma história vívida e acessível sobre o preço altíssimo que a guerra obriga os inocentes a pagar.” Kirkus Reviews

Sinopse – A Vida do Livreiro A.J. Fikry – Gabrielle Zevin – Paralela
Uma carta de amor para o mundo dos livros “Livrarias atraem o tipo certo de gente”. É o que descobre A. J. Fikry, dono de uma pequena livraria em Alice Island. O slogan da sua loja é “Nenhum homem é uma ilha; Cada livro é um mundo”. Apesar disso, A. J. se sente sozinho, tudo em sua vida parece ter dado errado. Até que um pacote misterioso aparece na livraria. A entrega inesperada faz A. J. Fikry rever seus objetivos e se perguntar se é possível começar de novo. Aos poucos, A. J. reencontra a felicidade e sua livraria volta a alegrar a pequena Alice Island. Um romance engraçado, delicado e comovente, que lembra a todos por que adoramos ler e por que nos apaixonamos.

Sinopse – O Cão Amarelo – Georges Simenon – Companhia das Letras
Tempestades são freqüentes na pacata cidade portuária de Concarneau. O ruído da chuva abafa o som de um tiro disparado contra um homem. Junto a seu corpo, um enorme cão amarelo, em cujo olhar parece haver algo de inquietante e sinistro. Configura-se assim mais um enigma que a mente astuta do comissário Maigret tentará desvendar. Para ele, impressões digitais ou objetos deixados na cena do crime valem bem menos do que gestos, olhares, silêncios ou mesmo a presença de um cão sem dono.

Sinopse – Mil Rosas Roubadas – Silviano Santiago – Companhia das Letras
Como nasce e de que se alimenta o afeto entre dois adolescentes do mesmo sexo? Da solidão em família, do repúdio à rotina estudantil, das caminhadas pela metrópole? Como esse afeto se frustra e se transforma em amizade duradoura? No ano de 1952, dois rapazes se encontram em Belo Horizonte à espera do mesmo bonde. O acaso os transforma em amigos íntimos. Passam-se sessenta anos. Numa tarde de 2010, Zeca, então produtor cultural de renome, agoniza no leito do hospital. Ao observá-lo, o professor aposentado de História do Brasil entende que não perde apenas o companheiro de vida, mas seu possível biógrafo. Compete-lhe inverter os papéis e escrever a trajetória do amigo inseparável. Encantam-se na juventude com o charme de Vanessa, tutora literária. Com Marília, aprendem a ouvir o jazz de Ma Raney e se envolvem em impossível triângulo amoroso. Distanciam-se: um faz doutorado em Paris, o outro, jornalismo em São Paulo. Reencontram-se no Rio de Janeiro, mas se afastam pelo estilo de vida: do mundo das drogas e do rock’n’roll, Zeca ridiculariza o acadêmico realizado e infeliz. Escrito na tradição literária mineira, Mil rosas roubadas se informa na poesia memorialista de Carlos Drummond, na prosa de Ciro dos Anjos e de Fernando Sabino. Corajoso, Silviano Santiago reúne fragmentos de um discurso amoroso para tematizar mais uma vez a homoafetividade – já presente nos livros Stella Manhattan e Keith Jarrett no Blue Note. Se Zeca é seu personagem principal, são muitos os coadjuvantes do mundo pop e erudito, como Vladimir Nabokov, Dorothy Parker, Paulo Autran e Keith Richards. Além de pôr em xeque os limites entre ficção e memória, biografia e autobiografia, este romance à clef oferece ainda o rico testemunho de uma época e de uma amizade excepcional.

