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Livro: O Labirinto do Fauno – Guilhermo del Toro e Cornelia Funke

Nome do Livro: O Labirinto do Fauno
Nome Original: El Laberinto del Fauno
Autor(a): Guilhermo del Toro e Cornelia Funke
Editora: Intrínseca
Tradutor:  Bruna Beber
Ano: 2019
Páginas: 320
Onde Comprar: Amazon

Nesta edição mais do que especial, o escritor, diretor e roteirista mexicano Guillermo del Toro — a mente por trás do filme e um dos artistas mais inventivos dos últimos tempos — se une a Cornelia Funke, premiada escritora de contos de fadas modernos e autora da trilogia Mundo de Tinta, para narrar a jornada de uma menina pelo Reino dos Homens e pelo Reino Subterrâneo.No ano de 1944, Ofélia e a mãe cruzam uma estrada de terra que corta uma floresta longínqua ao norte da Espanha, um lugar que guarda histórias já esquecidas pelos homens. O novo lar é um moinho de vento tomado pela escuridão e pela crueldade do capitão Vidal e seus soldados, dispostos a tudo para exterminar os rebeldes que se escondem na mata.Mas o que eles não sabem é que a floresta que tanto odeiam também abriga criaturas mágicas e poderosas, habitantes de um reino subterrâneo repleto de encantos e horrores, súditos em busca de sua princesa há muito perdida. Uma princesa que, segundo os sussurros das árvores, finalmente retornou ao lar.No livro, a narrativa de Ofélia é intercalada com ilustrações e contos de fadas inéditos, baseados em elementos-chave de O Labirinto do Fauno. A obra é uma impactante ode ao poder das histórias, seja em imagens ou palavras, e a sua capacidade de transformar a realidade a nossa volta.

Uma das coisas que precisamos ter em mente antes de ler essa resenha: existe magia, E todos os contos de fadas que podemos não acreditar, eu te digo que eles possuem muito poder! E é nesse acreditar que a pequena Ofélia caminha na descoberta de tudo isso, e sua verdadeira identidade, Moanna, princesa do Subterrâneo. O grande problema sem tudo isso, não conseguiria enfrentar a terra dos adultos, que rodeia a opressão.

O livro, é uma adaptação literária do filme que foi produzido e escrito por Guilherme del Toro, com todas as suas premiações. Lançada em julho pela editora Intrínseca.

Descobrindo toda a verdade, Ofélia é a reencarnação da princesa Moanna, mas para retornar ao local, ela precisará passar por provas, que a mostrará ser digna de tal função e nome. Ela precisará enfrentar três provas. A primeira, salvar uma árvore ancestral que está com um sapo guloso; a segunda, recuperar uma faca que está em posse de um Homem Pálido, e a terceira ela precisará derramar nada mais, nada menos do que sangue inocente, assim ela abrirá o portal. O problema, ela precisa lutar contra o tempo, até a lua cheia para realizar todas as tarefas. Enquanto isso, a sai vivência em uma Espanha fascista deixa abalada, pelo capitão Ernesto Vidal (novo padrasto casado com sua mãe e representa falta de sabor na vida).

É a capa do livro que nos chama a atenção, as cores, ilustrações e todo o formato do livro nos transporta para dentro de um universo lindo, fantástico. O cuidado com a capa dura, as cores nos deixam doidos para descobrir tudo que esconde naquelas páginas. A imersão acontece, como toda vontade presenciada no filme. A diagramação nos conecta pelos símbolos.

A Intrínseca aproveitou muito bem com maestria e encarou o desafio em recontar toda a obra e em como se trabalha dignamente. Uma grande perfeição em forma de papel, estendendo-se em palavras todo o cuidado na construção do livro.

Cornélia Funke possui seu trabalho aqui, é nesse entrelaçamento ao lado da fábula que fui caminhando e pegando os escritos da autora. Ela e os tradutores levam toda a drama que se eleva na escrita. É no subterrâneo que temos uma variação meio descentralizada ao lado de uma concentração metafórica presenciada nesse mundo.

Guilherme del Toro cria esses dois paralelos, duas vidas em cima da vida do ser humano, como objeto, a terra. Foi de lá que viemos, e retornaremos. O verdadeiro sentido é abraçarmos quem somos, não reinventar algo que não é nosso. Mas a nossa própria natureza que não pode se perder ao lado das ideologias.

Leitura muito indicada!!! Para todas as idades e especialmente para presentear quem gostamos. E antes de ir, existe uma expansão do filme também!!! Você precisará descobrir lendo!

Philip Rangel

Philip Rangel é estudante de direito, administrador e resenhista do Entrando Numa Fria, técnico em informática, nárniano, pertence a grifinória, leitor assíduo, futuro escritor, amante de livros, séries e filmes.

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