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Crítica “Lady Bird – A Hora de Voar”

lady birdLady Bird  – A Hora de Voar (Lady Bird, 2017)
Direção: Greta Gerwing
Roteiro: Greta Gerwing
Elenco: Saorise Ronan, Laurie Metcalf, Tracy Letts, Lucas Hedges, Timothée Chalamet, Beanie Feldstein, Stephen McKinley Henderson, Lois Smith
Fotografia: Sam Levy
Trilha Sonora: Jon Brion
Edição: Nick Houy
Direção de Arte: Chirs Jones

Christine McPherson (Saoirse Ronan) está no último ano do ensino médio e o que mais deseja é ir fazer faculdade longe de Sacramento, Califórnia, idéia firmemente rejeitada por sua mãe (Laurie Metcalf). Lady Bird, como a garota de forte personalidade exige ser chamada, não se dá por vencida e leva o plano de ir embora adiante mesmo assim. Enquanto sua hora não chega, no entanto, ela se divide entre as obrigações estudantis no colégio católico, o primeiro namoro, típicos rituais de passagem para a vida adulta e inúmeros desentendimentos com a progenitora.

Lady Bird é uma historia simples contada de uma maneira muito simples com uma edição ágil  mostrando e contando apenas o que precisa, mas nem por isso deixa de ser um filme interessante. É o tipo de filme que se assiste com um sorriso no rosto do início ao fim, pois muitas das situações retratadas já foram vividas por você em algum momento de sua vida.

Saoirse Ronan e Greta Gerwig nos bastidores de Lady Bird (2017)

O longa é escrito e dirigido por  Greta Gerwig,  quinta mulher a ser indicada ao Oscar na categoria de melhor direção. Em seu filme de estria Greta nos apresenta uma historia semi-biográfica onde expõe o relacionamento da protagonista Christine McPherson, que se alto denomina Lady Bird, com sua mãe Marion McPherson. Ambas de personalidades fortes e muito parecidas, cuja tônica de amor e conflito é muito presente. Outro tema abordado no filme é a transição da adolescência para a vida adulta, o destaque aqui é que acompanhamos essa transição pela ótica feminina da protagonista.

Na película todos os arquétipos dessa fase da vida, saída do encimo médio e o ingresso para a faculdade estão presentes: a garota popular da escola, a melhor amiga insegura, o garoto gay, o garoto chato mais descolado, a professora amiga e conselheira. Essa familiaridade com os arquétipos faz como que o filme seja previsível, mas nem por isso deixa de ser um filme interessante uma vez que o trabalho de todo elenco e magnífico.

Laurie Metcalf e Saoirse Ronan em Lady Bird
Laurie Metcalf e Saoirse Ronan em Lady Bird (2017)

Os destaques vão para as atuações de Saoirse Ronan é Laurie Metcalf. A primeira entrega uma adolescentes deslocada do meio em que vive, bem como inconformada em ter uma vida com a de sua mãe. É tamanho o realismo que Ronan entrega a sua personagem e a empatia por ela é imediata. Laurie Metcalf está longe de será vilã do filme e entrega uma mãe real plausível de falhas e erros e ao mesmo tempo amorosa e descontente com o fato de que sua filha ache pouco tudo que lhe foi provido por ela enquanto mãe. Os personagens secundários e seus arcos também dão ritmo e enriquecem a trama, como pro exemplo o Tracy Letts, que interpreta o pai de Lady Bird com camadas sensíveis e de dubiedade.

Cômico e divertido o filme Lady Bird tem mais acertos do que desacertos, de forma simples Greta Gerwig consegui fazer um filme atemporal sobre ótica feminina a cerca da passagem da juventude para a vida a adulta.

Nota 4/5

Assista aqui ao trailer:

3 comentários sobre “Crítica “Lady Bird – A Hora de Voar”

  • Amei seu texto.
    Tô louca pra ver esse filme, sobretudo por ter sido dirigido por uma mulher! Gosto do trabalho da Greta e gosto dos atores também.
    Além do tema humano, claro, essa representação do cotidiano que me fascina!
    Beijos

    http://www.cafeidilico.com

    Resposta
  • Amo filmes que retratam essa transição da adolescência pra vida adulta, é tão interessante poder ver isso e perceber quais erros ou acertos aquele personagem teve e se identificar com alguns deles. Mas esse filme vai além disso, a busca pelos sonhos e a independência me parecem bastante presentes na trama

    Resposta
  • Realmente deve ser interessante acompanhar o relacionamento mãe e filha e de ver como a passagem do tempo atua na vida de nós mulheres. Vejo que Greta foi para um caminho que agradou por demais, levando ela a indicação na premiação cinematografica mais importante do mundo. Um acerto que pelo visto não devé ser sorte de principiante.

    Beijos

    Resposta

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