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Dever cumprido: Bienal nas Escolas encerra primeira edição com Ana Maria Machado

Projeto que teve início este ano, o Bienal nas Escolas realizou sua última etapa antes da XIX Bienal do Livro Rio nesta sexta-feira, 16, em grande estilo. A escritora Ana Maria Machado foi a ilustre visitante da Escola Municipal Domingos Bebiano, em Inhaúma. Ana, que completa 50 anos de carreira neste ano e será homenageada no festival literário, esteve com cerca de 80 alunos de 6 a 12 anos. Ela conversou com as crianças e leu seu livro “Jabuti Sabido e Macaco Metido”, um clássico infantil, escrito em 1986. Durante a leitura, o ator Patrick Dadalto deu as doses necessárias de humor com brincadeiras para permear a contação de histórias. Beatriz Pontes, 11 anos e aluna do 5º ano, comandou uma apresentação teatral para Ana Maria baseada em sua biografia. “Achei uma experiência maravilhosa. Eu sempre quis conhecê-la e hoje tive essa oportunidade. Espero que a Bienal seja tão legal quanto foi hoje. Tem muitas pessoas que eu quero conhecer”, disse a menina, feliz e sorridente com o dia diferente no colégio.

Para a imortal da Academia Brasileira de Letras Ana Maria Machado, mesmo com meio século de carreira, a emoção de estar com seu público é sempre diferente. “Na última Bienal, pai, mãe e filho vieram pedir autógrafos. Os três traziam um livro meu em edições diferentes. Cada um tinha lido em um momento e agora o filho era quem lia”, conta ela, que acrescentou: “Isso é uma coisa muito comovente. Me deixa emocionada. A gente não sabe muito bem o que dizer diante disso. A sensação é de que é um presente da vida”. Pode-se dizer que Ana Maria é invicta em edições da Bienal. “Eu fui à primeira Bienal quando ainda era no Copacabana Palace. Depois, mudou de lugar, ganhou mais espaço e importância. A Bienal do Livro tem uma característica muito própria que é uma abordagem voltada para a juventude, para as crianças”, ressaltou. A autora também disse que o clima alegre da “festa literária” é contagiante. O projeto Bienal nas Escolas contou em sua primeira edição com cinco visitas de autoras em escolas públicas municipais do Rio de Janeiro. Participaram: Miriam Leitão, Thalita Rebouças, Letícia Braga e Nathália Arcuri.

O projeto

Pela primeira vez, a Bienal extrapolou os pavilhões do Riocentro em uma iniciativa social que vai levar autores brasileiros às escolas municipais, fruto de uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação do Rio. Segundo o gerente de Marketing e Conteúdo da Bienal, Bruno Henrique, o festival tem como propósito incentivar o hábito da leitura para mudar o país e, para isso, a Bienal se apresenta como uma plataforma de conhecimento e conteúdo, para que os estudantes descubram infinitas possibilidades de sonhar, através dos livros e histórias.

“Há uma grande preocupação para que todos os professores e estudantes da rede pública tenham acesso à Bienal como sendo um local de aprendizado. Por isso, também fizemos o caminho inverso e, pela primeira vez, decidimos levar autores para uma troca de experiências nas escolas, provocando o envolvimento dos alunos com a Bienal antes do festival em si. Nosso objetivo é que esse se torne um projeto permanente do evento”, afirma Bruno.

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