Filme: “As Trapaceiras”

29 de julho de 2019 Colunista Convidado

As Trapaceiras (The Hustle, 2019)

Direção: Chris Addison

Roteiro: Stanley Shapiro, Paul Henning, Dale Launer e Jac Schaeffer.

Distribuição: Universal Pictures

Elenco: Rebel Wilson, Anne Hathaway, Alex Sharp

Sinopse: Na hilária comédia As Trapaceiras, Anne Hathaway e Rebel Wilson são duas golpistas, uma de baixa renda e outra de classe média alta, que se unem para destruir os safados que as prejudicaram. (Universal Pictures)

A comédia “As trapaceiras” chega aos cinemas nacionais, trazendo Anne Hathaway e Rebel Wilson como duas golpistas medindo forças para defender seu território de “trabalho”.

Penny Rust (Rebel Wilson) é uma mulher que vive de pequenos golpes para se sustentar e se divertir. Com métodos nada discretos e pouco engenhosos, ela se considera a melhor no ramo da trapaça. A elegante e sedutora Josephine Chesterfield (Anne Hathaway), controla um esquema elaborado de golpes na Riviera Francesa. Suas trapaças lhe rendem valores altíssimos e ela vive com todo o conforto e luxo que seu ramo lhe proporciona. Apesar de serem aparentemente opostas elas têm bastante em comum: Inteligência, perseverança e uma grande auto estima.

Após um encontro em que se atrapalham mutuamente, Penny chantageia Josephine para que ela lhe ensine a ser refinada e aplicar altos golpes.

A dupla improvável, consegue realizar alguns golpes de alto valor, mas a competição toma força e elas se confrontam para tomar a liderança das trapaças locais. Agora com um novo alvo: Thomas Westerburg (Alex Sharp), um jovem multimilionário da internet. Elas apostam que, a que conseguir finalizar um golpe no valor de 500 mil dólares primeiro, é a melhor golpista e a perdedora deixará a cidade para sempre.

Lançada a sorte.

O roteiro de Stanley Shapiro e Paul Henning está em sua terceira adaptação para as telas. As duas primeiras, , “Dois farristas irresistíveis, 1964” com direção de Ralph Levy com Marlon Brando e David Niven como os golpistas principais e “ Os safados, 1988” com direção de Frank Oz, Michael Cane e Steve Martin como protagonistas e contextualização do roteirista Dale Launer, tiveram grande aceitação entre público e crítica.

A nova adaptação ficou com a roteirista Jac Schaeffer. Com alguns roteiros originais no currículo, vem chamando a atenção, em suas mãos estará também o roteiro de “Viúva Negra” do MCU que será lançado em 2020. Seu trabalho em “As trapaceiras”, trouxe um frescor e um diferente tom ao longa, mas não foi o suficiente para dar continuidade ao plot proposto.

O terceiro ato perde o gás, a graça e a fluidez ficando bobo e “mais do mesmo”.

A direção de Chris Addison, mais conhecido por dirigir alguns episódios da premiada série “Veep, 2012-2019″, também vai caindo decorrer da trama. Perdendo timing. Nos primeiro e segundo atos, a narrativa é focada nas trapaças e no relacionamento ambíguo, de amor e ódio, entre Penny e Josephine. Já no terceiro, o ritmo e conflitos mudam para o que encaixaria melhor em um “teen movie” dos anos 2000.

Hathaway e Wilson, representam bem as trapaceiras, há timing e química entre as duas. Suas diferentes personalidades, tanto atrizes e personagem, se completam a medida que convivem. E é nesse relacionamento que as risadas acontecem. Quando Penny e Josephine se desafiam ou trabalham juntas.

Com paisagem lindíssimas, figurino e risadas “As trapaceiras“, chegam buscando um lugar ao sol no hall de golpistas do cinema, mas ainda terão que elaborar um melhor golpe final!

2,5/5