Dr. Estranho no Multiverso da Loucura | Crítica
Por: Doug Araújo
Seguindo os acontecimentos de “Wandavision“, “Loki” e a animação “What If” ‐ todas séries que estrearam no catálogo do serviço de streaming Disney+, em 2021, e “Homem Aranha Sem Volta Para Casa” (John Watts, 2021), o mais recente lançamento da Marvel, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” tem como tarefa juntar essas pontas e tentar fazer com que todos esse “marvelverso” se conecte e faça algum sentido.
Sobre o diretor
Dessa maneira o escolhido para essa tarefa foi ninguém mais ninguém menos que Sam Raimi. Entre todas as suas realizações no mundo do cinema ele foi o responsável pela estreia do Homem Aranha, em 2002, um dos super-heróis mais populares do mundo e talvez o mais famoso do universo Marvel. Como não poderia deixar de ser, a produção foi um enorme sucesso para os padrões da época, fazendo 825 milhões de dólares de bilheteria. Isso garantiu outras duas continuações que mesmo obtendo um bom desenho nas bilheterias não teve tanto retorno assim.
Pois bem, passados todos esses anos Raimi volta com parceria com a Disney depois do esquecível “Oz: Mágico e Poderoso” (2013) e resultado é o melhor que esperado. “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” é o filme mais sombrio da Marvel até agora. Também vale lembrar que Sam tem um filmografia com bastante filmes de terror e isso fica bem visível neste longa.
Trama desse novo capítulo do Dr. Estranho
Wanda (Elizabeth Olsen) ainda não se recuperou do trauma da perda do Visão (Paul Bettany) na batalha contra Thanos (Josh Brolin) e quer encontrar um lugar em não tenha que lidar com a dor e perda, assim sendo tenta achar o refúgio no multiverso. Logo de cara do filme começa com muita ação. Somos apresentados a America Chavez (Xochitl Gomez, a chave (com o perdão do trocadilho) para o acesso ao multiverso e peça central para o desenvolvimento da trama.
Além disso, todo filme de super herói que se preze precisa de um bom vilão ou, neste caso, vilã. É aqui a Wanda que se identifica como Feiticeira Escarlate cumprindo bem esse papel e roubando a cena exibindo toda a sua força para conseguir o que quer. Em seguida, para conseguir proteger a América e deter Feiticeira Escarlate, Stephen Strange (Benedict Cumberbatch) parte em sua jornada rumo ao tão falado multiverso ao qual ele tinha pouco contato e quase nenhum conhecimento. A partir disso uma segunda história começa a se desenvolver.
A mesma fórmula já explorada
Os produtores descobriram uma arma terrível ao utilizar uma fórmula à exaustão sempre que ela dá certo, e aqui não é nada diferente. Novamente sao usadas piadas como alívio cômico entre uma pancadaria e outra, além do resgate de personagens de filmes mais antigos das franquias para formar uma unidade. Efetivo? Sim. Funciona? Também, mas fica repetitivo depois de um certo número de filmes. O longa traz, além de velhos conhecidos, personagens femininos em papel definitivo e não mais de coadjuvante. A demais o interesse amoroso do protagonista, Christine Palmer (Rachel McAdams).
“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” comprova que a Disney está no meio do caminho entre tentar ousar e entregar filmes fora da caixinha e repetir as mesmas fórmulas sempre.
Doutor Estranho no Multiverso da Loucura
Ano: 2022
Doctor Strange in the Multiverse of Madness
Direção: Sam Raimi
Elenco: Benedict Cumberbatch, Elizabeth Olsen, Chiwetel Ejiofor, Benedict Wong, Xochitl Gomez e Rachel McAdamans
Música: Danny Elfman
Cinematografia: John Mathieson
Produção: Kevin Feige, Scott Derrickson, Louis D’Esposito
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