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Livro: “Minha Querida Sputnik”

Titulo: Minha querida Sputnik

Título original: SPUTINIK SWEETHEART

Autor: Haruki Murakami
Páginas: 232
Formato: 15.00 X 23.40 cm
Peso: 0.349 kg
Acabamento: Brochura
Lançamento: 04/09/2008
ISBN: 9788560281503
Selo: Alfaguara

Apresentação: Em Minha Querida Sputnik, Haruki Murakami nos apresenta um Japão de restaurantes sofisticados e cores vibrantes, e nos leva ao centro de um triângulo amoroso arrebatador e, ao mesmo tempo, incomum.
K. é um jovem professor que vive em Tóquio e é apaixonado por Sumire, sua melhor amiga, uma garota que largou os estudos para se tornar escritora. A vida dela se resume aos livros: eles não só definem o seu dia-a-dia de leitora voraz como também o modo de se vestir.
Mas a chegada de Miu, empresária bem-sucedida e casada, muda o destino de todos. Sumire é tomada por uma paixão avassaladora e, seguindo Miu aonde ela for, acaba criando para si uma armadilha aparentemente sem saída. E K., fascinado por Sumire e nunca correspondido, fará o impossível para salvá-la.
Minha Querida Sputnik é uma história de amor e mistério. A solidão e a fragilidade dos relacionamentos são protagonistas neste romance sedutor, em que Murakami constrói um triângulo amoroso poucas vezes visto na literatura.

“Sputnik” era o nome do primeiro satélite artificial lançado ao espaço pela humanidade, no final da década de 50. O termo surgiu por acaso em uma conversa entre Sumire, aspirante a escritora, e Miu, uma empresária coreana alguns anos mais velha, quando ambas conversavam sobre Jack Kerouac, escritor beatnik — e a confusão com as palavras acabou fazendo com que as duas se aproximassem. Sumire costumava ser o interesse amoroso do narrador, apresentado somente como “K”, com quem possuía uma relação de amizade e cumplicidade bastante profunda, mas que não parecia destinada a evoluir para um romance. Com 22 anos, a garota ainda não sabia o que era se apaixonar.

Murakami sabe como alterar a ambientação de suas histórias sem que haja uma fronteira definida entre o cotidiano e o fantástico. “K” narra seu dia a dia pacato e sem muitas emoções, em que trabalha como professor mas não sabe claramente o que espera da vida. Mora sozinho, tem relações pouco duradouras com mulheres e encontra em Sumire um refúgio, alguém com quem consegue conversar e se sentir aceito. “K” entende que ela busca em Miu, e não nele, a realização de um amor, e não coloca obstáculos para que essa a relação entre ambas aconteça. Certa vez, porém Sumire passa a trabalhar para Miu e as duas embarcam para a Grécia, onde algo misterioso acontece e ele acaba sendo chamado às pressas. 

Ainda que a escrita de Murakami se valha de algumas situações recorrentes em muitas obras, “Minha querida Sputnik” se destaca pela sensibilidade com que nos são apresentados esses relacionamentos entre os três personagens e pela forma com que trata da temática da solidão. Trata-se de uma leitura rápida e bastante envolvente, que fez com que eu me apegasse aos personagens e me surpreendesse com o final. Há capítulos que são narrados por Sumire e que acabaram sendo particularmente interessantes para o desenvolvimento da narrativa. Ao final, considerando todos os livros que já li desse autor, este é um dos quais já sinto um carinho especial, muito embora ainda não consiga estabelecer uma ordem de preferência. 

Para mim, o único ponto questionável da obra foi um trecho próximo aos últimos capítulos em que “K” relata um caso ocorrido entre ele e a mãe de um dos seus alunos. Essa passagem acabou sendo um pouco extensa demais e talvez eu precise reler o livro para conseguir compreender sua importância. No mais, recomendo bastante e gostaria de saber a opinião de vocês sobre o triângulo amoroso retratado por Murakami.

Avaliação: 4/5

Ronan Sato

Especialista em assuntos aleatórios. Apesar de descendente de japoneses, não sabe afirmar com certeza se prefere comida indiana ou sushi

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