Sinopse – A Arte Francesa da Guerra – Alexis Jenni – Companhia das Letras
Professor de ciências, aos quarenta e oito anos Alexis Jenni se considerava um mero “escritor de domingo” quando enviou pelo correio seu primeiro romance, A arte francesa da guerra, para a mais prestigiosa editora da França: Gallimard. O livro foi abraçado pelos editores e ao ser publicado, em 2011, arrebatou o Goncourt, o mais importante prêmio literário do país. De estilo clássico, esse romance épico parte de um debate que se tornou especialmente atual durante o governo de Nicolas Sarkozy (2007-2012): em que consiste a identidade francesa? Como as recentes guerras de independência de suas ex-colônias implicaram a constituição de um ideário racista e xenófobo na França contemporânea? Lyon, década de 1990. O jovem narrador perdeu a mulher, a casa e o emprego quando conhece Victorien Salagnon, veterano do exército francês. O encontro com um homem que viveu a “guerra de vinte anos” (apelido que o militar dá para o período que se estendeu entre a Segunda Guerra Mundial e a independência da Argélia) não poderia lhe parecer pior. Mas Salagnon sabe pintar, e o narrador, bem, ele sabe narrar. Os dois resolvem fazer uma troca: o ex-soldado lhe ensinará a usar o pincel e o narrador escreverá sua história. Como a memória de um país é transferida de uma geração a outra? Que atrocidades são reveladas, e quais são escondidas por quem as cometeu? A partir da investigação minuciosa dos eventos do século XX, A arte francesa da guerra oferece um retrato amplo da sociedade francesa contemporânea e constrói uma gênese de seus problemas: a obsessão pela questão da imigração, o desemprego e a violência dos subúrbios. Por vezes aventuresca, sem deixar de tecer comentários de grande valor sociológico, essa obra monumental revela o pleno domínio narrativo de Alexis Jenni em sua estreia literária.

Sinopse – Os Sonâmbulos – Como eclodiu a Primeira Guerra Mundial – Christopher Clark – Companhia das Letras
O assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua mulher pelo separatista bósnio Gavrilo Princip foi certamente um dos atos individuais de maior repercussão da história moderna. Atentado terrorista de eficiência impressionante, que ao final atingiu todos os seus objetivos – liberou a Bósnia da dominação dos Habsburgo e criou uma Sérvia forte -, culminou ainda na queda de quatro grandes impérios, na morte de milhões de homens e na efetiva destruição de uma ordem mundial. O que fez uma Europa aparentemente próspera e pacífica tão vulnerável ao impacto desse crime? Baseado em vasta pesquisa e documentos inéditos, o professor da Universidade de Cambridge Christopher Clark procura reconstruir esse contexto, esclarecendo, enfim, um dos momentos mais controvertidos e mal compreendidos da história. Numa narrativa transbordante de ação, Clark propõe uma nova abordagem do primeiro conflito bélico a assumir dimensões globais. Em vez de narrar estratégias militares, batalhas ou atrocidades do front, escolhe esmiuçar a complexa rede de eventos, interesses e frágeis equilíbrios de força que levou um grupo de líderes políticos, em geral bem intencionados, a decisões desastrosas, que culminaram numa guerra de violência inaudita. Sem perder de perspectiva a história de longa duração, Clark acompanha, a partir dos centros nervosos de decisão em Viena, Berlim, São Petersburgo, Paris, Londres e Belgrado, quase minuto a minuto, os eventos-chave para a eclosão do conflito, e compõe um panorama das leituras equivocadas e sinais mal compreendidos que em poucas semanas detonou o conflito.

Sinopse – A Tristeza do Samurai – Víctor del Árbol – Companhia das Letras
A advogada María Bengoechea se tornou conhecida por ter colocado detrás das grades o inspetor César Alcalá, num ruidoso caso ocorrido em Barcelona nos anos 1970. O escândalo, que ela considerava completamente resolvido, ressurge quase dez anos depois, quando María descobre que outros nomes estavam envolvidos – o de um político com passado sombrio, mas também o de seu próprio marido, um homem machista e violento, e até mesmo o de seu pai, um ermitão que se especializou em forjar espadas. Enquanto María investiga um rastro de sangue e silêncios, torna-se clara a relação com uma tentativa de assassinato de Guillermo Mola, um falangista, ocorrida quarenta anos antes, armado em parte pela sua esposa, Isabel. Pouco a pouco, torna-se claro como a vida destas duas mulheres fortes e corajosas estão interligadas. Ao reconstruir a Espanha da época do regime totalitário de Franco, e também do período da redemocratização, Victor del Árbol mostra como a linha de pensamento autoritária ainda persistia nas atitudes de muitos espanhóis no poder. A tristeza do samurai é, ao mesmo tempo, um romance policial cheio de reviravoltas e uma reflexão histórica sobre como as ações do passado repercutem no presente.

Sinopse – A Lata de Lixo da História – Roberto Schwarz – Companhia das Letras
A partir de uma visão crítico-irônica dos usos e abusos do poder, Roberto Schwarz constrói a situação farsesca de “A Lata de Lixo da História”. O autor utiliza-se do cômico, do grotesco mesmo, como expressão de um conteúdo crítico atualizado.

