Maligno (Malignant, 2021) | Crítica

Maligno (Malignant, 2021)
Direção: James Wan
Produtores: Cheng Yang, Eric McLeod, Han Lei, Ingrid Bisu, James Wan, Jennifer Conroy, Judson Scott, Mandy Yu, Michael Clear e Peter Luo.
Elenco: Annabelle Wallis, George Young, Jake Abel, Maddie Hanson, Ingrid Bisu, Jacqueline McKenzie, Mckenna Grace e Michole Briana White.
Duração: 111 minutos
Gênero: Drama, Mistério, Policial, Terror, Thriller

Depois do sucesso dos filmes da franquia “Invocação do Mal” (The Conjuring), os filmes de James Wan sempre nos criam muita expectativa. “Maligno” não fica para trás nessa questão, até pelo título que nos faz imaginar um filme bem aterrorizante e, pela sinopse, nos remete à algo que muita gente vem sofrendo: paralisia do sono.

Começo dizendo que a sinopse não traz basicamente nada do que vem no decorrer do longa-metragem. É um filme que você vai com a intenção de ver uma coisa e na verdade é algo totalmente inesperado e diferente, posso resumir esse filme com a palavra “excêntrico”. Junto da sinopse que nos remete um enredo voltado à paralisia do sono, vem o trailer para nos fazer ter certeza que se trata disso, mas na verdade o real sentido do filme não ficou claro para mim até agora.

Há uma mistura de gêneros, enredos e sensações que nos prende a tela para descobrir o que está acontecendo de verdade. Mesmo que, muitas vezes, aparenta ser um filme tosco e sem sentido, você quer continuar ali para tentar entender tudo aquilo. Posso dizer que ele é tudo, menos entediante.

James Wan pareceu muito amador em “Maligno”, para alguém que já dirigiu “Invocação do Mal” (The Conjuring, 2013) e “Jogos Mortais” (Saw, 2004), com falhas grotescas no roteiro, coisas totalmente sem sentido, com oscilações de gênero – uma hora você acha que é sobrenatural, na outra parece ser algo psicológico e, até mesmo, dá a impressão de ser um filme de aventura policial – e um CGI de doer o coração.

As atuações ficaram muito a desejar, não tem ninguém muito conhecido no elenco e isso pode ter atrapalhado um pouco a conexão com os personagens. As coisas acontecem muito rápido e até mesmo dá impressão de confusão na linha temporal, fazendo com que fiquemos perdidos alguns momentos.

Apesar de todas essas questões, que são importantíssimas para um filme de terror dar certo, não posso negar que a construção do suspense do James Wan é muito boa e faz você ficar tenso do início ao fim, mesmo que às vezes ele acabe exagerando. Não acredito ser um filme para se ver mais de uma vez, mas com certeza não é um tempo perdido justamente pelo fato de manter a sua atenção presa, apesar de que no final tudo continue sem muito sentido.