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Crítica “Mama Mia: Lá Vamos nós de Novo!”

Não sou muito fã de filmes do gênero musical e o motivo para não gostar deles é muito simples: nunca entendi o porquê dos personagens do nada começam a cantar e dançar. Mas abro exceção para dois musicais, pois acredito que esses são os legítimos representantes desse gênero. São eles: “Amor, Sublime Amor” (West Side Story, 1961) dirigido por  Jerome Robbins e Robert Wise e, “Em Ritmo de Fuga” (Baby Drive, 2017) dirigido por Edgar Wright. Do começo ao fim a música permeia essas obras, nos quais a musicalidade se faz presente em seus diálogos, bem como em pontos chaves da história em que personagens cantam e dançam seus sentimentos e ações.

Mas em 2008 me deixei levar pelo longa “Mamma Mia” dirigido por Phyllida Lloyd. A musicalidade em “Mamma Mia” se faz presente somente nos momentos em que seus personagens cantam e dançam seus sentimentos e ações. Nem por isso o que vemos deixa de ser uma divertida comedia romântica musical. A historia gira em torno de Donna (Mary Streep) e o casamento de sua filha Sophie (Amanda Seyfried) em seu pitoresco hotel na ilha (fictícia) grega de Kalokairi.

Passado se 10 anos me vejo diante de uma exuberante seqüência, que supera facilmente o sucesso de 2008, “Mamma Mia: Lá vamos nós de novo!” no qual, novamente, as  canções do grupo sueco ABBA fluem sem parar. Nos deparamos de novo com a sensação de estar presentes e imersos em um prazer visual proporcionado por um  lindo cenário mediterrâneo.

Em flashbacks, a versão juvenil da personagem de espírito livre de Meryl Streep, agora vivida por Lily James, se envolve amorosamente com três jovens homens diferentes: Harry (Hugh Skinner), Bill (Josh Dylan) e Sam (Jeremy Irvine). Posteriormente, ela se descobre grávida e se questiona sobre qual daqueles romances é o pai de sua filha. Colin Firth, Stellan Skarsgard e Pierce Brosnan reprisam seus papéis de Harry, Bill e Sam – respectivamente – na meia-idade. As atrizes Julie Walters e Christine Baranski completam o elenco e retornando as personagens Rose e Tanya e continuam hilarias.

Com uma participação relativamente pequena e cantando apenas uma música Cher é a cereja do bolo. Ela está no longa, interpretando a mãe de Streep e avó de Seyfried. Já o ator Andy Garcia da o ar da graça, interpretando um enigmático gerente de hotel.

Ol Parker assume a direção do filme e faz um bom trabalho.  Sua direção é rápida e imaginativa bem como permeada por números de dança pródigos e extravagantes. A chave de sucesso para a franquia “Mamma Mia!” é o fato dela não se levar a sério. Mesmo com problemas cronológicos em relação ao primeiro filme a alegria é vertiginosa, as cenas musicais são principalmente belas e divertidas.

“Mama Mia, here I go again
My my, how can I resist you”

PS: Tem uma cena bem curtinha pós créditos que vale a pena assistir.

Nota: 4/5

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