Sinopse – Diga O Nome Dela – Francisco Goldman – Companhia das Letras
Em Diga o nome dela, Francisco Goldman transforma a dor pela morte da mulher em combustível para a vontade de viver. Em 2005, o escritor e professor norte-americano Francisco Goldman se casou com Aura Estrada, uma jovem e promissora estudante de literatura. Pouco antes de o casamento completar dois anos, durante as férias numa praia do México, Aura quebrou o pescoço após ser tragada por uma onda.
Responsabilizado pela morte de Aura e mortificado pela culpa, Francisco entregou-se ao desespero. Passava os dias sem rumo, bebendo e flertando com a catatonia, a depressão, o suicídio. Para vencer a crise, escreveu Diga o nome dela, um romance sobre o amor e a dor da perda.
Viúvo, o autor começou a colecionar tudo que podia sobre a mulher: seus diários, suas roupas, a bolsa que levara à praia no dia fatídico, o xampu que ela costumava usar. Qualquer objeto relacionado a Aura tornava-se uma forma de montar um quebra-cabeça de lembranças.
Da infância da garota e sua adolescência na cidade do México até os estudos na Universidade de Columbia, dos dias de recém-casados em Nova York às viagens pelo México e pela Europa, a história de Aura é recuperada em detalhes pontuados de tristeza e saudades. Sempre pelo prisma das anotações e textos inacabados de Aura, Goldman elabora a ausência e tenta se adaptar à solidão.
Diga o nome dela é uma história sobre o luto — uma mostra pungente de que só com a organização da memória é possível driblar a falta de sentido e reafirmar o desejo de seguir adiante.

Sinopse – Flores artificiais – Luiz Ruffato – Companhia das Letras
O escritor Luiz Ruffato recebe em sua casa a correspondência de um desconhecido. Trata-se de um manuscrito, uma compilação de memórias que Dório Finetto, funcionário graduado do Banco Mundial, redigiu a partir de suas muitas viagens de trabalho. Como consultor de projetos na área de infraestrutura, Finetto percorreu meio mundo numa sucessão de simpósios, reuniões e congressos. A mente de engenheiro, no entanto, esconde um observador arguto e sensível, uma dessas pessoas capazes de se misturar com naturalidade num grupo de desconhecidos. De Beirute a Havana, passando por Hamburgo, Timor Leste, Buenos Aires e incontáveis lugares mundo afora, Finetto colecionou grandes histórias e pequenos acontecimentos. Foi tão capaz de se misturar à vida local quanto de saber a hora exata em que o prudente é tomar distância e não se envolver. Por alguns momentos, fez parte da vida dessas pessoas. Em outros, foi protagonista involuntário do drama alheio. Às vezes, assistiu a essas realidades quase como de um periscópio. Foi a partir dessas observações que Finetto compôs seu Viagens à terra alheia, o manuscrito que mandou ao conterrâneo Luiz Ruffato. E é este livro dentro do livro que Ruffato irá transformar no romance Flores artificiais. Partindo de um esqueleto ficcional, Ruffato – o autor, e não o personagem do próprio livro – irá embaralhar as fronteiras entre ficção e realidade, sem jamais perder de vista a força literária que é a grande marca de sua obra.

Sinopse – Diário da Tarde – Paulo Mendes Campos – Companhia das Letras
Recém-aposentado no início da década de 1980, Paulo Mendes Campos foi cultivar seu jardim em um sítio da serra fluminense. Ali, no sossego da vida rural, longe das pressões da vida diária no Rio de Janeiro, começou a compor um jornal imaginário, o Diário da Tarde, com artigos, crônicas, resenhas futebolísticas, poemas, traduções e aforismos – enfim, as diversas seções que costumam compor uma publicação diária. Entre notas em seus quase intermináveis blocos e textos já publicados, o mineiro produziu vinte “edições” do seu jornal, que ganharia uma edição em livro em 1981.
Este Diário da Tarde ganha nova edição, mostrando a incrível gama de talentos do autor para os mais diversos tipos de texto. Diretor de redação e único repórter do seu “jornal”, Paulo Mendes Campos faz desde o perfil literário – aqueles de Virginia Woolf, Walt Whitman e Pedro Nava estão entre as melhores apreciações desses autores em nossa língua – à crônica esportiva, passando pelo poema e pela tradução de alguns de seus poetas preferidos e indo à crônica leve e deliciosa sobre a vida na cidade.
“Este livro pode ser folheado num lindo dia de chuva, à falta duma boa pilha de revistas antigas”, escreve o autor na abertura do volume. Eis um convite irresistível.

Muitos títulos, para todos os gostos! Companhia das Letras, e seus selos, sempre surpreendendo!

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