Gran Turismo | Crítica
A grande aposta da Sony Pictures para fazer frente aos badalados Barbie e Oppenheimer, ficou a cargo do diretor sul africano Neil Blomkamp famoso por suas produções sci-fi. Aqui somos apresentados a Jann Mardenborough (Archie Madekwe) um jovem inglês que foi alçado a categoria de corredor profissional.
A princípio a produção procura estabelecer uma conexão com o público mostrando sua origem simples e como o rapaz é um exímio piloto com o console do Playstation. Inclusive o filme inteiro é uma grande propaganda da Playstation, que acaba de lançar a Playstation Studios (podem se preparar para uma leva de filmes inspirados nos jogos de PS nos próximos anos, a depender do andamento da greve dos roteiristas de Hollywood), Puma, Nissan, Red Bull (façam um jogo com seus amigos e contem quantas marcas vocês conseguem identificar).
Tudo em Gran Turismo é superficial e bastante óbvio, da relação amorosa do protagonista, da motivação do treinador Jack Salter (David Harbour), da relação dos pais que são meros figurantes e olha que no elenco ainda há o sempre competente Djimon Hounsou que aqui foi muito pouco aproveitado. O único que tem um tempo considerável de tela e ainda sim consegue entregar uma atuação segura é Orlando Bloom.
As cenas de corrida (e que convenhamos existe um esporte mais tedioso para o espectador que corrida) filmadas com drone deixaria um Michael Bay orgulhoso, ao final não fica a experiência de um grande filme a não ser uma grande propaganda da Playstation e seus recursos mirabolantes capazes de transformar qualquer gamer em piloto de corrida. Bom, sonhar não custa nada.
Ficha Técnica
Gran Turismo – De Jogador a Corredor
Direção: Neil Blomkamp
Elenco: David Harbour, Orlando Bloom, Archie Madekwe, Djimon Hounsou, Geri Halliwell-Horner
Roteiro: Jason Hall, Zach BaYlin, Alex Tse
Edição: Austin Daines, Colby Parker J.
Direção de Fotografia: Jacques Jouffret
Distribuição: Sony Pictures