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Lá da Gringa: Resenha: Birthday Girl – Penelope Douglas


Título: Black Rainbow
Autor(a): J.J. McAvoy
Páginas: 325
Ano: 2015

Título: Birthday Girl
Autor(a): Penelope Douglas
Páginas: 407
Ano: 2018

Jordan é uma jovem que não teve uma infância das melhores. Sua mãe abandonou ela, seu pai e sua irmã. Seu pai se casou novamente e todos morando em um trailer. Sua irmã foi a primeira a sair de casa e Jordan seguiu o mesmo caminho anos depois.


Ela mora com seu melhor amigo e namorado Cole. O rapaz tem bom coração, mas não tem motivação para o que fazer no futuro e isso vai gerando atos de irresponsabilidade no decorrer dos dias. Já Jordan trabalha em um bar, servindo bebidas para pagar sua faculdade de paisagismo e aluguel.


Quando Cole faz uma festa de aniversário para Jordan, antes mesmo dela estar presente, os vizinhos reclamam do som e também de um acidente que ocasionou um pequeno incêndio. Os vizinhos convidam Cole a se mudar do local, e Jordan se vê obrigada também a sair. Juntos eles vão para a casa do pai de Cole, Pike Lawson. Porém, Jordan não esperava que iria sentir seu coração se aquecer a cada encontro e olhar de Pike para ela no decorrer dos dias.


Desde que Birthday Girl foi lançado minha expectativa para conferir foi aumentando de acordo com os dias que eu não peguei para ler logo. Um belo dia decidi “chega, vai ser agora ou nunca!” e foi. O livro é bom, mas tem suas ressalvas do porque não conquistou logo de cara.

Jordan no dia do seu aniversário conseguiu sair mais cedo e estava esperando seu namorado a pega-la no trabalho. Ele não atende o telefone, então para matar o tempo ela decide ir ao cinema. Lá ela conhece um homem charmoso, por mais que leva a crer que é mais velho, seu comportamento não faz com que pareça ser muito velho. Ali Jordan se surpreendeu por sentir algo que nem passava em sua cabeça.

Quando Cole e ela se mudam para a casa do pai de Cole, até eles conseguirem juntar um dinheiro para alugar um apartamento, Jordan se depara com o mesmo homem que conheceu no cinema. Ele é o pai de Cole, Pike Lawson. Isso a deixa aterrorizada, pois o que sentiu naquele dia não poderia se intensificar.

Pike é um homem fechado, que não gosta de se expor. Sua casa, por exemplo, é um reflexo da sua personalidade. Não há retratos e objetos pessoais que dão ênfase a suas características e gostos. Ele não namora desde a última relação séria com a mãe de Cole, anos atrás. Um relacionamento que o traumatizou, que por parte dela queria consumi-lo, fazendo com que seus sonhos fossem interrompidos. Ele não se arrepende de ter Cole, mas esse sentimento bate, na verdade, quando vê a mulher que esteve ao seu lado apenas por prazer e arrancar seu dinheiro.

O que me incomodou na leitura foi a lentidão que a autora apresentou no início. Sim, prefiro um livro mais lento do que ver acontecimentos corridos, mas junto com essa lentidão deve ter dinâmica e algo que envolva o leitor para que compre essa técnica escolhida pelo autor. Eu não encontrei esses dois fatores, a autora foi em passos de formiga contextualizando toda a história até começar o desenvolvimento da relação de Jordan e Pike.

Jordan é uma personagem que podemos encontrar duas vertentes. Uma garota jovem, cheia de sonhos e mesmo assim tem seus momentos infantis, por ter dezenove anos e ainda estar na transição de adolescente para idade adulta. Porém, podemos também ver uma garota batalhadora, que saiu da casa do pai para conquistar sua independência e não morar mais em um trailer. Trabalha em um bar, faz faculdade e almeja grandes coisas para sua vida, só não sabe se permanecerá em sua cidade pequena.

Ela namora Cole, um garoto um ano mais velho que ela, mas sua idade mental é de adolescente ainda. Ele é muito irresponsável com seus compromissos. Fez com que eles sejam convidados a se retirarem por não respeitar a regra de silêncio e ser impulsivo, atrasa no trabalho, fica horas e até mesmo dorme fora sem avisar a namorada. Isso fez com que o relacionamento dos dois fosse para o fundo do poço a cada dia e a carência de Jordan aumentasse, isso fez com que criasse o gancho por sentir algo intenso por Pike.

A relação de Pike e Jordan começa devagar, com olhares, indiretas e demonstrações de carinho, como fazer o prato preferido e realizar alguns desejos como colocar terra no quintal para ser construído um jardim. Enquanto Cole ficava horas e até noites fora de casa, os dois começaram a se conhecer por estarem sozinhos. Isso levou ao outro nível. Mas ela traiu Cole? Isso era algo que poderia comentar, mas não posso, pois é spoiler, pois há vários fatores apresentados na trama que nos leva a compreender melhor essa situação delicada.

Penelope Douglas, apesar de sua escrita mais lenta no início, depois a engrenagem começa e ela desenvolve muito bem a narrativa. Os personagens são bem apresentados, até mesmo os secundários, como Cole e a irmã de Jordan, Cam. É inevitável confirmar a química entre Pike e Jodan, o que começou em uma faísca de um sentimento foi crescendo até incendiar a relação.
 
Para os fãs de um romance esse livro é uma ótima indicação. Vale destacar nessa resenha que apesar de lá fora ser um tabu uma menina jovem se relacionar com um homem mais velho, aqui no Brasil não chega pra tanto, não é mesmo? Uma trama que apresenta uma protagonista apesar de seus momentos de infantilidade, também aparenta seu lado batalhadora e sonhadora. Uma relação recheada de intimidade, conflitos, sintonia e tensão entre eles fará com que o leitor queira saber a cada página o que irá acontecer no final com os protagonistas. Devo destacar também sobre como amei o final do livro.

O livro será publicado no Brasil pela editora The Gift Box.

Jornalista como profissão e bookaholic por prazer. Amo livros, especialmente os New Adults. Sou viciado em séries, mas sempre paro pela metade para começar outras. Aerosmith, Bom Jovi e todas essas bandas antigas são minhas preferidas. Aliás, sou extremamente nostálgico.

Resenha também postada no blog Eu Conto Depois.

Luke

Jornalista como profissão e bookaholic por prazer. Amo livros, especialmente os New Adults. Sou viciado em séries, mas sempre paro pela metade para começar outras. Aerosmith, Bom Jovi e todas essas bandas antigas são minhas preferidas. Aliás, sou extremamente nostálgico.