A Incendiária – Stephen King | Resenha
Título: A Incendiária
Título Original: Firestarter
Autor: Stephen King
Tradução: Regiane Winarski
Ano publicação: 2018
Editora: Suma
Páginas: 433
Onde Comprar: Amazon
Uma criança com o poder mais extraordinário e incontrolável de todos os tempos. Um poder capaz de destruir o mundo. Após anos esgotado no Brasil, A Incendiária volta às livrarias como parte da Biblioteca Stephen King, coleção de clássicos do mestre do terror em edição especial com capa dura e conteúdo extra. No livro, Andy e Vicky eram apenas universitários precisando de uma grana extra quando se voluntariaram para um experimento científico comandado por uma organização governamental clandestina conhecida como “a Oficina”. As consequências foram o surgimento de estranhos poderes psíquicos — que tomaram efeitos ainda mais perigosos quando os dois se apaixonaram e tiveram uma filha. Desde pequena, Charlie demonstra ter herdado um poder absoluto e incontrolável. Pirocinética, a garota é capaz de criar fogo com a mente. Agora o governo está à caça da garotinha, tentando capturála e utilizar seu poder como arma militar. Impotentes e cada vez mais acuados, pai e filha percorrem o país em uma fuga desesperada, e percebem que o poder de Charlie pode ser sua única chance de escapar.
A Incendiária vai contar a história de Andy e Charlie, pai e filha que fogem de uma organização secreta do governo denominada Oficina. No passado, antes de Charlie nascer, Andrew e Victoria, já falecida, permitiram a ser parte de um experimento científico em sua universidade, em prol de conseguir um dinheiro para se manterem. O experimento chamado Lote 6 proporcionaram a eles poderes sobrenaturais. Depois de casados e com uma filha que herdou o DNA especial dos pais, começaram a ter sérios problemas, pois o dom de Charlie é da pirocinesia, tendo a poder de atear fogo em objetos e pessoas. Os organizadores da Oficina com não são bobos começaram a desconfiar até chegarem à conclusão que a menina é especial e um perigo para os que estão ao redor. Eles não vão se cansar até os dois pegos e fazerem o que tem que ser feito, ainda mais por Charlie ter algo que eles desconhecem e é um belo de objeto de experimento também.
Esse é um dos livros de Stephen King que me prendeu em sua narrativa. Confesso que no início é algo lento, mas aos poucos a leitura vai engrenando ao ponto de não tirar os olhos das páginas e saber o que irá acontecer com Charlie e seu pai.
Charlie é uma garota, apesar de nova, muito inteligente. Ela tem um instinto perspicaz e de sobrevivência muito alto, certamente decorrente ao fato de tempos em tempos seu pai é obrigado a se mudar com ela. A ligação dos dois é muito forte, fazendo com que realmente transpareça ao leitor que são verdadeiramente um time pela sobrevivência de ambos. Sentimentos são evidenciados para com o outro e durante toda narrativa é perceptível, e isso é um abalo em certos momento, pois há tanto amor e ao mesmo tempo está ocorrendo uma perseguição de uma organização secreta.
Com um toque de X-men sendo inserido na trama, despertou a cada ateada de fogo por meio de Charlie. Seu poder é algo grandioso, que até mesmo a Oficina teme. Ela é uma junção de dois DNA’s que possuem poderes. Ao mesmo tempo que há ação, o autor joga no ar também uma distopia, criando um sistema do governo ao experimentar coisas em seres humanos, o que não deve ser mentira em nosso cotidiano, não é mesmo?
O livro narrado em terceira pessoa, além de mostrar o lado de Charlie e Andy, também é mostrado o lado daqueles que estão perseguindo a família, o responsável do experimento com Andy e sua esposa e outros personagens que são importantes para a construção narrativa.
King consegue criar uma trama bem elaborada, mesmo sendo clichê em livros com pessoas com poderes especiais. Ele construiu uma narrativa instigante, que fará todo fã de ação e do autor ficar ansioso para com o que vai acontecer com os personagens e que fim dará toda essa perseguição eletrizante.
Esse livro está sendo republicado pela editora Suma, e é o quarto volume da Biblioteca King, com direito a capa dura e em relevo, páginas amarelas, conteúdo extra escrito pelo autor e uma diagramação primorosa.
Jornalista como profissão e bookaholic por prazer. Amo livros, especialmente os New Adults. Sou viciado em séries, mas sempre paro pela metade para começar outras. Aerosmith, Bom Jovi e todas essas bandas antigas são minhas preferidas. Aliás, sou extremamente nostálgico.