Do jeito que elas querem: O próximo capítulo | Crítica
De muitas formas, “Do jeito que elas querem: O próximo capítulo” filme busca repetir os acertos de seu antecessor de 2018. Tendo isso em mente, mesmo que o faça de forma um pouco mais pálida, não deixa de seguir questionando padrões e se divertindo enquanto faz isso.
Segue na contramão do caminho mais comum em Hollywood. Em vez de deixar atrizes idosas de lado assim que aparecem as primeiras rugas, o filme de 2018 trouxe um elenco incrível para romper com este lugar comum. Lembrado por dar espaço para romper estereótipos ligados à idades e permitir que suas protagonistas partam para aventuras românticas sem tabus ou restrições.
Eu também gostaria de ir à Itália
Então o novo capítulo de “Do Jeito que elas querem” dá sequência a isso. Agora com Vivian (Jane Fonda) tendo ficado noiva e com suas amigas propondo uma viagem de despedida de solteira para a Itália. Mesmo que haja alguma resistência, o elemento do clube do livro tão importante no primeiro filme vira um mero detalhe. Sai o “50 Tons de Cinza” e entra “Alquimista” que leva as protagonistas a ficarem o filme inteiro buscando “sinais do universo”. Cada uma tem seu próprios dilemas, claro. Sharon (Candice Bergen) se aposentou e está procurando aventuras, Carol (Mary Steenburgen) precisa encarar seu medo de perder o marido doente e permitir que ambos vivam um pouco e Diane (Diane Keaton) está lidando com sua relação sob uma ótica da eterna solteira.
Boa parte do filme também entretém pelas velezas da viagem à Itália. O filme parece ser uma peça de turismo do país, com Roma, Veneza e a Toscana sendo espaços e cenários maravilhosos. Filmes como este, que repetem a fórmula de um sucesso anterior costumam ficar alí naquele lugar comum. Então vale aquela máxima, se você gostou do primeiro filme não terá nada a reclamar. Se você está procurando um cinema mais específico, talvez deva procurar outro filme. No entanto, há méritos o bastante aqui para que se dê uma chance.
Elenco e carisma
O talento, química e carisma do elenco é o principal chamariz aqui. Ciente disso, o roteiro de Bill Holderman e Erin Simms vai forçando o absurdo. A trama pouco a pouco começa a escalar situações cômicas através de coincidências e pequenos absurdos. Isto seria um problema, se o tom descompromissado da produção não criasse um clima propício para a aceitação. É quase um conto de fadas modernos, com morais e mensagens que teríamos em filmes adolescentes, mas que nos lembram que a velhice também tem espaço para a pieguice.
Outra coisa que chama a atenção, junto ao carisma do elenco e as belas paisagens, é o cuidado com a trilha sonora. Se por um lado há muito da música italiana que públicos latinos vão reconhecer, por outro o apanhado de músicas pop não deixa o ritmo baixar. Dessa forma, não estranhe que você quiser fazer a mesma viagem, montar um clube do livro ou encontrar velhas amigas ao fim da sessão. É apenas um leve efeito colateral.
Não sabia da existência deste filme. Gostei do seu blog. Parabéns. Também tenho um que já dura quase 17 anos. Blog Verdades de um Ser. Faça uma visita. Vou procurar assistir a este. Vi o primeiro e até tem uma crítica dele lá no meu blog. Obrigado pela indicação.