Critíca | Velozes & Furiosos: Hobbs e Shawn

A franquia Velozes & Furiosos parece que nunca mais terá um fim. E não está errado em não findar. Com o lançamento do spin-off “Velozes e Furiosos: Hobbs e Shaw” fica claro que essa série pode vai usar de todos os clichês possíveis para entreter com a velha e boa dupla pancadaria e explosão.

No caso desse novo filme a pancadaria é Hobbs, Dwayne “The Rock” Johnson e a explosão, Shaw, Jason Statham. a dupla já tinha feito parceria no oitavo filme da série, em que as animosidades entre se formaram. No capítulo a parte, essa oposição é o combustível para que os dois sejam a dupla que salvará o mundo de um vírus mortal.

O filme é dirigido por David Leitch, nome do cinema de ação, ex-dublê, que assinou dois dos melhores filmes do gênero dos últimos anos: De volta ao Jogo e Atômica. As principais marcas do diretor são as lutas coreografadas, com trechos em câmera lenta, valorizando o movimento dos atores em cena.

Aproveitando do enredo que entrega um vilão em forma de supermáquina – Idris Elba -, Leitch pode aproveitar dessa capacidade física ao extremo para desenvolver cenas exageradas, em que o impossível se tornou algo casual. E isso não é aplicado apenas ao vilão. Todas as personagens em cena desfrutam de saltos e giros mirabolantes, desvios em pequenos espaços, manuseio de armas com tanta classe e estilo que podemos confundir uma sequencia de pontapés com um passo de tango. 

“Velozes e Furioso: Hobbs e Shaw” é o filme que não trará nada de inovador ao cinema. E também não enganará ninguém, prometendo isso. O que vemos em cena é o que o trailer entrega, ou o que já conhecemos da evolução da franquia nas últimas décadas. Como diria o grande crítico cinematográfico Julinho da Van, “Cinema é carro, explosão e mulherio”. Porém, nesse caso, o mulherio foi substituído por três brucutus. 

Os diálogos da dupla parecem a discussão de dois pré adolescentes da quinta série em vários momentos. Não tentem resistir, pois não há quem conseguirá se esquivar das piadas chulas de nomes com duplo sentido. 

Compondo a equipe de ataque contra o terrorismo, a belíssima Vanessa Kirby, interpreta a irmã de Shaw, Hattie, agente do MI6, que é traída por Brixton (Elba) e envolvida no roubo do agente viral. Além da atriz, temos a participação de Helen Mirren (Queenie), como sua mãe, e de Ryan Reynolds, como agente Locke. 

O filme esteia nesse fim de semana e é a melhor escolha para quem quer se distrair com um filme agitado e mirabolante. Assista aqui ao trailer: